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Você está em:Home»NOTÍCIAS»Mulher»Alteridade na areia: a diversidade batendo um bolão
Mulher

Alteridade na areia: a diversidade batendo um bolão

“Uma imagem vale mais que mil palavras”…Qualquer pesquisador de Islam no Brasil diante desta imagem diria que os estereótipos sobre mulheres muçulmanas podem sim serem desconstruídos, mesmo quando o texto que a acompanha vem repleto de desconhecimento do Egito (país de origem da jogadora), das mulheres muçulmanas e das práticas religiosas. Neste sentido, esta matéria é só mais uma que vai dizer que as mulheres são subjulgadas.

Vivemos um mundo de internet, redes sociais, nos quais as pessoas se “protegem” de sua ignorância, mas pouco viajam, pouco se dão a possibilidade de conhecer grupos que se pensam diferentes. A mídia insiste em dizer desde a abertura das Olímpiadas, que o “radicalismo” islâmico não permite participação das atletas na competição sem o uso do hijab. Nada novo, quando se trata de mídia brasileira, querendo a todo momento criar um papel de subjulgação à mulher muçulmana e repetem a falácia de que as mulheres ganham menos, que as mulheres param de ser esportistas quando tem filho para justificarem a subjulgação. Mais do que antropologia, precisamos de uma antropologia da paciência para ler tantos estereótipos, um verdadeiro caldeirão de estigmas, talvez, se elas, não usassem lenço, nada disso apareceria.

A luta pela igualdade de gênero, pelo respeito às mulheres independe de contextos, religiões. O machismo é algo entranhado na vida social, basta perceber o incomodo de alguns homens com as vitórias sucessivas das MULHERES nos jogos. Foucault ao escrever sobre as “artes de julgar” pode nos ajudar a pensar este efeito que causa uma mulher muçulmana vestida com um dos seus trajes tradicionais:

“A norma, está inscrita entre as “artes de julgar”, ela é um princípio de comparação. Sabemos que tem relação com o poder, mas sua relação não se dá pelo uso da força, e sim por meio de uma espécie de lógica que se poderia quase dizer que é invisível, insidiosa”1.

A imprensa, quase sempre usa expressões de efeito para desviar a atenção daquilo que importa, e dá visibilidade a elementos que não são questões para o grupo em evidência. Não vou aqui repetir a importância do hijab(que infelizmente tive que ouvir a pronúncia de Jihad… “elas usam jihad” disse um jornalista), porque já o fiz em outro texto que pode ser consultado: “Dialógos sobre o uso do véu…”http://seer.fclar.unesp.br/perspectivas/article/view/6617 , mas vale destacar alguns pontos:

1) muçulmanxs não são proibidxs de realizarem práticas esportivas. Há um hadith (dito, prática do Profeta Muhammad) copilado por Bukari que comprova isso:“O mensageiro de Deus reuniu um grupo de pessoas que estavam competindo no tiro com arco de Bani Aslam. Ele lhes disse; “Ó filhos de Ismail! Atire suas flechas; seus antepassados eram bons em tiro com arco. Atire! Eu apoio tal e tal tribo…” e depois corrigiu: “apoio ambos os grupos”, consubstanciando a importância de torcer pelos seus competidores;

2) Para um muçulmano praticante nada pode ser maior que Deus, por isso, repetem constantemente: Allahu Akbar, que significa Deus é Maior. No esporte não seria diferente, Deus vem em primeiro lugar e tudo é atribuído a ele, seja o resultado positivo ou negativo. É comum ver um muçulmano antes de iniciar sua atividade, seja ela qual for, dizer: Bismillah, Rahmani, Rahim), o que significa “Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordiador”. Na acepção islâmica o esforço é individual, mas a concretização é de Deus, é Ele que define o resultado, por isso repetem: “se esforçar é da nossa parte, concretizar é com Allah o Altíssimo”.

3) mulheres muçulmanas que usam lenço, em situação nenhuma fora de sua casa apareceriam sem o mesmo, portanto, se a jovem atleta usa lenço em seu cotidiano, jamais se permitiria a prática esportiva sem o lenço, lendo a matéria ficamos sabendo que a sua parceira não usa lenço, mas o foco será sempre a mulher que usa lenço;

4) Mais do que um sinal diacrítico, o lenço é um elemento que contribui para construção da noção de pessoa (para usar uma categoria maussiana) de uma mulher muçulmana. Retirá-lo é também retirar sua persona, aquilo que a identifica como pessoa que professa uma religião.

Mas este texto tem que voltar para beleza da imagem, para o seu punctum, para o subjetivo como definiria Barthes: “(…) é aquilo que eu acrescento à fotografia e que, no entanto, já está lá” (1980:32). Para mim, a beleza de ver uma mulher muçulmana coberta fazendo o que gosta, e da maneira que gosta é o punctum desta imagem. Bom seria se todas as mulheres muçulmanas pudessem usar seus lenços sem que fossem apontadas nas ruas, nas redes sociais, no trabalho, na escola, como sendo uma pessoa inferior, menor, oprimida, SUBJULGADA. Para mim, não importa o resultado, importa que tenham mulheres cada vez mais em todos espaços, sejam muçulmanas ou não muçulmanas. Que os próximos textos sobre mulheres muçulmanas não venham carregados de estereótipos da sua religião, mas sim que retratem a sua qualidade como esportista, como mais uma mulher a disputar um espaço no pódio olímpico. Que o único fato a ser observado na imagem é a invasão da jogadora alemã, ou não seria invasão? Por um mundo onde as mulheres muçulmanas não tenham medo de demonstrar a sua fé pelo uso do lenço, pois este não cobre pensamento, mas revela a fé de uma mulher.

 

1FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 1. A vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988.

*Francirosy Campos Barbosa é antropóloga, pós-doutora pela Universidade de Oxford sob supervisão do professor Tariq Ramadan; docente na Universidade de São Paulo, coordenadora do GRACIAS (Grupo de antropologia em contextos islâmicos e árabes).

Artigo publicado originalmente no site da Revista Fórum 

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CONVITE - 📚Série Encontros Acadêmicos

🇱🇧A Academia Líbano-Brasileira de Letras, Artes e Ciências e o Centro Cultural Justiça Federal promoverão o Encontro com o jornalista Guga Chacra (Membro Titular da Academia – Cadeira 27), que abordará o tema "Líbano: Panorama Atual e Perspectivas", no dia 24 de julho, quinta-feira, às 17h, no Centro Cultural Justiça Federal – Sala das Sessões, localizado na Av. Rio Branco, 241 – Centro, Rio de Janeiro – RJ. 

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🔗 Inscreva-se pelo QR Code na imagem ou pelo link disponível nos stories.

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🌏📚 Aigo Livros promoverá o curso Literatura 🌏📚 Aigo Livros promoverá o curso Literatura Árabe da Ásia 

A Aigo Livros promoverá o curso online Literatura Árabe da Ásia, que abordará a introdução à história dos países de língua árabe do continente, os da região do Oriente Médio e da Península Arábica, a partir dos livros, nos dias 5, 12, 19 e 26 de agosto, terças-feiras, das 19h às 20h30. 

Os encontros tratarão sobre o colonialismo europeu no mundo árabe, da questão da Palestina, os sectarismos no Oriente Médio e as imigrações e diásporas árabes. O curso será ministrado por Jemima de Souza Alves, pós-doutoranda em Letras na FFLCH-USP, com mestrado e doutorado na mesma universidade, tradutora do árabe e do inglês de livros como “Narinja”, de Jokha al-Harthi, “Ave Maria”, de Sinan Antoon, entre outros; integra o grupo de pesquisa “Tarjama - Escola de tradutores de literatura árabe moderna”, sob a supervisão da Profa. Dra. Safa A-C Jubran; e Paula Carvalho, historiadora, jornalista. Pós-doutoranda em História pela Unifesp. Mestre em história pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), estuda viajantes, principalmente os disfarçados. Lançou o livro “Direito à vagabundagem: as viagens de Isabelle Eberhardt” em 2022 pela editora Fósforo. É uma das criadoras do movimento Um Grande Dia para as Escritoras.

Confira a programação do curso:

05.08 (19h às 20h30): Quando o colonialismo europeu chega ao mundo árabe
Sugestão de leitura: Narinja, Jokha Alharthi (@editoramoinhos)

12.08 (19h às 20h30): Vamos falar sobre a Palestina
Sugestão de leitura: Detalhe menor, Adania Shibli (@todavialivros)

19.08 (19h às 20h30): Os sectarismos no Iraque e no Oriente Médio
Sugestão de leitura: Ave Maria, Sinan Antoon (@editoratabla)

26.08 (19h às 20h30): Imigrações e diásporas árabes
Sugestão de leitura: Correio Noturno, de Hoda Barakat (@editoratabla)

Para participar é necessário fazer uma contribuição de R$220,00, faça a sua inscrição no link da bio da @aigolivros. As aulas serão gravadas e ficarão disponíveis por 30 dias.
🇵🇸“Gaza no coração” é semifinalista n 🇵🇸“Gaza no coração” é semifinalista no Prêmio Jabuti Acadêmico

O livro “Gaza no coração: história, resistência e solidariedade na Palestina” está entre os semifinalistas do Prêmio Jabuti Acadêmico. A indicação reconhece a relevância coletiva do trabalho que resultou na obra, organizada com o objetivo de reunir reflexões críticas sobre a Palestina e sua luta por autodeterminação.

Entre os autores e autoras que assinam os textos, estão os associados do Instituto da Cultura Árabe (ICArabe)Milton Hatoum (benemérito), José Arbex e Salem Nasser. Também participam da publicação Reginaldo Nasser,  Soraya Misleh, Safra Jubram e outros pesquisadores, jornalistas e ativistas comprometidos com o tema. O conjunto de artigos busca contribuir para o debate público sobre a realidade palestina, reforçando a urgência de interromper o genocídio em curso e a necessidade de fortalecer a solidariedade internacional com o povo palestino.

A obra foi publicada pela Editora Elefante, com edição de Tadeu Breda.

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