Morre aos 80 anos Dib Lutfi, diretor de fotografia do Cinema Novo

Sex, 28/10/2016 - 10:00
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Faleceu na noite da última quarta-feira (26) o diretor de fotogradia Dib Lufti. Descendente de sírios e responsável por produções do Cinema Novo como "ABC do amor" (1966), de Eduardo Coutinho, e "Como era gostoso meu francês" (1970), de Nelson Pereira dos Santos, Dib tratava-se de uma pneumonia da qual não resistiu. Seu último trabalho foi "Profana" (2011), de João Rocha.
 
Nascido em 22 de setembro de 1936, Dib Lufti era irmão do músico Sérgio Ricardo (hiperlink http://www.sergioricardo.com/?area=biografia) e filho de Maria Mansur Lutfi e Abdalla Lutfi, sírios que se mudaram para Marília (SP) na década de 1930. Na adolescência, mudou-se para o Rio. O perfil do fotógrafo no Filme B informa que ele começou a carreira no final dos anos 1950, como câmera na TV Rio. Seu primeiro trabalho no cinema foi "Esse mundo é meu" (1963), dirigido justamente por Sergio Ricardo.

Já como diretor de fotografia, fez "ABC do amor" (1966), de Eduardo Coutinho, "Edu, coração de ouro" (1967), "Opinião pública" (1967), de Arnaldo Jabor e "Fome de amor" (1968), de Nelson Pereira dos Santos. Com o mesmo diretor, repetiu a parceria em "Como era gostoso meu francês" (1970).

Outros cineasta premiado com quem Lutfi colaborou foi Cacá Diegues, em "Os herdeiros" (1970), "Quando o carnaval chegar" (1972) "Joana Francesa" (1973). Dos nomes do Cinema Novo, trabalhou ainda como operador de câmera em "Terra em transe" (1967), marco do movimento, e como diretor de fotografia em "Os deuses e os mortos" (1970), de Ruy Guerra.
 
 Ao longo de mais de cinco décadas de carreira, foi ainda diretor de fotografia de diretores como Walter Lima Jr, Hugo Carvana, Leon Hisrzman, Silvio Tendler e Domingos Oliveira. Dib Lutfi deixa um filho, Antônio.

O Instituto da Cultura Árabe deseja forças à família neste momento.
 
(ICArabe e Portal G1)