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Você está em:Home»NOTÍCIAS»Política e Sociedade»Revelado: governo britânico espionou refugiados palestinos
Política e Sociedade

Revelado: governo britânico espionou refugiados palestinos

Reportagem investigativa do site The Eletronic Intifada denuncia, com base em documentos oficiais vazados, como pesquisadores, inclusive de origem palestina, utilizaram pesquisas alegadamente acadêmicas para espionar ativistas e militantes palestinos e produzir relatórios de subsídio às políticas britânica e israelense para a questão, em desfavor da agenda palestina.

 

Por Asa Winstanley e Kit Klarenberg

Um arquivo de documentos vazados obtidos por The Electronic Intifada revela a existência de um projeto secreto da inteligência britânica visando refugiados palestinos.

Sob o pretexto de “propósito acadêmico”, um consórcio de obscuros contratados de inteligência concordou em ocultar seus laços com o Ministério das Relações Exteriores britânico, com o aparente propósito de vigiar e manipular os palestinos.

O grupo disfarçado de pesquisadores planejava entrevistar residentes de campos de refugiados palestinos na Jordânia, Líbano e na Cisjordânia (Palestina ocupada) como parte de uma iniciativa do governo britânico que seria executada no consulado do Reino Unido em Jerusalém Oriental (Palestina ocupada).

O projeto visava monitorar “críticas à política externa ocidental e israelense”.

Em uma avaliação de risco vazada, os contratados enfatizaram “a importância de garantir a confidencialidade sobre as fontes de financiamento e os objetivos do programa”.

Este cuidado visava mitigar o risco de que os palestinos nos campos de refugiados “se tornassem suspeitos” ou que os líderes do campo “obstruíssem e dificultassem” o projeto, conforme afirmado na avaliação de risco.

(Trechos do cache vazado podem ser lidos, em inglês, ao longo do texto e em PDFs anexados ao final da matéria original, no site do The Eletronic Intifada, ou aqui)

Ao mesmo tempo, os contratantes enfatizaram a necessidade de ganhar a confiança de seus alvos por meio de “envolvimento regular e inclusivo com organizações parceiras locais, autoridades formais e informais, jovens e outras partes interessadas” para “criar ou reforçar a adesão e propriedade do projeto”.

Mas dado que os refugiados palestinos não seriam informados sobre os objetivos reais do projeto que deveriam apoiar, parece que o projeto foi um disfarce para a coleta de informações aos britânicos.

O consórcio foi liderado pela contratante de inteligência privada Adam Smith International, ou ASI. O Institute for Strategic Dialogue, um think tank que trata de “extremismo”, também esteve envolvido.

De acordo com os documentos, o ISD planejava “alavancar seus relacionamentos e acesso na região para realizar entrevistas com ‘ex-combatentes’ que se juntaram a grupos extremistas violentos locais e internacionais”.

A ISD é financiada pelos governos britânico, estadunidense e vários governos europeus, bem como pela União Européia.

Entre seus “parceiros” estão dois grandes grupos de lobby de Israel que se envolvem em propaganda anti-palestina, a Liga Anti-Difamação e a B’nai B’rith International – embora não haja indicação de que esses grupos estivessem envolvidos neste projeto.

O ISD não respondeu a um pedido de comentário.

A ASI se recusou a comentar os documentos, dizendo que “as perguntas sobre qualquer projeto específico devem ser direcionadas ao Ministério das Relações Exteriores britânico”.

Mas um dos pesquisadores da ASI citados nos vazamentos confirmou que o projeto foi adiante.

Apoio “inadvertido” a grupos “terroristas”

O objetivo declarado do projeto era “combater” o “extremismo violento” de grupos como o ISIS e a Al Qaeda.

Um documento vazado do Ministério das Relações Exteriores (britânico) estabelecendo os requisitos para o projeto diz que as descobertas seriam usadas para melhorar o direcionamento de “intervenções” subsequentes de “Combate ao Extremismo Violento” (ou CVE) na região, identificando “que tipos de intervenção são mais prováveis ​​de serem bem-sucedidos.”

No entanto, os documentos mostram que o objetivo principal era ajudar as entidades do governo britânico a desenvolver uma melhor compreensão de “até que ponto as questões palestinas e as narrativas sobre questões palestinas” eram um “impulsionador da radicalização”.

O documento de requisitos especifica que fazia parte do “Fundo de Conflito, Estabilidade e Segurança” do governo do Reino Unido , que valia US$ 10,5 milhões naquele ano.

Um orçamento provisório de US$ 120.000 foi alocado para o projeto, de acordo com o documento.

O projeto decorreu de outubro de 2018 a março de 2019.

A alegação da ASI de estar “contrariando” a Al Qaeda é prejudicada por seu histórico de apoio às afiliadas do grupo na Síria.

O financiamento do governo britânico para um projeto da ASI na Síria foi interrompido logo depois que um programa de TV da BBC de 2017 expôs evidências de que os contratados estavam financiando e ajudando a Al Qaeda.

Sensível à possibilidade de mais publicidade negativa, o autor da análise de risco vazada para o projeto da Palestina lista “apoiar inadvertidamente grupos terroristas ou proscritos” como um dos riscos “moderados” do programa.

“Serviços de pesquisa sob medida para governos”

O consórcio liderado pela ASI propôs um estudo usando entrevistas pessoais nos acampamentos, combinadas com a tecnologia de “escuta social”, para monitorar as mídias sociais e outras discussões online.

“Será realizada uma análise sobre quais narrativas são dominantes”, explica a proposta. O objetivo era verificar se “questões de identidade, críticas à política externa ocidental e israelense ou ideologia recebem o maior envolvimento”.

Ela (ASI) se orgulha de “uma equipe de pesquisa de jovens pesquisadores altamente especializados, que estão na vanguarda do crescente campo da análise do Daesh [ISIS] e da Al-Qaeda”.

A promessa era de que “a equipe de pesquisa [fará] uma avaliação de onde o risco de radicalização em torno da questão palestina é mais grave”.

De acordo com uma coleção vazada de currículos, reunidos para apoiar o processo de licitação, a equipe do projeto incluía Samar Batrawi – pesquisadora palestino-holandesa, membra do think tank palestino Al-Shabaka e professora visitante da Universidade (palestina) de Birzeit, na Cisjordânia ocupada.

Batrawi é descrita em um dos documentos como especialista em identidade palestina da ASI e especialista em Al Qaeda.

A equipe seria liderada por Charlie Winter, um pesquisador sobre “extremismo”.

Winter tem “extensa experiência no fornecimento de serviços de pesquisa sob medida para governos, militares e organizações do setor privado”, afirma seu currículo.

Ele também já foi pesquisador sênior do Quilliam, um já extinto think tank britânico amplamente considerado pela comunidade muçulmana como islamofóbico, e que foi fundado pela inteligência britânica.

O currículo de Batrawi afirma que ela “realizou uma extensa pesquisa primária, incluindo entrevistas com extremistas da AQ [al-Qaida]” e conduziu entrevistas “em árabe com os principais formuladores de políticas na Autoridade Palestina, suas forças de segurança e grupos armados não estatais na Cisjordânia e Gaza”.

O currículo de Sarah Ashraf, uma terceira membra da equipe, apresenta 10 anos de experiência com “material sensível no que diz respeito à insurgência, contra-insurgência, extremismo, jihadismo transnacional e bases ideológicas de várias formas de radicalismo”.

Os documentos afirmam que Batrawi, Winter e Ashraf foram “responsáveis ​​por conduzir a pesquisa e escrever o produto final”.

Eles também se gabam de ter acesso a “dois arquivos de propaganda salafista-jihadista mantidos por Charlie Winter e Samar Batrawi”.

Harry Holcroft, um quarto membro da equipe, é nomeado o “Especialista em Intervenção CVE” do grupo.

Holcroft é descrito como tendo “redes bem desenvolvidas nos setores do governo, desenvolvimento, segurança e sociedade civil” e obteve um diploma de primeira classe em árabe e persa.

Ele também gerenciou “projetos de pesquisa fechados sobre a interseção do extremismo e questões palestinas para o HMG [Governo – britânico – de Sua Majestade]”.

Perfis excluídos de Holcroft, anteriormente (hospedados) no site do Institute for Strategic Dialogue, afirmam que ele passou anos “vivendo e trabalhando em toda a região da Síria, Egito, Catar e Omã” e “gerenciou pesquisas primárias em várias geografias, incluindo mais de 60 ex-combatentes terroristas estrangeiros.”

Holcroft também trabalhou para a embaixada britânica no Cairo e para a Bell Pottinger, uma notória empresa britânica de lobby que foi fechada depois que seu papel em alimentar tensões raciais e disseminar informações falsas causou um escândalo nacional na África do Sul.

Winter e Ashraf não responderam aos pedidos de comentários. Holcroft não foi encontrado para comentar.

Pesquisadora palestina se distancia

Em respostas enviadas por e-mail ao The Electronic Intifada, Batrawi confirmou seu envolvimento no projeto da Adam Smith International.

Ela disse, entretanto, que não viajou para a Palestina nem entrevistou palestinos, (mas que) esteve “principalmente envolvida no início (a fase de pesquisa de fundo)” e “desde então me distanciei disso”. Ela também negou qualquer envolvimento no relatório final.

Batrawi disse sobre seu envolvimento: “Eu acreditava que – como palestina – minha perspectiva sobre essas questões poderia mudar esses discursos/políticas por dentro. Isso não é mais algo em que acredito.”.

Ela disse que suas principais tarefas eram redigir um documento de referência, fornecer feedback sobre um questionário que seria conduzido na Palestina pelo ISD e conectar o ISD com os locais que poderiam criar grupos focais.

Mas sobre o último ponto, Batrawi disse que “eu não fui capaz de fazer isso”.

Ela também negou ter interagido com o consulado britânico durante a operação e disse que não sabia que os entrevistados palestinos não foram informados sobre o papel do governo britânico.

Mas Batrawi, sem dúvida, está ciente de que sua identidade palestina e seu conhecimento e pesquisa sobre palestinos foram enfatizados como pontos (fortes) na proposta da Adam Smith International de venda do contrato ao governo britânico.

O orçamento (contido) nos documentos vazados (informou que) alocou US$ 12.000 para pagar Batrawi por seu papel. Winter receberia cerca de US$ 30.000, Ashraf US$ 8.000 e Holcroft US$ 10.000.

Batrawi disse que na verdade recebeu pouco mais de US$ 8.000 por 14 dias de trabalho.

“Estreita colaboração” com consulado britânico

Em sua proposta vazada, os contratados prometem trabalhar em “estreita colaboração” com o Consulado Britânico em Jerusalém (leste, ocupada).

O consulado é uma importante base de operações do MI6, a agência britânica de espionagem no exterior.

Os programas CVE da Grã-Bretanha fazem parte de sua controversa estratégia “Prevent” (Prevenir), que sucessivos governos afirmaram ajudar a combater ataques terroristas.

Mas grupos religiosos repetidamente condenaram o Prevent como islamofóbico, devido à forma como torna toda a comunidade muçulmana da Grã-Bretanha suspeita com base na religião e etnia.

Registros públicos relacionados ao programa multimilionário “Processo de Paz no Oriente Médio” do Ministério das Relações Exteriores, do qual foi financiado o projeto secreto revelado nos documentos vazados, afirmam que a iniciativa é motivada pelo “alto risco de instabilidade” nos territórios ocupados (da Palestina) da Cisjordânia e Gaza.

“Potencial transbordamento de violência em Israel” e, em particular, “ataques terroristas contra israelenses” são especificamente citados como eventualidades que Londres pretende impedir preventivamente por meio de uma variedade de operações clandestinas.

Esses registros também explicam que o programa visa interromper o “declínio contínuo da confiança pública e do apoio a uma solução negociada” entre os palestinos.

O programa está envolto na justificativa de que a Grã-Bretanha quer “proteger a viabilidade política e física de uma solução de dois Estados”, mas pretende fazê-lo manipulando os palestinos em vez de acabar com o apoio britânico à ocupação de Israel e ao roubo de terras palestinas.

Longe de impedir a “radicalização” resolvendo as queixas legítimas dos palestinos contra a Grã-Bretanha e Israel, o Ministério das Relações Exteriores aparentemente quer neutralizar a raiva legítima pela injustiça brutal por meio de iniciativas de propaganda secreta.

Essas narrativas de propaganda deslegitimam a condenação razoável da barbaridade colonial de colonização de Israel, ao mesmo tempo em que retratam falsamente a resistência palestina como um contribuinte igual (a Israel) para a violência e a instabilidade na região.

Financiando a Al Qaeda

Adam Smith International se descreve como uma “empresa de consultoria global” e colheu centenas de milhões de dólares de contratos do Ministério das Relações Exteriores (britânico).

Como observado, a Adam Smith International já esteve envolvida em escândalos. Em 2017, uma investigação do programa Panorama, da BBC, revelou que a ASI entregou fundos do governo britânico a grupos extremistas na Síria, incluindo membros do Nour al-Din al-Zinki (um grupo controlado pela CIA e ligado à Al Qaeda que em 2016 decapitou de forma infame uma criança supostamente combatente palestina alinhada com o governo sírio).

O dinheiro foi fornecido como parte de um projeto, executado pela Grã-Bretanha e outros cinco governos ocidentais, para financiar a chamada Polícia Síria Livre (FSP, sigla pelas iniciais em inglês).

Documentos da ASI obtidos pelo (programa) Panorama mostraram que o contratado estava ciente de que 20% de todos os salários da polícia estavam sendo entregues “para pagar o apoio militar e de segurança que al-Zinki fornece aos cinco postos da FSP localizados [em] áreas sob seu controle”.

A ASI, na época, negou essas descobertas. No entanto, em declaração ao Panorama, admitiu ter financiado extremistas, alegando que isso foi um erro que foi corrigido posteriormente.

Panorama também descobriu evidências de que Jabhat al-Nusra – o ramo sírio da al-Qaida – escolheu a dedo alguns dos (integrantes da) “Polícia Síria Livre”. Além disso, o programa descobriu que a força forneceu apoio a “tribunais” administrados pela al-Qaida em algumas áreas, incluindo um caso em que uma mulher foi apedrejada até a morte na presença de membros da FSP por violar os códigos teocráticos da al-Nusra.

A força apoiada pela Adam Smith International chegou a fechar a estrada para permitir a execução.

Após o episódio do Panorama – “The Jihadis You Pay For” – exibido em 2017, o governo britânico suspendeu o financiamento do projeto da ASI e iniciou uma investigação.

No ano seguinte, encerrou discretamente o esquema e a Polícia Síria Livre se desfez completamente em 2019.

No entanto, apesar do escândalo, o cache vazado mostra que a ASI continuou a divulgar o esquema da Síria como prova de sua adequação para assumir mais projetos do governo britânico.

A proposta para o projeto na Palestina lista o esquema de “Acesso à Justiça e Segurança Comunitária” (AJACS) da ASI na Síria como um de seus sucessos.

“AJACS trabalhou na Síria para identificar e apoiar líderes comunitários”, afirma a proposta, dizendo que o projeto forneceu “apoio a instituições moderadas de oposição”.

“Radicalização”

Os documentos da licitação não oferecem nenhuma definição de “extremismo” ou “radicalização” – o que significa que esses termos podem ser facilmente usados ​​como arma contra quase qualquer pessoa.

A Prevent foi alvo de críticas constantes no passado. Em 2015, um panfleto da Prevent listou “mostrar desconfiança nos relatos da grande mídia … crença em teorias da conspiração [e] parecer zangado com as políticas governamentais, especialmente a política externa” como possíveis sinais de alerta de “radicalização” em crianças em idade escolar.

Como The Electronic Intifada documentou por muitos anos, fazer campanha pelos direitos palestinos é considerado um sinal de potencial “radicalização” e uma propensão ao “extremismo violento” sob o Prevent.

O consórcio prometeu “alavancar seus relacionamentos e acesso na região” para realizar entrevistas com ex-membros de “grupos extremistas violentos locais e internacionais”, reunindo mais informações sobre a questão.

Enganar os entrevistados palestinos e os Comitês Populares que governam os campos de refugiados quanto à verdadeira natureza da iniciativa em que estavam engajados era, aparentemente, uma preocupação primordial.

“Agenda externa oculta”

O consórcio previu que “as comunidades locais [ficando] desconfiadas do projeto e [o vendo] como uma agenda estrangeira oculta” e os Comitês Populares trabalhando para “obstruir e dificultar” o programa eram grandes riscos.

A avaliação de risco afirma que esses perigos podem ser superados usando “pesquisadores locais e confiáveis” como recortes e enquadrando publicamente o projeto como puramente “acadêmico” por natureza.

Não há evidências que sugiram que a abordagem “CVE” do governo britânico seja remotamente eficaz no combate à violência ao estilo da Al Qaeda, ou que manter ou ser exposto a pontos de vista “radicais” necessariamente leve à violência em qualquer caso.

Enquanto pequenas células da Al Qaeda e do estilo ISIS floresceram brevemente na Faixa de Gaza, o governo (de fato) do Hamas sempre conseguiu desmantelá-las rapidamente.

Não há indicação de simpatia generalizada por tais entidades extremistas entre os palestinos dentro ou fora dos territórios ocupados.

Como todos os outros grupos palestinos armados, o Hamas é essencialmente um movimento de libertação nacional . Sua ideologia é estranha ao extremismo violento de grupos jihadistas transnacionais, como a Al Qaeda e o ISIS.

Perguntas devem ser feitas, portanto: o verdadeiro propósito deste projeto do governo britânico era mais sobre espionar os palestinos e manipular a opinião pública sobre Israel, como parte de suas chamadas “intervenções”?

E dado o histórico de apoio da ASI à Al Qaeda na Síria, se o governo britânico estava tão preocupado com o ISIS e a Al Qaeda, por que convidou a ASI para licitar esse contrato de “pesquisa” em primeiro lugar?

Asa Winstanley é jornalista investigativa e editora associada de The Electronic Intifada. Kit Klarenberg é um jornalista investigativo que explora o papel dos serviços de inteligência na formação de políticas e percepções.

Esta reportagem foi originalmente publicada por The Electronic Intifada, em sua edição de 1 de fevereiro de 2023, e traduzida livremente pela FEPAL.

 

Legenda da foto: Charlie Winter, Samar Batrawi, Harry Holcroft e Sarah Ashraf trabalharam em um esforço do governo britânico para monitorar os campos de refugiados palestinos em busca de “críticas à política externa ocidental e israelense”. (Twitter/LinkedIn)

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Confira a programação do curso:

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Sugestão de leitura: Narinja, Jokha Alharthi (@editoramoinhos)

12.08 (19h às 20h30): Vamos falar sobre a Palestina
Sugestão de leitura: Detalhe menor, Adania Shibli (@todavialivros)

19.08 (19h às 20h30): Os sectarismos no Iraque e no Oriente Médio
Sugestão de leitura: Ave Maria, Sinan Antoon (@editoratabla)

26.08 (19h às 20h30): Imigrações e diásporas árabes
Sugestão de leitura: Correio Noturno, de Hoda Barakat (@editoratabla)

Para participar é necessário fazer uma contribuição de R$220,00, faça a sua inscrição no link da bio da @aigolivros. As aulas serão gravadas e ficarão disponíveis por 30 dias.
🇵🇸“Gaza no coração” é semifinalista n 🇵🇸“Gaza no coração” é semifinalista no Prêmio Jabuti Acadêmico

O livro “Gaza no coração: história, resistência e solidariedade na Palestina” está entre os semifinalistas do Prêmio Jabuti Acadêmico. A indicação reconhece a relevância coletiva do trabalho que resultou na obra, organizada com o objetivo de reunir reflexões críticas sobre a Palestina e sua luta por autodeterminação.

Entre os autores e autoras que assinam os textos, estão os associados do Instituto da Cultura Árabe (ICArabe)Milton Hatoum (benemérito), José Arbex e Salem Nasser. Também participam da publicação Reginaldo Nasser,  Soraya Misleh, Safra Jubram e outros pesquisadores, jornalistas e ativistas comprometidos com o tema. O conjunto de artigos busca contribuir para o debate público sobre a realidade palestina, reforçando a urgência de interromper o genocídio em curso e a necessidade de fortalecer a solidariedade internacional com o povo palestino.

A obra foi publicada pela Editora Elefante, com edição de Tadeu Breda.

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