Coitadinho de Israel: uma vítima inocente do Imperialismo Árabe
Entendam a preocupação de Netanyahu ao ver publicada uma notícia assim:
Por mais de 65 anos, desde o estabelecimento do Estado de Israel dada a então força do lobby sionista estadunidense, seus sucessores garantiram que bilhões de dólares estadunidenses em ajuda, subsídios, empréstimos, garantias, isenções de taxas e ‘negócios’ fossem presenteados para o Ministério do Tesouro israelense a fim de dar ao estado satélite uma vantagem econômica e militar impar sobre qualquer outro país do Oriente Médio ou da Europa. Tudo pago pelo gracioso pagador estadunidense de impostos.
É difícil alguém conseguir quantificar o total dos valores que são presenteados ininterruptamente a Israel, mas o que não é segredo é que o dinheiro que vai tranquila e abertamente para o estado filho de criação sob o título de ‘ajuda’ é de US$ 6 bilhões a cada 12 meses. Este valor tem cobertura legal e é de conhecimento público.
Só que este valor é um pingo d’água no mar Mediterrâneo. O grosso dos benefícios financeiros e fiscais, ambos secretos e aprovados pelo Congresso, e os privilégios econômicos de conhecimento público somam valores nunca igualados pelas concessões a outros estados. O governo de Israel tem inúmeras isenções de taxas, descontos, ajuda militar e civil e legislação favorável que dá vantagens únicas ao lado israelense e a seus importadores e exportadores.
Quem duvidar não está vivendo neste planeta ou não leu artigo de Grant F. Smith, publicado pelo IMep Institute for Research: Middle East Policy intitulado ”Acordo de livre comércio USA/Israel causa déficit de US$ 144 bilhões aos Estados Unidos” publicado em 13 de maio último no Global Research, onde se lê:
O déficit estadunidense de comércio com Israel, de 1985 até 2015, atingiu US$ 144 bilhões (já ajustados à inflação). Porque estes resultados são tão unilaterais? É proposital. O acordo de “livre” comércio com Israel passou no meio de um monte de medidas nos anos 1980 com a finalidade de empurrar a ínfima e desordenada economia israelense – não para beneficiar os Estados Unidos. Conforme foi reconhecido pelas indústrias opositoras naquele tempo, se o negócio era verdadeiramente comercial, os Estados Unidos deveriam pensar em outro parceiro de comércio exterior com economia muito maior e mais diversificada.
Não se deve esquecer que Israel é a terceira maior potência nuclear global e que isto se deve aos financiamentos astronômicos, a fundo perdido, provenientes do bolso do contribuinte estadunidense. Não há dúvida que quando Israel se apresenta como “uma economia bem sucedida, técnica e militarmente, uma potência global” não se menciona que isto nada é senão a magia dos bilhões de recursos estadunidenses transformando um paizinho criado nas Nações Unidas, à custa de falácias, em um arremedo de potência global.
Não bastasse o custo que Israel representa para o contribuinte estadunidense, há um fator que costuma ser omitida, que é a lavagem cerebral à qual o coitado do trabalhador estadunidense é submetido, há mais de 70 anos, fazendo crer que o estado hebreu, longe de ser a terceira potência nuclear do planeta, custeada pelos Estados Unidos, é uma vítima inocente do Imperialismo Árabe e a única democracia que serve de exemplo para seus vizinhos.
Nunca se fala, nos Estados Unidos, sobre os crimes de Israel.
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