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ARTIGOS

Teoria e Senso Comum: os árabes vistos pelos brasileiros

Este breve artigo visa agregar elementos de análise que permitam uma reflexão acerca da presença árabe no Brasil a partir da importante contribuição dada por Edward Said, apontando para possíveis mudanças quanto às representações sociais nas últimas décadas. 

 

Escrito pelo palestino Edward Said, Orientalismo: O Oriente como Invenção do Ocidente provavelmente se consagrou em uma das mais importantes obras escritas sobre a visão ocidental acerca do mundo oriental, mais concretamente do mundo árabe. Já no final da década de 1970, o autor chamava atenção para o fato de que na América do Norte, cada vez mais o árabe aparecia por toda a parte como algo ameaçador. Por meio da desconstrução de discursos, pensamentos e imagens produzidos ao longo dos últimos séculos, com incidência especial sobre a literatura européia do século XIX, o Said procurou mostrar que o Ocidente forjou a sua própria identidade por oposição à do Oriente. Ao longo desse processo identitário foi consolidada a idéia de que a diferença entre o Ocidente e o Oriente está na racionalidade, no desenvolvimento e na superioridade do primeiro em relação ao segundo, a quem, por sua vez, são atribuídas características como aberrante, subdesenvolvido e inferior. Este breve artigo possui o intuito de agregar elementos de análise que permitam uma reflexão acerca da presença árabe no Brasil a partir da importante contribuição dada por Said, apontando para possíveis mudanças quanto às representações sociais acerca dos árabes nas últimas décadas.

No Brasil, a vinda dos árabes ganhou força no final do século XIX e fez-se tradicionalmente com moradores do campo, lavradores ou proprietários de terras. Durante as primeiras de muitas levas migratórias, sua principal motivação era deixar para trás conflitos políticos e religiosos de seus países e se dedicar a atividades propícias à obtenção de lucros rápidos, que lhes permitiriam um posterior retorno às suas terras de origem. De forma resumida, os árabes que vieram não buscavam as fábricas ou as propriedades agrícolas, tendo se dedicado, em grande parte, ao comércio e às pequenas indústrias. Esse desejo os acompanhou ao longo dos movimentos de adaptação e construção da sua vida neste país, sendo que um cenário semelhante parece se delinear ainda nesse início de século 21.

Muito embora sírios, libaneses e, posteriormente, imigrantes de outros países árabes, tenham encontrado (ou encontrem ainda hoje), preconceitos e dificuldades relacionadas a processos de adaptação, não há consenso quanto à existência de uma imagem negativa a seu respeito no Brasil. Em outras palavras, ainda que se reconheçam estereótipos, tanto o senso comum quanto boa parte dos estudos realizados sobre o assunto, parecem indicar que o árabe não adquiriu aqui uma conotação de ameaça ou perigo, nos moldes apontados por Edward Said em relação à América do Norte e Europa.

Octavio Ianni talvez esteja entre os poucos acadêmicos que identificaram o preconceito contra os árabes no Brasil. Em entrevista publicada na Revista Estudos Avançados (2004), Ianni afirmou existir uma crescente discriminação contra sírios e libaneses, sugerindo ainda a necessidade de se aprofundar o assunto por meio de pesquisas mais sistemáticas.

Vale lembrar que na década de 1950, o francês Roger Bastide, além de reunir árabes, japoneses e alemães na categoria marginal em sua obra Brasil: terra de contrastes, também concluiu sobre a convergência entre as “civilizações” brasileira e árabe, identificando como semelhanças entre as famílias sírio-libanesas e brasileiras o patriarcalismo, a submissão das mulheres, a mesma obediência respeitosa por parte das crianças, além do mesmo sentimento de solidariedade entre os membros componentes de uma parentela (BASTIDE apud LESSER, 2000).

Já John Tofik Karam, em Um Outro Arabesco (2009), defende uma interessante tese de que o árabe passou a ganhar maior reconhecimento no Brasil neoliberal, especialmente no final do século 20. Comida, música e dança – práticas e formas culturais que, segundo ele, foram marginalizadas durante décadas, ganharam espaço no mercado brasileiro a partir dos anos 1970 com a diversificação do mercado. A cultura árabe virou, segundo o autor norte americano, um bem de consumo atraente para o público brasileiro.

O historiador Oswaldo Truzzi (1997), outra grande referência em estudos sobre o tema, também costuma tratar a presença árabe no Brasil a partir da idéia de um bem sucedido processo de adaptação. Dentre importantes referências teóricas que dão sustentação à sua hipótese estão Gilberto Freyre e Câmara Cascudo. Para eles, ao se fixarem em um país fortemente influenciado pela cultura ibérica – e, consequentemente, moura, haja vista que muçulmanos da Península Arábica e do Norte da África estiveram na região hoje conhecida como Portugal e Espanha por aproximadamente 8 séculos, tais imigrantes não somente reconheceram traços de sua própria cultura em nossa sociedade, como também não foram tratados como completos estranhos. Em outras palavras, a presença árabe no Brasil antecedeu a chegada dos próprios imigrantes e, possivelmente contribuiu para evitar um choque cultural quando da sua chegada.

Ao que tudo indica, em que pese a constatação de que no Brasil os árabes tenham sido vítimas de preconceitos e choques culturais, de modo geral, se admite sua presença e sua influência na cultura brasileira. Exemplos disso muitas vezes são encontrados na literatura brasileira por meio da obra de Jorge Amado, Milton Hatoun, entre outros.

Se considerarmos que as telenovelas também são possuidoras de uma importância cultural e política, tendo em vista sua grande audiência e o fato de que elas deixaram de ser apenas voltadas para o lazer para se tornarem um espaço cultural de intervenção para a discussão e introdução de hábitos e valores, talvez seja possível percorrer mais um caminho para se compreender a forma como os árabes são vistos no Brasil.¹ Em 2010, um levantamento exploratório foi feito com o intuito de verificar a quantidade de novelas em que havia presente um ou mais personagens árabes. O objetivo foi averiguar possíveis mudanças na forma como eles estão presentes no imaginário social da população brasileira. Tal levantamento permitiu constatar que entre 1967 e 2009 personagens árabes apareceram em cerca de 10 telenovelas². Desse total, os árabes adquiriram status de protagonistas em apenas duas delas, a saber: “O Sheik de Agadir” (1967) e “O Clone” (2001).  

Um dos aspectos que mais chamou a atenção foi que após 2001, ou seja, período correspondente àquele do atentado de 11 de setembro ao World Trade Center nos Estados Unidos da América, a teledramaturgia brasileira levou quase uma década até contar novamente com algum personagem de origem árabe. Curiosamente – ou não, em 2009, a emissora de televisão Record lançou “Poder Paralelo”, uma novela que contou com 2 personagens de origem árabe, os quais inauguraram uma nova forma de representá-los na teledramaturgia brasileira aos caracterizá-los como terroristas.

Ainda que seja cedo para se confirmar a construção de novas impressões acerca dos árabes em no Brasil, essa é uma questão que tem despertado considerável curiosidade e o interesse da sociedade. Neste sentido, vale acrescentar, a título de conclusão, que atualmente se encontra em curso uma pesquisa chamada Presença Árabe no Brasil em imagens, que pretende conhecer um pouco mais o imaginário brasileiro a respeito da presença árabe no país. A principal fonte de informações desse estudo será um banco online de fotografias, que começou a ser construído em novembro de 2011. Toda e qualquer pessoa pode participar do projeto. Para tanto, basta enviar fotos que representem, na opinião daqueles que desejarem colaborar, exemplos dessa presença na cultura brasileira. Quiçá em um futuro próximo este estudo permita agregarmos mais conteúdo e elementos de análise à questão da forma como teoria e senso comum encaram a presença árabe no país.


¹ Contribuindo para corroborar com as afirmações anteriores, pode-se citar uma reportagem publicada em 08 de julho de 2002 pela Revista Época. Na ocasião, houve repercussão acerca da telenovela “Terra Nostra”, de autoria de Benedito Ruy Barbosa, que foi transmitida pela Rede Globo de Televisão. Segundo a matéria mencionada, portugueses e seus descendentes consideravam que estavam sendo ridicularizados pela ficção nacional, enquanto os italianos eram apresentados como heróis. Ver: “Portugueses reclamam que são ridicularizados pela ficção nacional, enquanto italianos são heróis”, Revista Época, ed. 216, 8/7. Disponível em <www.epoca.globo.com/edic/216/cultitaliaa.htm>.

² As dez telenovelas mencionadas no presente projeto são as seguintes:

– O Sheik de Agadir – exibida pela Rede Globo de Televisão em 1967

– Gabriela – exibida pela Rede Globo de Televisão em 1975 (nome do personagem árabe: Nacib)

– O astro – exibida pela Rede Globo de Televisão em 1977 (nomes dos personagens árabes: Salomão Hayalla, Youssef, Amin, Jamile, Nadja)

– Os imigrantes – exibida pela Rede Bandeirantes de Televisão entre 1981 e 1982 (nome dos personagens árabes: Youssef e Tufik)

– Sassaricando – exibida pela Rede Globo de Televisão entre 1987 e 1988 (nome dos personagens árabes: Família Abdala)

– Vida Nova – exibida pela Rede Globo de Televisão em 1989 (nome do personagem árabe: Michel)

– Tieta – exibida pela Rede Globo de Televisão entre 1989 e 1990 (nome do personagem árabe: Chalita)

– Renascer – exibida pela Rede Globo de Televisão em 1993 (nome do personagem árabe: Rachid)

– O Clone – exibida pela Rede Globo de Televisão entre 2001 e 2002 (nesta telenovela havia um núcleo árabe com personagens marroquinos)

– Poder Paralelo – exibida pela Rede Record de Televisão atualmente, em 2009 (nome dos personagens árabes: Khalid e Laila)

 

 

*Patricia Dario El-moor é doutoranda em Sociologia pela Universidade de Brasília. Contato presencaarabe@gmail.com.

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