El Cid - O guerreiro Fiel

Ter, 27/03/2007 - 00:00
A possibilidade do envolvimento de Afonso na morte do irmão, o rei Sancho, incomodou a nobreza castelhana. Afonso VI, agora rei de Leon e Castela, foi obrigado a prestar juramento em Santa Gadea de Burgos para declarar publicamente sua inocência. Como alferes do reino e de sólida formação jurídica, Rodrigo Diaz fora escalado para fazer valer o juramento. Fosse pelo constrangimento frente à vassalagem, fosse pela popularidade do guerreiro, Afonso VI passou a persegui-lo até o final da vida. A primeira providência foi enviá-lo ao exílio. Longe da Castela, Rodrigo Diaz consolidou o nome que a história conhece. Em terras muçulmanas, defendeu Zaragoza e Valência, onde, também, sua coragem e senso de justiça estreitou laços; esteve a serviço do rei de Sevilha contra o rei de Granada, ambos muçulmanos com expressivo contingente de cristãos em seus exércitos; tornou-se o senhor dos reinos mouros de Lérida, Tortosa, entre outros. Em Valência, implantou um equilibrado código de leis e, ao mesmo tempo em que restaurou o cristianismo, reformou a mesquita para os muçulmanos. Aberto ao modo de viver alandaluz, rodeou-se de poetas árabes e cristãos, além de gente eminente do mundo das leis. A fama do Cid cresceu espetacularmente, ao contrário do reinado de Afonso VI. Um líder não é o detentor de um título nem é mais justo por ter estudado as leis. O líder é conhecedor das regras no mais amplo sentido humano, e se escolhe transgredi-las, é por ser fiel a si mesmo.