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Você está em:Home»ENTREVISTAS»Entrevista com Aziz Ab´Sáber – Parte 2
ENTREVISTAS

Entrevista com Aziz Ab´Sáber – Parte 2

Na segunda parte da entrevista, o professor Aziz expõe as impressões culturais que teve da região e fala das relações econômicas e culturais entre Oriente Médio e Ocidente. Aborda os problemas referentes à invasão do Iraque pelos EUA, que ignoraram a cultura local ao agir militarmente sobre o país. Para o geógrafo, na atual conjuntura, um problema sem solução

leia a primeira parte da entrevista: “Eu tinha desespero para conhecer a realidade daquela região”

Icarabe: Qual a importância da criação de um Instituto de Cultura Árabe na atual conjuntura?
Aziz: Sou inteiramente favorável a um instituto que tenha um direcionamento para a cultura de uma região. Desde há muitos anos cuido desses problemas das áreas culturais do meu país. O Brasil é muito grande e tem várias áreas culturais bem diferenciadas. Culturas que precisam ser conhecidas não apenas do ponto de vista histórico e social, e na conjuntura do presente, mas através de como foi elaborada uma cultura tradicional que está presente na população regional independentemente até de classes sociais.

I:Mas como a abordagem da cultura pode ser feita diante dos conflitos no Oriente Médio?
Aziz: A situação era difícil por causa das invasões feitas pelos norte-americanos e, curiosamente, o problema cultural, na minha visão, já estava acontecendo dentro desse processo. Quando um presidente de um país poderoso como os Estados Unidos resolve fazer uma guerra contra um país semi-árido, e árido em alguns lugares, como é o caso do Iraque, a gente fica impressionado de saber que eles não entendiam nada da cultura árabe. Mandaram invadir porque era uma invasão que tivesse que ser feita, porque “os soldados são meus, eu quero e faço”. E sem prever impactos dessa atividade bélica sobre o Iraque.

I: Quais seriam esses impactos?
Aziz: Posteriormente à invasão tem havido problemas conflituosos pela perturbação que ocorreu belicamente, pela perturbação que ocorreu em termos de subculturas regionais, xiitas, sunitas. E também pelo fato de que uma invasão feita num certo momento, mas continuada pela presença dos exércitos e do poder bélico de um país hegemônico, acaba sendo uma guerra infindável. Muita gente pergunta, mas não tem solução? Então veja que o problema cultural interessa para a história de uma invasão bizarra e fora de propósito, inoportuna, de um país inteiro, por desconhecimento cultural. Eu pessoalmente, como filho de libanês, mas culturalmente ciente de universidades que recebia os conhecimentos de todas as áreas, sobretudo da França, parte da Alemanha, e muito dos EUA, sobretudo da Escola Sociológica de Chicago, eu fiquei abismado com os problemas que iriam ocorrer depois da secessão oficial da guerra, porque eu sabia que a guerra não ia acabar, e não acabou, e não se sabe quando vai acabar.

I: Hoje existe um desconhecimento da cultura árabe na maioria dos países?
Aziz: Essa é uma cultura que se desenvolveu num ponto de êxito de gente de várias partes da Ásia, de várias partes da Europa. Ela tem representação construtiva importante. As maiores referências construtivas da Síria são os castelos que os romanos fizeram. Por outro lado, nunca ninguém apagou a cultura árabe, apesar da dominação romana. A cultura árabe, engendrada nas regiões dos desertos savanóides ou de pequenas cidades em áreas agricolamente produtivas, não foi apagada por nenhum dos povos que transitaram pela Ásia Menor. Hoje é mais amplo, a gente chama de Oriente Médio. Então, a despeito dessas referências construtivas notáveis que lembram os romanos, os cruzados, e os conflitos entre cruzados e populações árabes, a despeito de tudo isso, há uma cultura árabe que é geral na região, mesmo no Líbano, que está mais em contato com a Europa, e, sobretudo, na Síria e no Iraque.

I: E como se dá a relação desse mundo árabe com o atual ocidente?
Aziz: Esses povos ganharam uma posição econômica dentro da ocidentalidade por causa de riquezas que não eram do deserto, eram riquezas do subsolo profundo.
E tudo isso se modifica com a questão da descoberta de petróleo a sudeste do Iraque e dentro do Kuwait, que é uma espécie de Uruguai entre o Iraque e o Golfo Pérsico. É um país de posição estratégica pela força que ele tem em termos de quantidade de petróleo subterraneamente. O Iraque pretendia o Kuwait, como o mundo pretendia o petróleo do Kuwait, então deu aquela primeira grande guerra contra os iraquianos feita pelo pai do Bush.
Agora o interessante é que dentro do mundo árabe, o pouco que extravasa do comércio de petróleo com o resto do mundo foi suficiente para uma certa melhoria das condições urbanas. Tanto das cidades iraquianas quanto de algumas cidades sírias. Foi suficiente, porque sempre extravasa um pouco de dinheiro para atividades complementares. Então o Iraque, que tinha essa posição central entre a Síria, o Golfo Pérsico, o Kuwait e a Arábia Saudita, foi muito favorecido pelo comércio do petróleo, que ele tem, mas que o Kuwait tem muito mais.

I: E fora do âmbito econômico, como essa diferença se dá na área cultural?
Aziz: Existe um assunto muito delicado em relação às diferenças da cultura ocidental e a cultura árabe no seu conjunto. Em primeiro lugar, a cultura ocidental tem valores, que são grandes valores do homem, mas tem dois valores complicados que estão relacionados com o monetarismo, que é o capitalismo de um lado, e a tecnologia bélica de outro. Essas duas variáveis da cultura ocidental pesam muito sobre todos os países do mundo, seja os da África, da América do Sul, e sobretudo pesou também sobre o Oriente Médio.
Por outro lado, os etnólogos franceses conseguiram mostrar ao mundo que os homens que saíram lá da Pré-História e migraram para o Ocidente, ou para o Oriente Médio, ou para a Ásia e Sudeste Asiático têm valores que são da alma, do espírito, isso que eles chamam de valores animológicos (cultura imaterial, os conhecimentos, crenças, hábitos, normas e valores transmitidos por gestos ou de forma oral). Os outros valores são valores sociológicos, sistemas de parentesco, sistemas de castas em outros lugares, sistemas diferenciados de família. Dentro dessas possibilidades, no mundo árabe existiu certa poligamia. Os árabes mais ricos achavam que as mulheres podiam ser mais uma no seu harém. Então é um caso muito diferente da monogamia predominante no mundo ocidental. Então existem valores animológicos e valores sociológicos. Depois tem os valores tecnológicos, que o mundo árabe teve grandes dificuldades de exercer em termos de novas produtividades, de inovações de interesse tecnológico, enfim, artefatos de produtos.
Já no mundo asiático houve alguns tipos de tecnologia que serviram depois ao mundo ocidental através do Oriente Médio, tanto em termos da circulação marítima, como em termos de conhecimentos, fogos e outras coisas mais. E foram mais bem aproveitados pelo ocidente em termos de tecnologias bélicas.
Então veja você como é complexo a relação entre valores culturais positivos e negativos, e os negativos, que no caso, foram usados contra o mundo árabe a favor de uma dominação econômica, baseado na única grande riqueza que eles têm.

I: Então existe o uso da cultura para a dominação econômica?
Aziz: Exatamente. E levando em conta alguns fatos culturais que o ocidente achava que era a revelia. Vou citar dois deles. É que haja presença dos valores religiosos, que são animológicos, dentro da administração pública. Isso é um dos problemas mais sérios do Oriente. O Estado Oriental, até hoje no médio Oriente todo, funde problemas religiosos com problemas estatais. É uma das razões das referências críticas que o mundo ocidental faz para eles. Quando eu viajei pela Síria, eu e minha mulher, que é historiadora, e ela sentiu esse problema da vinculação entre o Estado e algumas religiões. Então ela sentiu isso de um modo tal que ela disse: “Aqui não tem solução. Internamente não tem solução”. Mas a solução que o Ocidente deu para eles foi enquadrá-los belicamente, também não é solução (risos). O inesperado nisso tudo foi que um país que herdou todo esse conhecimento sobre os valores da cultura leve adiante essa política. Na Escola Sociológica de Chicago entrou todo o conhecimento que o ocidente tinha sobre questões culturais e antropológicas, de todas as partes do mundo. E eles criaram metodologias muito mais interessantes ainda do que a dos próprios geógrafos. Então o problema da escola sociológica de Chicago devia de estar na cabeça do Bush. Ele faz uma guerra extremamente dolorosa contra um país como o Iraque porque nunca se preparou para entender a cultura árabe.

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O Instituto da Cultura Árabe, baseado em São Paulo, Brasil, é uma entidade civil, autônoma, laica, de caráter científico e cultural. Visa a integrar, estudar e promover as várias formas de expressão da cultura árabe, antigas e contemporâneas, e encorajar o reconhecimento de sua presença na sociedade brasileira. Está aberto à participação de todos os que acreditam ser premente assegurar o respeito às diferenças.

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Sinopse: Com sua câmera doméstica, o agricultor Emad Burnat documenta a ocupação israelense em sua aldeia palestina. Um testemunho íntimo e devastador da resistência civil.

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