Os pais de Lina Makboul nasceram em Nablus, na Cisjordânia, e viveram sob ocupação israelense até a década de 70, quando foram para a Suécia. Ela nasceu em território sueco, mas demonstra que carrega e faz questão de carregar a parte palestina que lhe cabe. Tanto quando se referia à Suécia como aos palestinos, usava o pronome ‘nós’. Essa confluência de duas identidades pode ser vista em seu documentário, “Leila Khaled – seqüestradora”. No filme, ela conta a história de Leila Khaled, uma militante palestina que fez parte de uma série de seqüestros de aviões na década de 70 e lutava pelo Frente Popular de Libertação Palestina. “Leila, desde que eu era criança, sempre significou muito para mim. Mas à medida que eu crescia, eu não a tinha como um ídolo”. Um dia, a jornalista de TV sueca-palestina soube por um livro que Leila estava morta. Perguntou à mãe e descobriu que na verdade Leila estava viva, vivendo em Amã, na Jordânia. “Sou uma jornalista de TV e pensei que queria encontrá-la. Aí ia ver o que acontecia”. Aconteceu o documentário.