Bel Coelho, chef do restaurante Clandestino, criou um cardápio especial, inspirado nos países dos participantes. ICArabe marcou presença no evento.O ICArabe, representado pela diretora Heloisa Abreu Dib Julien, esteve presente no Almoço Solidário realizado no domingo, 3 de julho, em São Paulo, promovido pelo Adus– Instituto de Reintegração do Refugiado – Brasil, por iniciativa da chef Bel Coelho.
Sob o comando de Bel, pessoas de diferentes nacionalidades integraram a equipe gastronômica num almoço de sete etapas, que teve cardápio especialmente criado para a ocasião, inspirado nos países de origem dos refugiados.
Os convidados tiveram a oportunidade de saborear falafel (bolinho de grão de bico) com ragu de cordeiro e zatar, arroz de galinha d’Angola com quiabo grelhado, doce de damasco, creme de cardamomo, sorvete de pistache, gelatina de água de flor de laranjeira e caramelo de rosas, entre outras receitas.
Auxiliando na cozinha, Rachel Nyembo, nascida na República Democrática do Congo, comentou: “Estou cansada, mas muito feliz”. Rachel pode ver como funciona uma cozinha profissional, a organização, logística e trabalho em equipe, e ainda provou rabanete, raiz tuberosa que não existe na sua terra natal.
Além de Rachel, o sírio Kamal Kawaba e o palestino Mazen Zwawe também tiveram a oportunidade de trabalhar com a chef do Clandestino.
Enquanto voluntários do Adus serviam as mesas, o músico Merveille Kimia mostrou um pouco do seu talento ao cantar músicas em Lingala, um dos idiomas do seu país, a República Democrática do Congo. O palestino Leon Diab também teve a oportunidade de apresentar seus desenhos no evento.
“A chef Bel Coelho criou um cardápio maravilhoso, oferecendo criações baseadas nas tradições das cozinhas árabe, colombiana e congolesa. A presença de refugiados sírios e congoleses, chegados há muito pouco tempo no Brasil, mas já falando português e estabelecidos com restaurantes próprios, nos encheu de admiração”, afirma Heloisa.
Segundo Marcelo Haydu, diretor executivo do Adus, a arrecadação do almoço será revertida em diversos projetos mantidos pelo instituto.
Para Bel Coelho, a iniciativa foi uma oportunidade de mostrar um pouco dos sabores dos países de alguns refugiados, conhecer a história deles, além de mostrar como a “culinária pode conectar as culturas”.
A realização do almoço solidário foi possível graças à dedicação e generosidade da chef Bel Coelho e sua equipe, Inovini, Dona Filipa, Pinheiro Neto Advogados, Instituto Cyrela, Instituto Samuel Klein, Grupo Miolo, Marina e Ângela Massi, a todos que compraram os convites e aos voluntários do ADUS envolvidos no evento.
“Parabéns ao Marcelo Haydu e equipe do Adus pela realização de um evento que mostrou como a gastronomia cria ligações entre as culturas”, elogia Heloisa.
Para saber mais sobre o Adus, acesse http://www.adus.org.br/
