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Você está em:Home»Blog»“Dançar é natural, instintivo, universal”
Blog

“Dançar é natural, instintivo, universal”


Leandra Yunis, dançarina e historiadora das danças orientais, alia seus dois ofícios pesquisando de forma aprofundada aspectos pouco abordados quando o assunto é a dança. Descendente de árabes e ciganos calom, coordena o Núcleo de Poesia e Dança do ICArabe, e é responsável pela organização dos Diwans, espetáculos que reúnem música, dança e poesia árabes. Atualmente, Leandra ministra aulas de danças ciganas e orientais**, história da dança e dedica-se à sua dissertação de mestrado.

Mantém o blog Entreventres, espaço em que discute diversos aspectos ligados às manifestações artísticas e culturais dos povos orientais e onde vem divulgando sua tese “A dança oriental cênica a partir da história da música árabe”. Na entrevista abaixo, Leandra fala sobre a dança em geral e as danças orientais especificamente, suas referências teóricas e a importância da valorização da dança fora do espaço cênico.

De que forma você desenvolveu interesse pelo tema das danças orientais?
Quando eu tinha um ano e meio, mais ou menos, conta minha mãe que eu já me despedia dela da porta da cozinha da cabana onde morávamos (era um lugar de montanha, na Argentina), dizendo: “mama, me voy a la casa de Moniquita, escuchar musica y bailar”. Moniquita morava na casa ao lado, era a filha da dona do sítio onde meus pais eram caseiros.

Aos 19 anos, muitos anos depois de ter feito dança moderna com a Analívia Cordeiro, eu voltei a fazer aulas com uma italiana chamada Cristina Salmistraro. Era dança contemporânea, e foi onde eu me encontrei. Um dia perguntei a ela: “Cris, há quanto tempo você dança?”, ela respondeu logo, com simplicidade de criança: “há 30 anos”. Eu repliquei: “mas quantos anos você tem?” ela disse: “30”. Bem, isso é a Dança. Dança com D maiúsculo.

Dançar é natural, instintivo, universal. É, em primeiro lugar, conexão com o ritmo natural do organismo, e afinação desse ritmo com os estímulos harmônicos que vêm de fora. Esse é um princípio universal. Hoje, com 34 anos, eu entendo o que ela quis dizer. O que acontece é o seguinte: quando falamos em dança, as pessoas pensam logo no ballet, na dança cênica, no bailado coreografado e estilizado. As pessoas pensam no “Black Swan”, a Natalie Portman, que é linda e excelente atriz. Esse filme é ótimo, principalmente para bailarinas e bailarinos, porque realmente, quem não integra a própria sombra, não dança. Mas aquilo lá é só 5% do que é a Dança.

A Dança mesmo acontece em milhares de lugares que não só o palco, de variadíssimas maneiras, e com propósitos que não têm nada a ver com palco. Então, quem entende de dança de verdade, não se preocupa com a técnica, porque a técnica é só treino. Quem dança, sabe caçar dança em todo fenômeno humano que envolva a expressão corporal. E o lance mais profundo da dança tem a ver com a sua origem como uma forma de comunicação direta, não verbal, do ser humano – isolado ou em grupo – com todos os fenômenos da natureza. Comunicação, principalmente, com aquilo que move tudo o que existe, que sempre foi, e ainda é, um mistério. O grande mistério.

Então, para fechar essa pergunta, meu interesse pelas danças orientais vem primeiro de um chamado da minha ancestralidade, árabe, por parte de pai, e cigana, por parte de mãe, que eu fui seguindo intuitivamente. Depois vieram os estudos teóricos, em que fui descobrindo que essa alquimia do movimento, digamos assim, está amparada por toda uma cosmogonia e princípios filosóficos e artísticos explícitos e sofisticados, que nos tornam conscientes do processo. Daí eu entendi que, diferente do que rola em outros lugares, no Oriente a dança se desenvolve como um SABER.

A forma como enxergamos as danças orientais no Ocidente estão ligadas ao estereótipo corrente descrito por Edward Said em sua obra “Orientalismo”? Há um conceito “ocidental” para descrever e classificar as danças orientais?

Primeiro vamos definir o que é “Danças Orientais”. Eu uso este termo no plural para falar de todas as formas de dança, coletivas ou individuais, tradicionais e/ou improvisadas que estão ligadas, não territorialmente, mas culturalmente, ao uso das escalas microtonais que são comuns aos povos árabes, turcos, persas, mongóis etc.

Aqui entram povos que não são exatamente orientais, mas passaram boa parte da sua história em contato com esse material, por exemplo, os ciganos do leste europeu. E porque esse recorte? Porque os povos que desenvolvem seus trabalhos baseados em tais escalas têm um conhecimento, mesmo que intuitivo, de que elas atuam de acordo com um princípio de harmonia que visa o equilibro do homem com o cosmos. Cosmos é um conceito muito amplo e abstrato, então vamos supor que o cosmos pode ser, por exemplo, o que cada um desses povos entenderá pelo sistema que orquestra harmonicamente todos os fenômenos naturais e culturais. E a harmonia tem a ver com beleza, proporção e ordem.

Há um tempo atrás, vi um filme chamado “Camelos também choram”, da Mongólia, que mostra o parto sofrido de uma camela para dar luz à um filhote, que ela rejeita. Daí o menino sai da sua tribo, nas estepes, e vai atrás de um músico na cidade, para que ele toque um determinado instrumento de cordas para ela. No fim, após ouvir aquela melodia, a camela se comove e aceita o filhote de volta. Isso é real, acontece!

Al-Kindi, Ibn Sina, Al-Farabi já discorreram sobre esse tipo de fenômeno há centenas de anos. Todos entendiam que a música era fundamental para ‘afinar’ os seres internamente, visando esse equilibro global. O teólogo islâmico Al-Ghazalli, na “Revificação das Ciências Religiosas”, sua obra capital, diz que: “aquele que não se deixa mover pelo desabrochar das flores na primavera, ou pelas cordas do alaúde, é corrompido por natureza, seu defeito não tem cura, é desprovido de simetria, alheio à espiritualidade, excedendo em natureza rude e grosseira; camelos, pássaros e todas as demais criaturas sentem cabalmente a influência das escalas e até mesmo os pássaros se dirigiram à luz na cabeça de David para ouvir a Sua voz”. Bem, é um recadinho para os proibidores da música e da dança no islã, recadinho dado há mil anos atrás e que acho que muitos deles ainda não ouviram.

‘Dança oriental’, no singular, costuma ser usado para nomear a tal da dança do ventre, porque em árabe se diz raqs sharki, mas num conceito não ocidental. Nesse sentido, gosto da definição de Anthony Shay e Bárbara Sellers Young, de que a dança oriental é a dança de solo improvisado do Oriente Médio, Norte da África, Ásia Central, Mediterrâneo, e comunidades de origem afins na América e Europa.

E vamos ao tal do estereótipo e do conceito ‘ocidental’. Pra começar que, ao ignorar o princípio de integração cósmica, a expressão interior e, principalmente, a audição da música (daquele tipo, em particular) não é possível uma dança oriental. Então, um conceito ‘ocidental’ estaria ligado à dança feita a partir do aprendizado de um monte de passos, giros, tremidos, suspiros, caras e bocas e tal, que a bailarina vai encaixando na música, com uma coreografia que não diz nada e não é sentida nem concebida com a alma. Daí você tem a Dança do Ventre. Eu gosto de diferenciar a Dança do Ventre da Dança Oriental, manter o termo à parte, porque, em termos de atitude, é o que rola no modo de ver ‘ocidental’: dança do ventre. É a preocupação com o decote, o brilho, o frissom; é ser a globeleza dos árabes. Já a dança oriental é se comunicar com o universo (interiormente primeiro) e então distribuir, compartilhar essa experiência.

‘Ocidente’ também é um conceito ruim. Porque aqui tem muita dança que não é cênica, mas quando se fala em ocidental, eu já penso em cena, palco. Agora, cena pode ser muito bom, nada contra! Só que nessa contraposição a ‘Oriente’ – que nem sei se é lá muito real, principalmente em fronteira cultural – me vem a morte da sensibilidade, da conexão, da finalidade real da dança. A verdadeira Dança aqui, é o que acontece lá na Festa do Boi, no carnaval de rua, na congada, na capoeira, sabe? Acho que quem quer ser bailarina pode ficar com a cena, quem quer ser Dançarina, com D maiúsculo, tem que ir pra rua, dançar o que tem aqui, na nossa terra. Nossa terra, não num sentido patriótico, não. Nossa terra é: vai pra rua, sai do espelho! Vai dançar junto, não dançar para.

Então, um cara muito sagaz, grande coreógrafo e pesquisador da universidade da Califórnia, chamado Anthony Shay, que conheceu o trabalho de várias companhias nacionais de dança por todo o mundo, percebeu o problema da representação versus vivência local (ou conhecimento local, no sentido de que fala o antropólogo Clifford Geertz). Ele leu o Said e sacou que quando você vê a bailarina egípcia dançando a belydance-superestar-caberet-do-harém, aquilo lá não é um estilo, aquilo é a dança encharcada do orientalismo: é a dançarina fazendo o papel que se espera dela, a femme fatale do ‘oriente’ reinventado pelo ocidente.

Esse fenômeno ele chamou de auto-exotismo, porque parte do artista, é a assimilação do estereótipo na sua própria auto-representação. O auto-exotismo também ocorre com a mulata do samba, que dança pra inglês ver. Por que, claro, ela não vai querer fazer samba de terreiro ou jongo: não dá ibope, não tem fio dental, carro alegórico, competição, rede Globo, nada disso. Quando a bailarina não tem conhecimento do contexto cultural que ela representa, acontece isso. Pode ser que ela não conheça nem sua própria cultura. Por exemplo: a brasileira vai lá mostrar sua ginga, então ela insere os passos do samba na sua dança do ventre, e arrasa na técnica. Mas ela não domina as tradições do samba, no sentido de saber o que aquele elemento coreográfico representa, então ela não sabe o que esta fazendo. Isso é alienação na dança, que leva ao auto-exotismo. Agora, o fenômeno da representação das tradições tem coisa mais complicada ainda.

O Shay também leu o Hobsbawm e sacou que a companhia de dança é um prato cheio para a invenção das tradições! A gente tem na dança a cena, a tradição… e uma terceira coisa que é a representação cênica da tradição. Não dá para passar por esta última sem refletir sobre os seus conteúdos políticos e ideológicos, que aparecem claramente simbolizados no movimento corporal, no roteiro, na escolha do repertório, no figurino, na definição das ‘etnias’ a serem representadas, e por aí vai. Infelizmente, no Brasil a gente ainda nem tem direito essa discussão. Aliás, aqui só se estuda, no pior modelo eurocêntrico, a história da dança ocidental.

Você poderia citar pesquisadores e mesmo artistas que trabalharam com as danças orientais para além do estereótipo descrito na pergunta anterior?

Eu prefiro, por hábito de professora, estimular que as pessoas vejam, sintam, saquem por si mesmas. É muito complicado citar nomes, porque às vezes uma profissional excelente na leitura musical tem um trabalho péssimo em cena, ou é o fim do mundo do auto-exotismo. Outras adoram quebrar estereótipos, mas nem sempre dominam a tradição.

O que é importante distinguir é que: quando vemos a dança em festa, bar, restaurante etc., aquilo é (ou deveria ser) o tradicional. Quando se apresentam vários tipos de ‘folclore’ no palco, isto é representação da tradição. E uma dança oriental cênica seria aquela que trabalharia com esse registro cultural, mas de um jeito novo, criativo, contemporâneo (no sentido de dialogar com situações do mundo atual) propondo uma reflexão, problematizando. Para ver se a dança é, digamos, ‘oriental’, não precisa muito não, é um pouco de feeling. Ver se existe domínio da tradição e improviso. Aliás, o improviso é a chave mestra da dança oriental, quem dança, não só sabe como curte improvisar. Se a pessoa só coreografa é esquisito, tem algo errado. A arte de dançar está no improviso, é onde rola a criatividade.

Não temos Dança Oriental Cênica aqui no Brasil, nem em São Paulo, principalmente porque as panelinhas da Dança Contemporânea monopolizam o acesso a fomentos, editais etc. E tem trabalhos interessantes que estão no papel, porque acho que para as comissões de avaliação de dança desse país, ‘diversidade cultural’ é índio e negro, ou um termo burocrático decretado pela Unesco, e não uma necessidade real, urgente, como para a maioria dos cidadãos que vêm de diversas partes do mundo. Já não somos mais imigrantes, estamos na 4ª. geração de descendentes de árabes, já estamos no caldeirão cultural desse país há muito tempo, sem falar da influencia ibérica, que é anterior.

Quanto à pesquisa, a Márcia Dib trouxe material da Síria, eu estou abrindo essa discussão na História*, e teve uma bailarina que fez um trabalho muito interessante, a Cynthia Nepomuceno. E existem alguns trabalhos que são mais da educação física, tal. Logo vou postar no meu blog o capitulo onde eu discuto as principais referências bibliográficas utilizadas no nosso meio.

Agora, uma coisa é certa: a produção teórica da dança não pode ser dissociada da prática. A dançarina Rose Maria de Souza diz que dá aulas para deficiente físico, mental e intelectual. É uma grande sacada. Os intelectualóides desprezam a dança e opinam sobre os destinos da humanidade, mas você seguiria uma pessoa que não sabe o que fazer com os próprios pés? A dança comunica sem palavras e ela move literalmente as pessoas, então, ela não é pouca coisa não. Quem tem por profissão pensar, podia dançar de vez em quando, conhecer o que se fala nesta outra linguagem. Há muitos grupos de dabke, como o El-Founun, por exemplo, que fazem uma leitura rica e engajada da questão palestina, é de arrepiar.

Em sua tese, você discute a questão da farsa oriental na dança moderna. Poderia explicar como a pesquisa está estruturada e quais são as conclusões que já podem ser apontadas?

Esta pesquisa foi feita pensando nos cursos superiores de dança aqui no Brasil, que têm uma carência enorme em teoria e história da dança. Se eles não falam da dança oriental (salvo raras exceções), então é porque nem conhecem e não fazem autocrítica da grade curricular. Isso acontece porque o pessoal da dança, em geral, não saca muito o que é a história como ciência, e fala “amém” para a historiografia ocidental da dança, que é uma porcaria eurocêntrica. Aliás, na História*, a gente chama aquilo tudo de perfumaria. E os historiadores da dança ocidental, por questões ideológicas, obviamente, apagam os rastros que ligam a dança moderna e contemporânea ocidental às danças e sistemas de estudo corporal orientais. Claro, o berço e o circuito da dança moderna e da contemporânea, assim como do ballet, é o mesmo que das elites das nações imperialistas. Esta é, de certa forma, a conclusão. Faço estas criticas, mas trazendo pesquisa bibliográfica, discussão historiográfica, fontes, problematizando a questão, que é o que faz um historiador, e acho que para o pontapé inicial está legal.  

A estrutura da minha pesquisa é assim: no primeiro capítulo apresento “Questões epistemológicas da história da dança”, mais para o pessoal da dança, que às vezes ainda pensa que história é apenas datas e nomes! História é uma ciência. No segundo capítulo, “Dança na perspectiva da arqueologia”, eu apresento o trabalho da Alessandra Lopes y Royo e do Michael Shanks, e todo esse pessoal que inaugurou a Arqueologia da Performance, e que faz uma discussão profunda sobre dança como artefato, a dicotomia arte versus artesanato na dança etc. No terceiro capítulo, “Questões políticas da representação: a identidade na dança”, destrincho os conceitos de Anthony Shay, discutindo mais esta questão ideológica de que já falamos. No quarto capítulo, “A historiografia da Dança do Ventre no Brasil”, mostro que essa historiografia não existe, só algumas bailarinas que escreveram sobre o assunto na tentativa de preencher a lacuna, e chamam isso ou aquilo de história, mas sem ter idéia do que seja uma pesquisa histórica de verdade. Daí vem a parte mais interessante, que é da pesquisa em si: um pouco sobre o desenvolvimento da dança oriental no islã e análise de trechos das obras de Al-Kindi, Al-Farabi e Al-Ghazalli, onde eu mapeio o que se refere à dança no sentido oriental.

Qual o estágio em que a pesquisa se encontra? Você pretende publicá-la?
Estamos falando da minha monografia de especialização em dança, que já está pronta. Eu estou ocupada com meu mestrado agora, por isso vou soltando aos pouco uns trechos, coisas mais bacana de compartilhar. Já tem uns três capítulos no meu blog. Eu conheço um pouco o universo editorial, e não vejo vantagem em publicar. Eu gosto da idéia de deixá-la na internet, acessível e gratuita, sem uso de papel, tinta. O que eu queria é fazer um projeto de design gráfico, pois mesmo para a publicação virtual seria legal. E também assim só não vai ler quem não quer. E se quiserem criticar, eu sou meio esquentadinha e uma briga virtual é bem menos perigosa, não é (risos)?  Estamos no século XXI, revolução digital é pra isso, ou não?

*O termo História se refere aqui à comunidade acadêmica científica de historiadores.
**As aulas de Danças ciganas com Leandra Yunis acontecem no Pandora Espaço de Danças e as de Dança Oriental no Espaço Corpo Consciente (Tel: 3085-9112, espacocorpoconsciente@uol.com.br – Rua Lisboa, 555 – Cerqueira César/SP)

 

As aulas de Danças ciganas com Leandra Yunis acontecem no Pandora Espaço de Danças 
e as de Dança Oriental no Espaço Corpo Consciente (Tel: 3085-9112, espacocorpoconsciente@uol.com.br – Rua Lisboa, 555 – Cerqueira César/SP)
http://www.pandoradancas.com/

 

 

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🌏📚 Aigo Livros promoverá o curso Literatura 🌏📚 Aigo Livros promoverá o curso Literatura Árabe da Ásia 

A Aigo Livros promoverá o curso online Literatura Árabe da Ásia, que abordará a introdução à história dos países de língua árabe do continente, os da região do Oriente Médio e da Península Arábica, a partir dos livros, nos dias 5, 12, 19 e 26 de agosto, terças-feiras, das 19h às 20h30. 

Os encontros tratarão sobre o colonialismo europeu no mundo árabe, da questão da Palestina, os sectarismos no Oriente Médio e as imigrações e diásporas árabes. O curso será ministrado por Jemima de Souza Alves, pós-doutoranda em Letras na FFLCH-USP, com mestrado e doutorado na mesma universidade, tradutora do árabe e do inglês de livros como “Narinja”, de Jokha al-Harthi, “Ave Maria”, de Sinan Antoon, entre outros; integra o grupo de pesquisa “Tarjama - Escola de tradutores de literatura árabe moderna”, sob a supervisão da Profa. Dra. Safa A-C Jubran; e Paula Carvalho, historiadora, jornalista. Pós-doutoranda em História pela Unifesp. Mestre em história pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), estuda viajantes, principalmente os disfarçados. Lançou o livro “Direito à vagabundagem: as viagens de Isabelle Eberhardt” em 2022 pela editora Fósforo. É uma das criadoras do movimento Um Grande Dia para as Escritoras.

Confira a programação do curso:

05.08 (19h às 20h30): Quando o colonialismo europeu chega ao mundo árabe
Sugestão de leitura: Narinja, Jokha Alharthi (@editoramoinhos)

12.08 (19h às 20h30): Vamos falar sobre a Palestina
Sugestão de leitura: Detalhe menor, Adania Shibli (@todavialivros)

19.08 (19h às 20h30): Os sectarismos no Iraque e no Oriente Médio
Sugestão de leitura: Ave Maria, Sinan Antoon (@editoratabla)

26.08 (19h às 20h30): Imigrações e diásporas árabes
Sugestão de leitura: Correio Noturno, de Hoda Barakat (@editoratabla)

Para participar é necessário fazer uma contribuição de R$220,00, faça a sua inscrição no link da bio da @aigolivros. As aulas serão gravadas e ficarão disponíveis por 30 dias.
🇵🇸“Gaza no coração” é semifinalista n 🇵🇸“Gaza no coração” é semifinalista no Prêmio Jabuti Acadêmico

O livro “Gaza no coração: história, resistência e solidariedade na Palestina” está entre os semifinalistas do Prêmio Jabuti Acadêmico. A indicação reconhece a relevância coletiva do trabalho que resultou na obra, organizada com o objetivo de reunir reflexões críticas sobre a Palestina e sua luta por autodeterminação.

Entre os autores e autoras que assinam os textos, estão os associados do Instituto da Cultura Árabe (ICArabe)Milton Hatoum (benemérito), José Arbex e Salem Nasser. Também participam da publicação Reginaldo Nasser,  Soraya Misleh, Safra Jubram e outros pesquisadores, jornalistas e ativistas comprometidos com o tema. O conjunto de artigos busca contribuir para o debate público sobre a realidade palestina, reforçando a urgência de interromper o genocídio em curso e a necessidade de fortalecer a solidariedade internacional com o povo palestino.

A obra foi publicada pela Editora Elefante, com edição de Tadeu Breda.

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