Palestino cantará em congresso da Fifa

Dom, 08/06/2014 - 17:27
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Mohammed Assaf se apresentará na abertura do encontro, que reunirá federações nacionais de futebol nos dias 10 e 11 de junho na capital paulista. Ele é ganhador do reality show Arab Idol.O palestino Mohammed Assaf, de 24 anos, vai cantar durante a cerimônia de abertura do Congresso da Fifa, que ocorre nos dias 10 e 11 de junho, na capital paulista. O encontro ocorre anualmente e reúne as federações nacionais de futebol para decisões sobre regras da Fifa e aprovação de um relatório anual. No Brasil, o congresso acontece dois dias antes do início da Copa do Mundo 2014, que tem estreia dia 12.

Assaf foi o vencedor da segunda edição do Arab Idol, uma versão árabe do reality show norte-americano American Idol e sua vitória causou grande emoção no Oriente Médio, segundo informações divulgadas pela Organização das Nações Unidas (ONU). Milhares de palestinos foram às ruas comemorar a vitória de rapaz na competição internacional.

No congresso da Fifa, Assaf cantará uma música intitulada Assaf 360, que mistura vários gêneros e fala sobre esperança, juventude e união. Ela foi produzida especialmente para a ocasião e também integra a campanha “Doe para a alimentação”, da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), que tem por objetivo levantar fundos para ajudar aproximadamente um milhão de refugiados da Palestina na Síria, no Líbano, na Jordânia, na Cisjordânia e em Gaza.

Assaf nasceu na Palestina e aos quatro anos se mudou com a família para o campo de refugiados de Khan Yunis, no país árabe. Antes de vencer o reality show, o rapaz cantava em festas de casamento. Atualmente faz concertos pelo mundo e tem vídeos vistos por milhões de pessoas na internet. Se tornou ídolo para os palestinos. Ele é também embaixador da Juventude da UNRWA.

Na estadia em São Paulo, o cantor também deverá visitar instituições que colaboraram com as campanhas de arrecadação de fundos  da ONU no Brasil, como a Câmara de Comércio Árabe Brasileira. A entidade protagonizou, em parceria com a UNRWA, a arrecadação de R$ 100 mil. A agência dá assistência a cinco milhões de refugiados palestinos na Jordânia, no Líbano, na Síria, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, onde Assad estudou.