Músicos promovem intercâmbio entre Brasil e Tunísia
O objetivo do trabalho, segundo Kairouz, é mostrar musicalmente as diferenças e o resultado da união de duas culturas, duas gerações - o tunisiano tem apenas 16 anos - e duas escolas distintas do mesmo instrumento. O brasileiro vem de uma escola mais clássica, tradicional e o artista da Tunísia recebe influência da escola moderna. “Juntamos essas diferenças para fazer uma só música”, ressalta Kairouz.
Com formação inicial em piano erudito, o brasileiro sempre foi apaixonado pela música árabe. Descobriu o instrumento, “um bisavô do piano”, como ele descreve, e ficou encantado pelo som. Decidiu aprender a tocá-lo. “Antes mesmo de estudá-lo já buscava intuitivamente no piano essa sonoridade”, conta. Ele acrescenta que em suas pesquisas sobre a origem do instrumento descobriu que a ideia do filósofo Al-Farabi era criar algo que representasse o movimento dos corpos celestes. Kairouz é o único instrumentista do qanoun no Brasil.
Para Kairouz, uma das características da música árabe, principalmente a tradicional, é que ela tem algo de terapêutico em suas linhas melódicas. “Quando aprendemos a apreciar as melodias da musica árabe, as escalas orientais, ela realmente passa uma sensação boa de paz, ao mesmo tempo, às vezes, passa um sentimento forte. É uma musica muito rica em emoção, uma das mais sentimentais que existe. Cada uma representa um sentimento, um humor”, ressalta o músico.
Os interessados em promover shows com os músicos podem entrar em contato pelo e-mail kairouz@uol.com.br ou pelos telefones 11-2097-0412 e 11-999327779.
Para conhecer mais sobre o trabalho de Claudio Kairouz, acesse https://www.facebook.com/duo156strings