‘Brasil está de braços abertos para os refugiados’

Seg, 28/09/2015 - 20:55
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A presidente brasileira, Dilma Rousseff, afirmou nesta segunda-feira (28) em seu discurso de abertura da 70ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, que o Brasil é um país de acolhimento, multiétnico e que quer receber os refugiados que partem de seus países em busca de segurança e oportunidades de reconstruir a vida.

“O Brasil é um país de acolhimento, um país formado por refugiados. Recebemos sírios, haitianos, homens e mulheres de todo o mundo, assim como abrigamos, há mais de um século, milhões de europeus, árabes e asiáticos. Estamos abertos, de braços abertos para receber refugiados. Somos um país multiétnico, que convive com as diferenças e sabe a importância delas para nos tornar mais fortes, mais ricos, mais diversos, tanto cultural, quanto social e economicamente”, afirmou a presidente brasileira.

Dilma fez uma revisão das conquistas e dos desafios dos 70 anos das Nações Unidas. Observou que questões de gênero, raça e os desafios urbanos ganharam prioridade. Mas também afirmou que ainda há problemas em que a ONU precisa avançar.

Ela observou que a multiplicação de conflitos regionais e a expansão do terrorismo mostram que a ONU está “diante de um grande desafio” e que não se pode ter complacência com atos de barbárie realizados por grupos como o Estado Islâmico.

“Grande parte dos homens, mulheres e crianças que se aventuram nas águas do Mediterrâneo e erram penosamente nas estradas da Europa provêm do Oriente Médio e Norte da África, onde países tiveram seus Estados nacionais desestruturados por ações militares ao arrepio do Direito Internacional, abrindo espaço para a proliferação do terrorismo”, afirmou Dilma.

Dilma defendeu “uma reforma abrangente” das Nações Unidas, com a ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O órgão é composto por países que são membros rotativos e cinco nações com poder de veto sobre as decisões. São elas Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, China e França. Afirmou que “não se pode postergar” a criação de um Estado Palestino que conviva pacificamente com Israel e afirmou que não é tolerável a expansão de assentamentos (de israelenses) sobre os territórios ocupados palestinos.