O genocídio de Israel
A conduta monstruosa desses judeus deve ser chamada pelo que é - neonazismo – afirmou o escritor israelense.
As declarações de Oz foram divulgadas no mundo, inclusive no Brasil. São a prova da “democracia” israelense e mostra a preocupação dos setores da sociedade daquele país com o extremismo judeu crescente, afirmam os defensores de Israel.
Oz é o porta-voz dos “liberais” em Israel. O problema com eles é que nunca falam a verdade por inteiro. Às vezes, falar meias verdades é pior que mentir.
Oz não mencionou que os neonazistas hebreus vivem nos assentamentos judaicos construídos ilegalmente nos territórios palestinos ocupados em 1967. Omitiu que foram os “liberais” trabalhistas que começaram o processo ilegal da colonização da Palestina de 1967.
Hoje na Cisjordânia e Jerusalém oriental, há mais de seiscentos assentamentos judeus, com mais de seiscentos mil colonos judeus, que lá vivem ilegalmente, violando o Direito Internacional e solapando a paz.
Ocupar território, confiscar terras e bens, cercear direito de ir e vir, é prática nazista. Israel ocupa a Palestina, confisca terras e bens dos palestinos, demole casas, destrói plantações, realiza punições coletivas contra um povo inteiro.
Israel comete crimes contra a humanidade matando civis palestinos e mantém bloqueio criminoso contra Gaza e Cisjordânia.
Punição coletiva, racismo, total desprezo pela vida humana de outras raças, sensação de auto-superioridade, são práticas nazistas. Israel faz tudo isso e mais, mas o “liberal” Oz prefere culpar apenas os neonazistas hebreus.
Oz não menciona os crimes que Israel cometeu e comete incessantemente contra os palestinos e árabes em geral, desde a sua criação até hoje. Omite a limpeza étnica de 1948, quando mais da metade dos palestinos foram expulsos de suas casas, desapropriado de seus bens, desenraizados e se tornaram miseráveis refugiados.
Oz “esquece” de dizer das mais de 500 cidades e aldeias palestinas destruídas e convertidas em assentamentos para os colonos judeus chegados do exterior. “Esquece” os sucessivos massacres israelenses contra os árabes, as guerras sem fim, a matança dos civis.
Oz prefere não mencionar o racismo e a ideologia nazista em que se fundamenta seu Estado e que sempre vigora em Israel.
Os neonazistas hebreus de Oz são os filhos de uma ideologia racista, exclusivista, que não convive com o outro, a quem ela prega ser inferior e de um Estado que põe em prática os crimes desse racismo.
Esses neonazistas recebem a proteção, apoio e admiração do Estado. Estão representados no parlamento, no governo e em todos os partidos políticos israelenses.
“Morte aos árabes” não é um grito de uma minoria fanática, ideia de brinquedos de crianças judias (árabe enforcado e games), nem as muitas pichações nos muros em Israel e na Palestina, mas é a política de um Estado: é o fundamento e cimento da criação e metástase de Israel sobre terras árabes.
Israel mata palestinos desde sua criação e continua matando.
Não há apenas grupos neonazistas hebreus como afirma Oz, mas Israel, com sua ideologia de exclusividade judaica e práticas criminosas racistas, é um Estado nazista.
As seguintes declarações de celebridades, religiosos, políticos, acadêmicos, são a prova disso:
1º) Religioso judeu prega o genocídio em Gaza.
Dov Lior, rabino chefe do assentamento de Kiryat Arba, justifica o extermínio dos palestinos, dizendo que o Torah dos judeus permite que, em tempos de guerra, se use de todos os meios para o extermínio do inimigo: cortar água, eletricidade, bombardeio total da área.
Lior acrescenta que o ministro da “Defesa” pode ordenar o extermínio de Gaza para garantir a segurança dos soldados.
Tais medidas estão sendo aplicadas inclusive em tempos de paz. O bloqueio contra Gaza dura vários anos e transformou o pequeno território palestino no maior campo de concentração, segundo observadores internacionais.
Lior, autor do livro “King´s Torah”, defende a matança de não judeus, inclusive crianças.
Essas colocação são freqüentes em Israel.
Muitos rabinos têm as mesmas posições racistas em relação a todos os não judeus – os goym.
Quando os religiosos de um país defendem o genocídio de outro povo como necessário à segurança de um Estado, deve ser questionado se esse Estado, que vive sobre o sacrifício de multidões, é aceitável.
2º) Acadêmico israelense defende o estupro das mulheres palestinas.
O professor da Universidade Bar Ilan, Mordechai Kidar, em entrevista à radio israelense, declarou que a única maneira de impedir um suicida palestino, é saber que seriam estupradas sua irmã e sua mãe. Demolir a casa da família não é suficiente.
Em qualquer lugar do mundo, declarações como essa, causariam grande indignação e provocariam processo criminal contra o declarante. Em Israel, como o estupro é contra mulheres goym, a declaração é normal.
O defensor do estupro continua ensinando na mesma Universidade onde estudou Ygal Amir, assassino de Rabin e pela sua declaração, percebe-se a qualidade dos frutos de educadores com tal “humanismo”.
Essas declarações práticas estão além do nazismo, são israelenses.
Nenhum intelectual nazista defendeu o estupro como arma de guerra.
3º) Deputada israelense considera crianças palestinas pequenas serpentes.
A deputada Ayelet Shakedo, do partido lar judaico, escreveu que as mães palestinas criam pequenas serpentes e que “devemos matar ambos, mães e filhos” e “destruir suas casas”.
A deputada, o parlamento e o Estado israelenses ignoram que a humanidade pagou um alto preço para se chegar a Códigos mínimos de conduta e ética, que devem ser respeitados por todos, para a convivência dos povos no espaço mundo.
O respeito pela vida humana e poupar crianças, mulheres e civis, dos horrores da guerra, é o mínimo da exigência no Direito Internacional.
Israel, com suas práticas que violam até o básico desse Direito, se colocou no campo contrário da decência e da dignidade.
O nazismo de Hitler foi derrotado e o nazismo de Israel não terá destino diverso.
Abdel Latif Hasan Abdel Latif, palestino, médico intensivista
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