Maria Lúcia Pupo se formou na ECA (Escola de Comunicações e Arte) da USP, no curso de Artes Cênicas, onde sou professora titular. Depois da graduação, fez mestrado em São Paulo analisando as peças de teatro infantil na década de 70, uma análise crítica do que era o teatro infantil encenado em São Paulo naquele momento. Virou livro, pela editora Perspectiva, “No reino da desigualdade”.
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Depois de passar pelo Rio Grande do Sul, atuar na Universidade de Pelotas, foi fazer seu fazer doutorado em Paris, terminado em 1985. Voltou ao Brasil e, em 1991, entrou para o departamento de Artes Cênicas. Durante sua trajetória acadêmica, Maria Lúcia jamais pensou que um dia pudesse ir para no Marrocos e ali realizar um trabalho teatral.
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Como ela mesma diz, foi um acaso e o controle dela sobre a situação foi relativo. Casada com um francês funcionário do ministério da Educação, mas emprestado à diplomacia, atuou seis anos como adido lingüístico no consulado de São Paulo. Quando o tempo de serviço terminou, ele precisava tomar uma decisão. Voltava para a França ou trabalhava de novo em um país estrangeiro? Os dois prefeririam ir para um país estrangeiro. No momento em que tomavam a decisão, ela começava a fazer uma pesquisa na USP sobre a possibilidade de se trabalhar em termos teatrais a relação entre o jogo, a improvisação, e o texto de ordem narrativa.