Em Dia Mundial, ONU ressalta que enfermeiros são insubstituíveis

Ter, 12/05/2020 - 19:21
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Para secretário-geral, pandemia de Covid-19 destaca importância destes profissionais; OMS diz que eles “são a espinha dorsal de qualquer sistema de saúde”; mundo precisa de mais 5,9 milhões de enfermeiros.

Por ONU Brasil

Esta terça-feira, 12 de maio, marca o Dia Mundial do Enfermeiro. Em mensagem sobre a data, o secretário-geral da ONU disse que “a covid-19 tornou mais evidente do que nunca que os enfermeiros são insubstituíveis.”

Em mensagem no Twitter, António Guterres agradeceu o trabalho desses profissionais, dizendo que é preciso “celebrar a sua compaixão e liderança e apoiando as mulheres em seus locais de trabalho.”

Celebração

O dia foi escolhido para marcar o nascimento de Florence Nightingale, uma enfermeira e escritora britânica que ficou famosa por seu tratamento a feridos de guerra, durante a Guerra da Crimeia. Em 2020, marca-se o 200º aniversário de seu nascimento.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, também escolheu 2020 como o Ano Internacional do Enfermeiro e da Parteira.

Em mensagem de vídeo, o diretor-geral da agência, Tedros Ghebreyesus, disse que “os enfermeiros são a espinha dorsal de qualquer sistema de saúde” e que, hoje, “muitos encontram-se na linha de frente na batalha contra a covid-19.'' 

A OMS está se junta a centenas de parceiros em todo o mundo para marcar a data. O tema este ano é "Cuidando do mundo para a saúde".

Tedros também destacou a importância destes profissionais assumirem cargos de decisão nos sistemas nacionais de saúde. Cerca de 90% de todos os enfermeiros são mulheres, mas poucas assumem posições de liderança no setor.

Importância

Historicamente, os enfermeiros estão na vanguarda do combate a epidemias e pandemias. Muitas vezes são o primeiro e único profissional de saúde que os pacientes veem. A qualidade do seu trabalho é vital.

Os enfermeiros representam mais da metade de todos os profissionais de saúde do mundo, mas existe uma urgência de enfermeiros em todo o mundo. Segundo um relatório da OMS publicado em abril, o mundo precisa de mais 5,9 milhões de enfermeiros, especialmente em países de baixa e média renda.

Diferenças

Além disso, mais de 80% dos enfermeiros de todo o mundo trabalham em países que abrigam apenas metade da população mundial. Um em cada oito enfermeiros trabalha em um país diferente daquele em que nasceu ou recebeu sua formação.

Também existem grandes diferenças entre as regiões. Nas Américas, por exemplo, mais de oito em cada 10 enfermeiros trabalham em apenas três países, Estados Unidos, Canadá e Brasil, que representam 57% da população. 

Para evitar a escassez global, os países com escassez precisam aumentar, em média, o número total de enfermeiros formados por ano em 8%. Também precisa melhorar a capacidade de empregar e manter o sistema de saúde. A pesquisa estima que esse investimento teria um custo anual de, aproximadamente, US$ 10 per capita.