Filmes árabes integram a 37ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Qua, 23/10/2013 - 21:25
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Entre os destaques está “Habi, a estrangeira” (veja o trailer em http://37.mostra.org/br/filme/16-HABI,-A-ESTRANGEIRA), coprodução entre Brasil e Argentina. Conta a trajetória de Analía, que viaja a Buenos Aires e descobre um mundo diferente ao conhecer uma comunidade muçulmana. Encantada com esse novo mundo, ela assume outra identidade para descobrir como é ser outra pessoa.

A programação também inclui o palestino “Omar”, do diretor Direção Hany Abu-Assad. Omar está acostumado a se esquivar dos tiros da vigilância para atravessar o muro que separa Israel e Palestina para visitar seu amor secreto, Nadia e acaba se tornando um combatente pela liberdade que deve enfrentar escolhas dolorosas sobre a vida (veja o trailer em http://37.mostra.org/br/filme/336-OMAR). E ainda “Terra Desconhecida” (trailer em  http://37.mostra.org/br/filme/367-TERRA-DESCONHECIDA), coprodução entre Grécia, Chipre e Iêmen, cuja história se passa em 2011, durante a Primavera Árabe.

Em “Noites sem dormir”, coprodução entre Líbano, Palestina, Emirados Árabes, Catar e França, as histórias de Assaad Shaftari, oficial superior de alta distinção de uma milícia cristã de direita responsável por várias mortes na Guerra Civil do Líbano, e Marayam Saiidi, a mãe de Maher Kassir, jovem guerrilheira comunista que desapareceu em 1982, conduzem a uma reflexão sobre as feridas da guerra e ao questionamento sobre a possibilidade de redenção e de perdão (trailer em http://37.mostra.org/br/filme/344-NOITES-SEM-DORMIR).

Há também títulos de diretores consagrados. “Ana Arabia”, de Amos Gitai, é um deles (assista ao trailer em http://37.mostra.org/br/filme/115-ANA-ARABIA). Filmado em um único plano-sequência de 81 minutos, o filme mostra a vida de uma pequena comunidade de exilados, judeus e árabes, que coabitam um enclave esquecido na “fronteira” entre Jaffa e Bat Yam, em Israel. Um dia, Yael, uma jovem jornalista, os visita. Entre as barracas em ruínas, no pomar cheio de limoeiros, rodeado por várias casas, ela descobre uma série de personagens que não correspondem aos clichês da região. Yael se entusiasma com a descoberta de tal fonte de riqueza humana e se esquece do trabalho. As expressões e palavras de Youssef e Miriam, Sarah e Walid, de seus vizinhos e amigos, lhe dizem algo sobre a vida, seus sonhos e esperanças, casos amorosos, desejos e desilusões. Ali, a relação dos moradores com o tempo é diferente daquela na cidade que os rodeia. Nesse lugar frágil e fragmentado, existe uma chance de coexistência.

Para conhecer a programação completa, acesse http://37.mostra.org/br/home/