Mauritânia é país árabe com maior percentual de ministras
Nação do Norte da África aparece na 37ª posição em ranking da ONU de mulheres à frente de ministérios. Entre os países árabes, segundo melhor colocado é Emirados e terceiro é Egito.
A Mauritânia é o país árabe que melhor aparece colocado em ranking da ONU Mulheressobre a participação feminina em ministérios do governo. A ONU Mulheres é o braço da Organização das Nações Unidas que cuida de questões relativas ao tema. Na lista geral da pesquisa, que tem 188 países, a Mauritânia ocupa a 37ª posição. Segundo os dados do organismo, há no país 22 ministros, dos quais sete são mulheres. O ranqueamento leva em conta o percentual de mulheres sobre o todo, que no caso da Mauritânia é de 31,8%.
O segundo país árabe melhor classificado é Emirados Árabes, com as mulheres representando 29% dos ministros. São nove ministras em um universo de 31 cargos. Os Emirados ocupam a 48ª posição no ranking geral. O Egito é o terceiro país com maior participação feminina em ministérios entre os árabes, na 73ª posição geral. O Egito tem 33 ministros, dos quais 24,2%, ou oito, são do sexo feminino. Na foto acima, Lemina Mint El Ghotob Ould Moma, ministra de Desenvolvimento Rural da Mauritânia.
A Jordânia é o quarto país árabe na lista, com a 95ª posição geral. Nos ministérios jordanianos há 24 pessoas ocupando cargos de ministros, das quais cinco são mulheres. O percentual delas é de 20,8%. A Somália é o quinto país entre os árabes com maior percentagem de ministras. Elas são quatro em um universo de 27 pessoas, ou seja, 14,8% do total. Na sexta posição, no mundo árabe, está a Argélia com quatro ministras, que são 13,3% do quadro de 30 ministros.
Tanto Somália quanto Argélia fazem parte de um grupo de nações que têm entre 10% e 14,9% de ministras mulheres. Também estão nessa classificação, por ordem e logo atrás dos dois, Kuwait, Síria, Djibuti e Tunísia. Entre os países árabes que têm entre 5% e 9,9% de ministras mulheres estão Sudão, Ilhas Comores, Catar, Omã, Iêmen e Marrocos. O Brasil também está neste grupo, em 149º lugar no ranking geral, e entre Sudão e Ilhas Comores.
Entre os países que têm entre 2% e 4,9% de mulheres no total de ministros estão os árabes Bahrein e Líbano. Entre os que não têm ministras mulheres estão Iraque e Arábia Saudita. Os dados da ONU refletem a realidade de 1 de janeiro de 2019. Entre os 22 países árabes, não estão na pesquisa Líbia e Palestina. Quem ocupa o topo do ranking é Espanha, seguida de Nicarágua e depois da Suécia.
O levantamento das Nações Unidas também apresenta um ranking de países com maior presença feminina nos parlamentos. Na lista geral, Ruanda, Cuba e Bolívia ocupam as melhores posições. No mundo árabe, Tunísia é a primeira, Sudão é o segundo e Djibuti é o terceiro, na 29º, 58ª e 65ª posição, respectivamente. O Brasil está bem atrás, no 134ª lugar do ranking.