Cátedra Edward Saïd promove na Unifesp ciclo de debates sobre o Oriente Médio

Qua, 23/03/2016 - 21:01
A Cátedra Edward Saïd: Estudos da Contemporaneidade, parceria entre a Unifesp e o Instituto da Cultura Árabe, promoverá, ao longo deste ano, diversos debates acerca dos estudos sobre o Oriente Médio. O primeiro deles, que acontece no dia 28 de março, tem como convidada a professora e coordenadora do curso de Filosofia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp-campus Guarulhos), Olgária Matos. A escritora estará à frente do debate "Derrida e o Monolinguismo: da Razão Pura à Razão Marrana", que proporá reflexões sobre questões que permeiam a realidade desses povos, como os conceitos de estrangeiro e autóctone, identidade, sensação de pertencimento, desenraizamento regional e a origem do pensamento dualista – concepção filosófica que trata de duas realidades opostas. 

A cerimônia de abertura será marcada por música árabe e contará com a presença da reitora da universidade, Soraya Soubhi Smaili, membro do ICArabe, e da primeira-dama de São Paulo, Ana Estela Haddad. Todo o evento é gratuito e os participantes recebem certificados.  

Serviço:

Derrida e o Monolinguismo: da Razão Pura à Razão Marrana

Convidada: prof.ª Olgária Matos

Data: 28/3/2016

Horário: 17h

Local: Anfiteatro Leitão da Cunha – Rua Botucatu, 720 – Vila Clementino, São Paulo/SP

Inscrições:http://www.unifesp.br/reitoria/proex/acoes/cursos-de-extensao-e-eventos/cursos-e-eventos

 

Sobre a Cátedra Edward Said

A Cátedra Edward Said de Estudos Pós-Coloniais da Unifesp foi criada em 2014, fruto de parceria da Reitoria da Unifesp com o Instituto da Cultura Árabe (ICArabe). Saïd foi um intelectual palestino, ícone da resistência cultural e política árabe e da luta por justiça e igualdade, falecido em 2003.

O objetivo da instância universitária é desenvolver as análises e reflexões acerca da cultura moderna, no âmbito das transformações políticas e culturais do presente em suas relações com a História de que a obra de Saïd é portadora.

 

Próximo debate: 25/4/2016

Convidado: Mamede Mustafa Jarouche. O professor de Literatura Árabe da Universidade de São Paulo abordará os relatos do primeiro tradutor do livro 1001 Noites a uma língua ocidental, o francês Antoine Galland, que em seus diários conta ter ouvido, em Paris, algumas histórias da boca de um maronita sírio de Alepo chamado Hanna Diap, dentre as quais se destacam a de Aladim e a de Ali Babá. No entanto, Hanna Diab jamais existiu, nas fontes escritas, fora dos diários de Galland, até que, finalmente, seu relato de viagem, composto em árabe, foi encontrado na Biblioteca Apostólica Vaticana. Com base nesse diário, redigido de próprio punho ou ditado a algum escriba, pode-se ter uma ideia da mentalidade desse homem cujas histórias tiveram tanta importância no imaginário ocidental.