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Você está em:Home»NOTÍCIAS»Política e Sociedade»‘Devemos lutar pela paridade de direitos’, diz ativista palestino que defende Estado único
Política e Sociedade

‘Devemos lutar pela paridade de direitos’, diz ativista palestino que defende Estado único

 

‘Devemos lutar pela paridade de direitos’, diz ativista palestino que defende Estado único Compartilhe76 As atenções do mundo se voltarão nesta sexta-feira (23/09) para a sede das Nações Unidas, em Nova York, quando a Assembleia Geral da entidade votar o pedido de adesão da Palestina como membro pleno. Na prática, essa aprovação da ONU (Organização das Nações Unidas) endossaria o reconhecimento internacional de um Estado palestino, contrariando os interesses de Israel. Entretanto, os Estados Unidos, aliado a incondicionais do Estado judeu, vetarão a adesão palestina no Conselho de Segurança.  Abunimah: vivemos em um Estado único, mas que pratica um sistema de apartheid brutal Para muitos governos, ONGs e ativistas pró-palestinos, essa votação pode representar uma vitória parcial e o início de uma grande pressão internacional. No entanto, diversas correntes defendem uma solução completamente diferente para o conflito: um estado único para israelenses e palestinos. Em entrevista ao Opera Mundi, Ali Abunimah, jornalista norte-americano de origem palestina e autor de ‘One Country: A Bold Proposal to End the Israeli-Palestinian Conflict’, explica como funcionaria a ideia de unir inimigos em torno de um só país. Abunimah é um dos fundadores da Electronic Intifada, uma publicação on-line sem fins lucrativos sobre o conflito israelo-palestino. Para ele, o que há hoje já é um Estado único, comandado por judeus e que pratica um apartheid brutal contra os palestinos. A criação de um Estado com base nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis dias em 1967, para ele, transformaria o território palestino em um novo Bantustão – termo pejorativo usado pelos críticos do regime racista sul-africano para se referir aos Estados fictícios criados para os negros viverem em condições precárias. Em uma visão geral, por que o Sr. defende a ideia de um Estado único como solução para resolver o conflito árabe-israelense? A ideia não é totalmente nova. Era de fato a ideia principal defendida pelo movimento nacional palestino nos anos 1960. Até que a OLP (Organização para a Libertação Palestina) adotou a “Solução de Dois Estados”, que nasceu de um sentimento que se abateu sob os palestinos de que seria impossível retomar seus direitos em toda a região. Assim, a OLP optou pela cisão do território com o objetivo de ficar apenas com um pequeno pedaço da Palestina como um Estado estabelecido. Porém, após todas essas décadas, vemos que a boa vontade dos palestinos em aceitar um Estado com apenas um quinto de seu território original, com a Cisjordânia e a Faixa de Gaza não bastou para os israelenses. Eles colonizam e ocupam mesmo os pequenos pedaços da Palestina que nos restaram. Isso mostra que a principal razão para defender a solução de dois Estados, ou seja, apaziguar o apetite de Israel por terras, não funcionou. Leia mais: Palestinos acreditam em maioria no Conselho da ONU; Cisjordânia e Tel Aviv veem protestos Abbas espera ‘tempos difíceis’ com criação do Estado palestino  EUA lançam campanha contra reconhecimento do Estado palestino pela ONU, diz jornal  Reconhecimento do Estado palestino monopoliza discussões antes de assembleia na ONU  EUA prometem barrar Estado palestino. Europa está dividida  Embaixador palestino diz ter certeza do respaldo da América Latina na ONU Agora temos uma realidade que é voltar para o que nós já tínhamos, a solução de um Estado. Isso é algo que as pessoas precisam realmente entender: nós já vivemos em um Estado único. Mas trata-se de um Estado que pratica um sistema de apartheid brutal, em que judeus israelenses são privilegiados em todo e qualquer aspecto: militarmente, economicamente, politicamente, socialmente. E os palestinos estão em total desvantagem, em categorias inferiores de cidadania. Para começar, temos os cidadãos palestinos que vivem em Israel dentro das linhas estabelecidas antes de 1967. Em torno de 1,4 milhão, eles são cidadãos normais de Israel, embora sejam constantemente ameaçados por políticos israelenses que os acusam de serem desleais. E, por Israel se tratar de um Estado judeu, inexiste espaço para não-judeus. Portanto, eles são vítimas de uma forma de apartheid. Há os palestinos na Cisjordânia que vivem sob ocupação e em situação de colônias, com os colonos tomando suas terras, cometendo violências, e criando muitas restrições à locomoção. Por fim , há os palestinos em Gaza, que estão vivendo em uma prisão gigante de 1,5 milhões de pessoas.Reprodução/Divulgação  Pois bem, todas essas áreas estão sob controle de Israel, já que a própria ANP (Autoridade Nacional Palestina) não tem muito poder. Em Gaza, tudo é determinado por Israel: fornecimento de bens básicos como eletricidade e comida, construção de prédios… até as decisões de vida e de morte estão nas mãos deles. Portanto, é, na prática, um único Estado! E é impossível dividir esse território em dois Estados, todas as tentativas falharam. A luta a ser travada a partir de agora deve ser pela paridade de direitos. Nas Nações Unidas, não veremos o nascimento de um Estado palestino, mas o funeral da solução de dois Estados. Estaremos começando uma nova fase da luta, que acredito que progressivamente tomará a forma de uma luta antiapartheid por direitos civis iguais em toda a Palestina histórica. Como o Estado seria implementado? Ainda seria um estado judeu? Deveria continuar a se chamar Israel? O mais importante é tentar enfatizar os princípios nos quais todo Estado deve ser baseado. Por exemplo, um esforço para fazer isso é a Declaração de Um Estado. Trata-se de uma declaração produzida em 2007 por um grande número de pessoas, desde palestinos até alguns israelenses. A forma exata que o Estado teria é algo que pode ser resolvido depois. Há diferentes modelos para Estados multiétnicos, mas seus princípios básicos devem ser igualdade e cidadania plena a todos, independente de religião ou raça. Um Estado não deve privilegiar qualquer grupo religioso. Ao mesmo tempo, deve proteger os direitos culturais e religiosos de todos. Esses são princípios muito básicos de democracia que outros países aplicam ou, ao menos tentam. Apenas no contexto da Palestina que esses princípios são considerados controversos ou estranhos. A Constituição de qualquer Estado moderno contém proteções básicas para todos os cidadãos, além de suas culturas, línguas e educação. São essas as condições de que falo. Leia mais:  Em resposta a relatório da ONU, Turquia expulsa embaixador e suspende acordos militares com Israel  Marinha israelense aborda navio do comboio humanitário que seguia a Gaza  Um ataque desumano   Carta da Flotilha da Liberdade, por Iara Lee   Mesmo se o pedido da Palestina na ONU passar na Assembleia Geral, ele deverá ser barrado com o veto dos EUA no Conselho de Segurança. Quais seriam, os efeitos imediatos práticos nos dias seguintes à votação, qualquer que seja o resultado? A primeira coisa é que devemos ter muita clareza é o que vai acontecer nas Nações Unidas. A ONU não cria nem reconhece Estados. Não diz pra qualquer um: “Ok, você pode ter um Estado aqui ou ali”. A única coisa que ela faz é admitir ou não um Estado como membro. O chamado “Estado da Palestina” já foi reconhecido por mais de 100 países em todo o mundo durante os últimos 25 anos. Isso nunca fez qualquer diferença prática no dia-a-dia dos palestinos. O fato dos palestinos terem representações diplomáticas em outros países ou embaixadores nunca alterou a vida deles. Já existe uma delegação palestina nas Nações Unidas e o que vai se votar é se essa delegação terá as funções de um membro pleno. Mesmo que isso seja aprovado, também não mudará nada. Seria mais um voto de apoio simbólico? Sim. Alguns podem argumentar que Israel iria permitir que os palestinos participassem de alguns órgãos tradicionais da ONU como a Unesco (Organização das nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Mas esse é um aspecto marginal comparado aos direitos dos palestinos. Outra coisa muito importante a ressaltar é que, entre os próprios palestinos, tem havido grande oposição e incerteza sobre esse movimento na ONU. Há muito medo de que possa não apenas ser inútil como também muito prejudicial. Declarar ou pedir pelo reconhecimento de um Estado palestino baseado nas fronteiras anteriores a 1967, sem qualquer outra garantia de direito a seus cidadãos, poderia ser um presente gratuito a Israel. Seria o mesmo que dizer: nós estabelecemos a Palestina, mas não faremos qualquer outra reivindicação, nem mesmo garantir os direitos dos refugiados. Claro, tudo isso seria muito complicado obter do ponto de vista político. O ponto que quero chegar é que os próprios palestinos estão muito incertos a respeito desse movimento. Porque (esse processo) não foi explicado corretamente para eles pela ANP e a OLP, que são praticamente a mesma coisa a essa altura. É uma liderança que carece de legitimidade, responsabilidade com a democracia. Tomam decisões sem ter qualquer referência ou fazer qualquer consulta em relação ao povo. Efe (20/09/2011)  Abunimah: Israel não aceita a ideia de que os palestinos têm direitos iguais e legítima reivindicação à terra Esse é um problema real e que não é levado em conta particularmente na América Latina. Acredito que as pessoas acabam se confundindo achando que apoiar o povo palestino é equivalente a apoiar a ANP. Mas não é a mesma coisa. Alguns governos latino-americanos recebem Mahmoud Abbas como um representante do povo palestino, e esse não é o caso. Quais seriam os principais obstáculos para estabelecer um Estado plenamente democrático, tanto para palestinos quanto para judeus ou os demais povos que habitam essas terras? E como tornar essa coabitação pacífica? Francamente, acho quer será muito difícil. É a realidade. Qualquer tipo de paz baseada na Justiça será muito, muito difícil. Se olharmos para a África do Sul, quase 20 anos depois do fim do apartheid, vemos o quão difícil isso é. Quando, por um lado, vemos de um país livre e quase plenamente democrático, onde tivemos de fato realizações significativas, vemos por outro que o legado do apartheid ainda permanece muito profundo. Há enorme pobreza e desigualdade. Em alguns casos, até regrediram. Portanto, devemos aprender com essa experiência. Na Irlanda do Norte, vejo um tipo de confronto similar de relacionamento ao na Palestina. Novamente, vemos como é difícil superar esse tipo de conflito. Ao mesmo tempo, as diferenças entre eles progrediram significativamente em relação aos últimos vinte anos. O desafio que temos na Palestina não é único. Ele tem a ver com justiça econômica; pobres e ricos; exclusão e inclusão. É o que vemos nos EUA e no Brasil. Democracia não é apenas uma questão de voto, é também relacionada a direitos econômicos e sociais. Os primeiros desafios serão esses. Ou seja, muito difíceis. Acredito que há uma ilusão de que a solução de dois Estados tornaria tudo mais fácil. Na verdade, tornaria mais difícil. Pense: Israel poderá dizer que Gaza, fazendo parte de um Estado independente, não tem qualquer responsabilidade pela pobreza e privação que lá exista. Seria 100 vezes mais difícil para os habitantes em Gaza terem qualquer tipo de desenvolvimento econômico.  Portanto não qualquer possibilidade de solução fácil para esse impasse. Temos de ser francos a respeito disso. Leia mais: Israel prepara lobby contra admissão de palestinos na ONU, diz jornal  Israel critica decisão do Brasil de reconhecer Estado palestino   Megaincêndio florestal revela ruína de vilas palestinas destruídas no fim dos anos 1940   Aceitação de outras culturas é chave para integração de ilegais em Israel, diz ativista Ramadã à brasileira: como os muçulmanos de São Paulo passam o mês sagrado do Islã Quebrando o silêncio: soldados israelenses revelam a ONG abusos cometidos contra palestinos Há algum grupo político que apóia a solução de um Estado? O quanto essa proposta é popular tanto no meio palestino quanto no meio judeu? Não há nenhum partido ou facção palestina de relevância que tenha apoiado essa opção ainda. Entretanto, isso reflete o fato de que as principais representações políticas palestinas realmente perderam a iniciativa. Não incentivam visões verdadeiramente críveis que unam palestinos e que se dediquem às necessidades de todo o povo, dentro ou fora da região. Quem a defende é um movimento informal, composto por ativistas, estudantes, entre outros. O que eu vejo – e trata-se de uma opinião subjetiva, tomada durante minhas viagens e debates, e pelas opiniões que recolho – é que há um considerável e crescente apoio pela solução de um Estado. Não apenas isso: também não encontro muitos defensores da repartição de Estados. Os que a defendem são mais próximos da ANP. E não se vê um apoio muito entusiasta pela alternativa de dois Estados. Há divulgação de pesquisas que dizem que os palestinos apóiam a coabitação em dois Estados, mas isso não é verdade. As pesquisas de opinião medem apenas as opiniões dos que vivem na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. E mesmo lá você encontra essa opção chegando a, no máximo, 50%. É um índice muito baixo se você considerar todos esses anos em que todo mundo sempre dizia que essa era a única alternativa. Já o apoio à opção por um Estado, em qualquer uma das três regiões (Cisjordânia, Faixa de Gaza e Israel), fica entre 25% a 40%. O que considero um percentual muito alto devido ao fato que não se vê nenhum líder político defendendo a ideia. Mas creio que isso acabará ocorrendo. E em breve. E quanto aos judeus israelenses, é claro que eles não aceitam. Mas atualmente eles não aceitam mais nada. Seja a solução de um ou de dois Estados. Eles não aceitam a ideia de que os palestinos têm direitos iguais e legítima reivindicação a essa terra. Exceto por uma minoria muito pouco significativa. Alguém já os acusou de estar vendendo de maneira definitiva as terras palestinas para Israel? Pelo contrário, nunca ouvi isso. Porque a visão que defendo é a de devolver um país aberto e disponível a todo palestino. O que não é o caso da solução de dois Estados, que diz que os palestinos terão direito a, no máximo, um quinto da Palestina histórica. E os refugiados não poderão retornar a seus lares. A ideia é fazer com que todos os palestinos voltem para toda a terra da Palestina. E, ao mesmo tempo, garantir uma vida pacífica para os judeus israelenses. Desde que vivam como cidadãos normais, não como os colonizadores do presente. A idéia é transformá-los em cidadãos normais, e não em ocupantes. Leia mais: Grupos armados de Gaza retomam lançamento de foguetes contra Israel Wikileaks: EUA foram informados por Israel sobre operação militar em Gaza Comissão investigadora isenta governo israelense de culpa por ataque a comboio humanitário Essa ideia seria bem recebida pelo lado judeu? Porque, para que um Estado igualitário nasça, Israel possivelmente teria de abdicar de sua condição de Estado judeu para evoluir a um Estado verdadeiramente laico. Claro que a demanda de Israel ser reconhecido como um Estado judeu é atualmente uma desculpa para ter o direito de ser racista com os palestinos e os demais não-judeus. Para os palestinos funciona exatamente como quando o apartheid na África do Sul reclamava ser um Estado de brancos. Os brancos tinham privilégios específicos para governar. Nenhum palestino pode aceitar isso. Você não encontrará nenhuma facção palestina, e isso inclui o Hamas, dizendo que os judeus israelenses devem partir. Mas o fato é que eles têm privilégios e direitos especiais em relação a outros grupo de indivíduos. Bem, aceitar isso seria o mesmo que desistir de seu direito de retorno, de desistir de sua própria humanidade. Portanto está fora de questão. Não há nada de errado em um Estado em que todos sejam protegidos – culturalmente, religiosamente, linguisticamente e etnicamente.  É por isso que, para que a alternativa de um Estado se torne viável, devemos fazer pressão de verdade em Israel, na forma de boicote, desinvestimentos e sanções. Da mesma forma como foi feito na África do Sul no passado.  Porque isso mudaria toda a equação. Enquanto o status quo não custar nada a Israel, eles não terão nenhuma razão para mudar. Mas, com essas restrições, você aumenta a pressão sobre o status quo e os israelenses serão obrigados a refletir sobre uma mudança de fato democrática. A questão não é se eles vão aceitar agora ou no futuro. Mas acho que há uma grande possibilidade de que sim, eles irão. Efe (15/09/2011)  Para Abunimah, iniciativas como a da Turquia, que rompeu relações comerciais com Israel, devem ser seguidas por outros países O recente esfriamento de relações entre Israel e sua ex-aliada, a Turquia, iniciado durante a crise da flotilha de ajuda humanitária a Gaza, pode ser o estopim para iniciar esse boicote ou mudar a postura de Israel? Sim, acho um episódio muito importante. Porque Israel está cada vez mais só no mundo. Desfruta de completa imunidade em relação às leis internacionais. Quantas resoluções nas Nações Unidas que Israel violou e nunca sofreu qualquer consequência? Qualquer outro país, Irã, Iraque, qualquer um que viole uma resolução da ONU, sofre sanções imediatas. Israel foi capaz de cometer as maiores violações ao direito internacional sem sofrer nada. Pois sempre houve medo em aplicá-las pela reação dos EUA. Era um tabu. Mas a Turquia rompeu com esse tabu ao dizer que aos israelenses de que eles não têm o direito de violar a lei internacional ou matar civis em águas internacionais sem sofrer as consequências. Portanto é hora de fazermos com que Israel pague o preço. Leia mais: Turquia se transforma na nova paixão dos palestinos Lula autoriza ajuda de R$ 25 milhões para reconstrução de Gaza   “Israel está fazendo muito dinheiro com a ocupação da Palestina”, diz economista israelense Nomeação de Uribe para investigação do caso da flotilha garante fracasso da iniciativa   Espero que isso quebre o tabu para que outros países sigam os turcos. Especialmente o Egito, que está sob intensa pressão agora, e outros países na região. E que os países latino-americanos devem lembrar que Israel também desempenhou um papel muito nocivo na América Latina. Falo particularmente da América Central, durante os anos 1980, quando treinou esquadrões de morte para regimes ditatoriais de direita que cometeram verdadeiras atrocidades contra seus povos. E o governo da Colômbia também mantém uma relação militar muito próxima com Israel.  Como vemos, a política externa de Israel não se resume apenas ao Oriente Médio, mas atingiu a América Latina também. 

As atenções do mundo se voltaram na sexta-feira (23/09) para a sede das Nações Unidas, em Nova York, quando a Assembleia Geral da entidade avaliou o pedido de adesão da Palestina como membro pleno. Na prática, essa aprovação da ONU (Organização das Nações Unidas) endossaria o reconhecimento internacional de um Estado palestino, contrariando os interesses de Israel. Entretanto, os Estados Unidos, aliados incondicionais do Estado judeu, vetarão a adesão palestina no Conselho de Segurança. 

Para muitos governos, ONGs e ativistas pró-palestinos, essa votação pode representar uma vitória parcial e o início de uma grande pressão internacional. No entanto, diversas correntes defendem uma solução completamente diferente para o conflito: um estado único para israelenses e palestinos. Em entrevista ao Opera Mundi, Ali Abunimah, jornalista norte-americano de origem palestina e autor de ‘One Country: A Bold Proposal to End the Israeli-Palestinian Conflict’, explica como funcionaria a ideia de unir inimigos em torno de um só país. Abunimah é um dos fundadores da Electronic Intifada, uma publicação on-line sem fins lucrativos sobre o conflito israelo-palestino. 

Para ele, o que há hoje já é um Estado único, comandado por judeus e que pratica um apartheid brutal contra os palestinos. A criação de um Estado com base nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis dias em 1967, para ele, transformaria o território palestino em um novo Bantustão – termo pejorativo usado pelos críticos do regime racista sul-africano para se referir aos Estados fictícios criados para os negros viverem em condições precárias. 

Em uma visão geral, por que o Sr. defende a ideia de um Estado único como solução para resolver o conflito árabe-israelense? 

A ideia não é totalmente nova. Era de fato a ideia principal defendida pelo movimento nacional palestino nos anos 1960. Até que a OLP (Organização para a Libertação Palestina) adotou a “Solução de Dois Estados”, que nasceu de um sentimento que se abateu sob os palestinos de que seria impossível retomar seus direitos em toda a região. Assim, a OLP optou pela cisão do território com o objetivo de ficar apenas com um pequeno pedaço da Palestina como um Estado estabelecido. 

Porém, após todas essas décadas, vemos que a boa vontade dos palestinos em aceitar um Estado com apenas um quinto de seu território original, com a Cisjordânia e a Faixa de Gaza não bastou para os israelenses. Eles colonizam e ocupam mesmo os pequenos pedaços da Palestina que nos restaram. Isso mostra que a principal razão para defender a solução de dois Estados, ou seja, apaziguar o apetite de Israel por terras, não funcionou. 

Agora temos uma realidade que é voltar para o que nós já tínhamos, a solução de um Estado. Isso é algo que as pessoas precisam realmente entender: nós já vivemos em um Estado único. Mas trata-se de um Estado que pratica um sistema de apartheid brutal, em que judeus israelenses são privilegiados em todo e qualquer aspecto: militarmente, economicamente, politicamente, socialmente. E os palestinos estão em total desvantagem, em categorias inferiores de cidadania. 

Para começar, temos os cidadãos palestinos que vivem em Israel dentro das linhas estabelecidas antes de 1967. Em torno de 1,4 milhão, eles são cidadãos normais de Israel, embora sejam constantemente ameaçados por políticos israelenses que os acusam de serem desleais. E, por Israel se tratar de um Estado judeu, inexiste espaço para não-judeus. Portanto, eles são vítimas de uma forma de apartheid. 
Há os palestinos na Cisjordânia que vivem sob ocupação e em situação de colônias, com os colonos tomando suas terras, cometendo violências, e criando muitas restrições à locomoção. Por fim , há os palestinos em Gaza, que estão vivendo em uma prisão gigante de 1,5 milhões de pessoas.

Pois bem, todas essas áreas estão sob controle de Israel, já que a própria ANP (Autoridade Nacional Palestina) não tem muito poder. Em Gaza, tudo é determinado por Israel: fornecimento de bens básicos como eletricidade e comida, construção de prédios… até as decisões de vida e de morte estão nas mãos deles. Portanto, é, na prática, um único Estado! 

E é impossível dividir esse território em dois Estados, todas as tentativas falharam. A luta a ser travada a partir de agora deve ser pela paridade de direitos. Nas Nações Unidas, não veremos o nascimento de um Estado palestino, mas o funeral da solução de dois Estados. Estaremos começando uma nova fase da luta, que acredito que progressivamente tomará a forma de uma luta antiapartheid por direitos civis iguais em toda a Palestina histórica. 

Como o Estado seria implementado? Ainda seria um estado judeu? Deveria continuar a se chamar Israel? 

O mais importante é tentar enfatizar os princípios nos quais todo Estado deve ser baseado. Por exemplo, um esforço para fazer isso é a Declaração de Um Estado. Trata-se de uma declaração produzida em 2007 por um grande número de pessoas, desde palestinos até alguns israelenses. 

A forma exata que o Estado teria é algo que pode ser resolvido depois. Há diferentes modelos para Estados multiétnicos, mas seus princípios básicos devem ser igualdade e cidadania plena a todos, independente de religião ou raça. Um Estado não deve privilegiar qualquer grupo religioso. Ao mesmo tempo, deve proteger os direitos culturais e religiosos de todos. 

Esses são princípios muito básicos de democracia que outros países aplicam ou, ao menos tentam. Apenas no contexto da Palestina que esses princípios são considerados controversos ou estranhos. A Constituição de qualquer Estado moderno contém proteções básicas para todos os cidadãos, além de suas culturas, línguas e educação. São essas as condições de que falo. 

Mesmo se o pedido da Palestina na ONU passar na Assembleia Geral, ele deverá ser barrado com o veto dos EUA no Conselho de Segurança. Quais seriam, os efeitos imediatos práticos nos dias seguintes à votação, qualquer que seja o resultado? 

A primeira coisa é que devemos ter muita clareza é o que vai acontecer nas Nações Unidas. A ONU não cria nem reconhece Estados. Não diz pra qualquer um: “Ok, você pode ter um Estado aqui ou ali”. A única coisa que ela faz é admitir ou não um Estado como membro. O chamado “Estado da Palestina” já foi reconhecido por mais de 100 países em todo o mundo durante os últimos 25 anos. 

Isso nunca fez qualquer diferença prática no dia-a-dia dos palestinos. O fato dos palestinos terem representações diplomáticas em outros países ou embaixadores nunca alterou a vida deles. Já existe uma delegação palestina nas Nações Unidas e o que vai se votar é se essa delegação terá as funções de um membro pleno. Mesmo que isso seja aprovado, também não mudará nada. 

Seria mais um voto de apoio simbólico? 

Sim. Alguns podem argumentar que Israel iria permitir que os palestinos participassem de alguns órgãos tradicionais da ONU como a Unesco (Organização das nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Mas esse é um aspecto marginal comparado aos direitos dos palestinos. 
Outra coisa muito importante a ressaltar é que, entre os próprios palestinos, tem havido grande oposição e incerteza sobre esse movimento na ONU. Há muito medo de que possa não apenas ser inútil como também muito prejudicial. 

Declarar ou pedir pelo reconhecimento de um Estado palestino baseado nas fronteiras anteriores a 1967, sem qualquer outra garantia de direito a seus cidadãos, poderia ser um presente gratuito a Israel. Seria o mesmo que dizer: nós estabelecemos a Palestina, mas não faremos qualquer outra reivindicação, nem mesmo garantir os direitos dos refugiados. Claro, tudo isso seria muito complicado obter do ponto de vista político. 

O ponto que quero chegar é que os próprios palestinos estão muito incertos a respeito desse movimento. Porque (esse processo) não foi explicado corretamente para eles pela ANP e a OLP, que são praticamente a mesma coisa a essa altura. É uma liderança que carece de legitimidade, responsabilidade com a democracia. Tomam decisões sem ter qualquer referência ou fazer qualquer consulta em relação ao povo. 

Esse é um problema real e que não é levado em conta particularmente na América Latina. Acredito que as pessoas acabam se confundindo achando que apoiar o povo palestino é equivalente a apoiar a ANP. Mas não é a mesma coisa. Alguns governos latino-americanos recebem Mahmoud Abbas como um representante do povo palestino, e esse não é o caso. 

Quais seriam os principais obstáculos para estabelecer um Estado plenamente democrático, tanto para palestinos quanto para judeus ou os demais povos que habitam essas terras? E como tornar essa coabitação pacífica? 

Francamente, acho quer será muito difícil. É a realidade. Qualquer tipo de paz baseada na Justiça será muito, muito difícil. Se olharmos para a África do Sul, quase 20 anos depois do fim do apartheid, vemos o quão difícil isso é. 

Quando, por um lado, vemos de um país livre e quase plenamente democrático, onde tivemos de fato realizações significativas, vemos por outro que o legado do apartheid ainda permanece muito profundo. Há enorme pobreza e desigualdade. Em alguns casos, até regrediram. Portanto, devemos aprender com essa experiência. 

Na Irlanda do Norte, vejo um tipo de confronto similar de relacionamento ao na Palestina. Novamente, vemos como é difícil superar esse tipo de conflito. Ao mesmo tempo, as diferenças entre eles progrediram significativamente em relação aos últimos vinte anos. 

O desafio que temos na Palestina não é único. Ele tem a ver com justiça econômica; pobres e ricos; exclusão e inclusão. É o que vemos nos EUA e no Brasil. Democracia não é apenas uma questão de voto, é também relacionada a direitos econômicos e sociais. Os primeiros desafios serão esses. Ou seja, muito difíceis. 

Acredito que há uma ilusão de que a solução de dois Estados tornaria tudo mais fácil. Na verdade, tornaria mais difícil. Pense: Israel poderá dizer que Gaza, fazendo parte de um Estado independente, não tem qualquer responsabilidade pela pobreza e privação que lá exista. Seria 100 vezes mais difícil para os habitantes em Gaza terem qualquer tipo de desenvolvimento econômico.  Portanto não qualquer possibilidade de solução fácil para esse impasse. Temos de ser francos a respeito disso. 

Há algum grupo político que apóia a solução de um Estado? O quanto essa proposta é popular tanto no meio palestino quanto no meio judeu? 

Não há nenhum partido ou facção palestina de relevância que tenha apoiado essa opção ainda. Entretanto, isso reflete o fato de que as principais representações políticas palestinas realmente perderam a iniciativa. Não incentivam visões verdadeiramente críveis que unam palestinos e que se dediquem às necessidades de todo o povo, dentro ou fora da região. 

Quem a defende é um movimento informal, composto por ativistas, estudantes, entre outros. O que eu vejo – e trata-se de uma opinião subjetiva, tomada durante minhas viagens e debates, e pelas opiniões que recolho – é que há um considerável e crescente apoio pela solução de um Estado. Não apenas isso: também não encontro muitos defensores da repartição de Estados. Os que a defendem são mais próximos da ANP. E não se vê um apoio muito entusiasta pela alternativa de dois Estados. 

Há divulgação de pesquisas que dizem que os palestinos apóiam a coabitação em dois Estados, mas isso não é verdade. As pesquisas de opinião medem apenas as opiniões dos que vivem na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. E mesmo lá você encontra essa opção chegando a, no máximo, 50%. É um índice muito baixo se você considerar todos esses anos em que todo mundo sempre dizia que essa era a única alternativa. 

Já o apoio à opção por um Estado, em qualquer uma das três regiões (Cisjordânia, Faixa de Gaza e Israel), fica entre 25% a 40%. O que considero um percentual muito alto devido ao fato que não se vê nenhum líder político defendendo a ideia. Mas creio que isso acabará ocorrendo. E em breve. 

E quanto aos judeus israelenses, é claro que eles não aceitam. Mas atualmente eles não aceitam mais nada. Seja a solução de um ou de dois Estados. Eles não aceitam a ideia de que os palestinos têm direitos iguais e legítima reivindicação a essa terra. Exceto por uma minoria muito pouco significativa. 

Alguém já os acusou de estar vendendo de maneira definitiva as terras palestinas para Israel? 

Pelo contrário, nunca ouvi isso. Porque a visão que defendo é a de devolver um país aberto e disponível a todo palestino. O que não é o caso da solução de dois Estados, que diz que os palestinos terão direito a, no máximo, um quinto da Palestina histórica. E os refugiados não poderão retornar a seus lares. 

A ideia é fazer com que todos os palestinos voltem para toda a terra da Palestina. E, ao mesmo tempo, garantir uma vida pacífica para os judeus israelenses. Desde que vivam como cidadãos normais, não como os colonizadores do presente. A idéia é transformá-los em cidadãos normais, e não em ocupantes. 

Essa ideia seria bem recebida pelo lado judeu? Porque, para que um Estado igualitário nasça, Israel possivelmente teria de abdicar de sua condição de Estado judeu para evoluir a um Estado verdadeiramente laico. Claro que a demanda de Israel ser reconhecido como um Estado judeu é atualmente uma desculpa para ter o direito de ser racista com os palestinos e os demais não-judeus. Para os palestinos funciona exatamente como quando o apartheid na África do Sul reclamava ser um Estado de brancos. Os brancos tinham privilégios específicos para governar. Nenhum palestino pode aceitar isso. 

Você não encontrará nenhuma facção palestina, e isso inclui o Hamas, dizendo que os judeus israelenses devem partir. Mas o fato é que eles têm privilégios e direitos especiais em relação a outros grupo de indivíduos. Bem, aceitar isso seria o mesmo que desistir de seu direito de retorno, de desistir de sua própria humanidade. Portanto está fora de questão. 

Não há nada de errado em um Estado em que todos sejam protegidos – culturalmente, religiosamente, linguisticamente e etnicamente.  É por isso que, para que a alternativa de um Estado se torne viável, devemos fazer pressão de verdade em Israel, na forma de boicote, desinvestimentos e sanções. Da mesma forma como foi feito na África do Sul no passado.  Porque isso mudaria toda a equação. Enquanto o status quo não custar nada a Israel, eles não terão nenhuma razão para mudar. 

Mas, com essas restrições, você aumenta a pressão sobre o status quo e os israelenses serão obrigados a refletir sobre uma mudança de fato democrática. A questão não é se eles vão aceitar agora ou no futuro. Mas acho que há uma grande possibilidade de que sim, eles irão. 

O recente esfriamento de relações entre Israel e sua ex-aliada, a Turquia, iniciado durante a crise da flotilha de ajuda humanitária a Gaza, pode ser o estopim para iniciar esse boicote ou mudar a postura de Israel? 

Sim, acho um episódio muito importante. Porque Israel está cada vez mais só no mundo. Desfruta de completa imunidade em relação às leis internacionais. Quantas resoluções nas Nações Unidas que Israel violou e nunca sofreu qualquer consequência? Qualquer outro país, Irã, Iraque, qualquer um que viole uma resolução da ONU, sofre sanções imediatas. Israel foi capaz de cometer as maiores violações ao direito internacional sem sofrer nada. Pois sempre houve medo em aplicá-las pela reação dos EUA. Era um tabu. 

Mas a Turquia rompeu com esse tabu ao dizer que aos israelenses de que eles não têm o direito de violar a lei internacional ou matar civis em águas internacionais sem sofrer as consequências. Portanto é hora de fazermos com que Israel pague o preço. 

Espero que isso quebre o tabu para que outros países sigam os turcos. Especialmente o Egito, que está sob intensa pressão agora, e outros países na região. E que os países latino-americanos devem lembrar que Israel também desempenhou um papel muito nocivo na América Latina. Falo particularmente da América Central, durante os anos 1980, quando treinou esquadrões de morte para regimes ditatoriais de direita que cometeram verdadeiras atrocidades contra seus povos. E o governo da Colômbia também mantém uma relação militar muito próxima com Israel.  Como vemos, a política externa de Israel não se resume apenas ao Oriente Médio, mas atingiu a América Latina também. 

Fonte: Opera Mundi

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🌏📚 Aigo Livros promoverá o curso Literatura 🌏📚 Aigo Livros promoverá o curso Literatura Árabe da Ásia 

A Aigo Livros promoverá o curso online Literatura Árabe da Ásia, que abordará a introdução à história dos países de língua árabe do continente, os da região do Oriente Médio e da Península Arábica, a partir dos livros, nos dias 5, 12, 19 e 26 de agosto, terças-feiras, das 19h às 20h30. 

Os encontros tratarão sobre o colonialismo europeu no mundo árabe, da questão da Palestina, os sectarismos no Oriente Médio e as imigrações e diásporas árabes. O curso será ministrado por Jemima de Souza Alves, pós-doutoranda em Letras na FFLCH-USP, com mestrado e doutorado na mesma universidade, tradutora do árabe e do inglês de livros como “Narinja”, de Jokha al-Harthi, “Ave Maria”, de Sinan Antoon, entre outros; integra o grupo de pesquisa “Tarjama - Escola de tradutores de literatura árabe moderna”, sob a supervisão da Profa. Dra. Safa A-C Jubran; e Paula Carvalho, historiadora, jornalista. Pós-doutoranda em História pela Unifesp. Mestre em história pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), estuda viajantes, principalmente os disfarçados. Lançou o livro “Direito à vagabundagem: as viagens de Isabelle Eberhardt” em 2022 pela editora Fósforo. É uma das criadoras do movimento Um Grande Dia para as Escritoras.

Confira a programação do curso:

05.08 (19h às 20h30): Quando o colonialismo europeu chega ao mundo árabe
Sugestão de leitura: Narinja, Jokha Alharthi (@editoramoinhos)

12.08 (19h às 20h30): Vamos falar sobre a Palestina
Sugestão de leitura: Detalhe menor, Adania Shibli (@todavialivros)

19.08 (19h às 20h30): Os sectarismos no Iraque e no Oriente Médio
Sugestão de leitura: Ave Maria, Sinan Antoon (@editoratabla)

26.08 (19h às 20h30): Imigrações e diásporas árabes
Sugestão de leitura: Correio Noturno, de Hoda Barakat (@editoratabla)

Para participar é necessário fazer uma contribuição de R$220,00, faça a sua inscrição no link da bio da @aigolivros. As aulas serão gravadas e ficarão disponíveis por 30 dias.
🇵🇸“Gaza no coração” é semifinalista n 🇵🇸“Gaza no coração” é semifinalista no Prêmio Jabuti Acadêmico

O livro “Gaza no coração: história, resistência e solidariedade na Palestina” está entre os semifinalistas do Prêmio Jabuti Acadêmico. A indicação reconhece a relevância coletiva do trabalho que resultou na obra, organizada com o objetivo de reunir reflexões críticas sobre a Palestina e sua luta por autodeterminação.

Entre os autores e autoras que assinam os textos, estão os associados do Instituto da Cultura Árabe (ICArabe)Milton Hatoum (benemérito), José Arbex e Salem Nasser. Também participam da publicação Reginaldo Nasser,  Soraya Misleh, Safra Jubram e outros pesquisadores, jornalistas e ativistas comprometidos com o tema. O conjunto de artigos busca contribuir para o debate público sobre a realidade palestina, reforçando a urgência de interromper o genocídio em curso e a necessidade de fortalecer a solidariedade internacional com o povo palestino.

A obra foi publicada pela Editora Elefante, com edição de Tadeu Breda.

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