Será inaugurada nesta quinta-feira (17) na Câmara Legislativa do Distrito Federal, em Brasília, a exposição “Brasil encontra Tunísia”, organizada pela embaixada tunisiana na capital e pelo Ministério da Cultura do país árabe. A mostra reúne fotos da Tunísia e de seus pontos turísticos, peças de artesanato, além de pinturas de artistas plásticos tunisianos. A exibição ficará em cartaz até 31 de março.
À ANBA, o embaixador da Tunísia em Brasília, Sabri Bachtobji, afirmou que o objetivo da exposição é comemorar os 60 anos de independência da França, ocorrida em 20 de março de 1956, e também a nova fase política do país. “Esta é uma forma de consagrar a data nacional e também divulgar a Tunísia. Nosso objetivo era montar uma exposição que ilustrasse os mais de três mil anos de história da Tunísia e escolhemos a Câmara Legislativa do Distrito Federal para recebê-la porque ela é a casa do povo”, afirmou o diplomata.
“Essa exposição vai permitir conhecer a história e o momento atual da Tunísia, que tem hoje um debate democrático, com espaço para a liberdade de expressão, com uma nova Constituição. Estamos a construir uma democracia e isso deu à Tunísia o prêmio Nobel da Paz no ano passado”, disse o embaixador.
Em 2015, quatro instituições que atuaram na transição política receberam o prêmio. O grupo, que ficou conhecido como “Quarteto”, é formado pela Ordem Nacional dos Advogados, a União Geral Tunisiana do Trabalho, a União Tunisiana da Indústria, do Comércio e do Artesanato e a Liga Tunisiana dos Direitos Humanos.
A mostra que será realizada em Brasília vai reunir fotos do país árabe e obras de arte de alguns de seus principais artistas. Haverá trabalhos dos pintores Mokhtar Hnen e Sonia Drij, do arquiteto franco-tunisiano Jacques Marmey, e de Bem Marzouk, pintor que vive no Brasil. Os artesanatos que serão expostos no evento são peças típicas tunisianas feitas em cobre e em cerâmica.
A Tunísia passar por um processo de transição desde a deflagração da Primavera Árabe. Em 17 de dezembro de 2010, o vendedor Mohamed Bouazizi ateou fogo ao próprio corpo em protesto por ter suas mercadorias aprendidas pela polícia. Sua morte, em 04 de janeiro de 2011, deu início ao levante popular que pôs fim ao governo de Zine El Abidine Ben Ali, então há mais de duas décadas no poder. De lá para cá, uma nova constituição foi adotada e um novo governo foi formado. O presidente atual, Béji Caïd Essebsi, tomou posse em janeiro de 2015.
Mesmo com as conquistas, o processo de democratização da Tunísia enfrenta desafios. Em 18 de março do ano passado, homens armados invadiram o Museu do Bardo, o principal do país, em Túnis, e mataram a tiros 20 turistas estrangeiros. Meses depois, nova ofensiva de terroristas deixou turistas mortos em uma praia na cidade de Sousse. Na segunda-feira (07), 53 pessoas morreram, entre elas 35 terroristas, em um ataque em Ben Guendarne, perto da fronteira com a Líbia.
Serviço
Exposição “Brasil encontra Tunísia”
De 17 a 31 de março, das 08 às 19 horas
Câmara Legislativa do Distrito Federal – Foyer do Plenário
Praça Municipal – Quadra 2 – Lote 5
CEP: 70094-902, Brasília, DF
Informações: +55 61 3348-8000 e aqui
Entrada franca
Abertura: quinta-feira (17), às 18 horas – coquetel
