Edição de 2025 da mostra de arte abre as portas no próximo dia 6 com uma seleção de profissionais de diversos países árabes, além do Marrocos, como, Argélia, Mauritânia, Líbano, Sudão e Palestina.
Uma das mostras de arte mais importantes do mundo, a 36ª Bienal de São Paulo será inaugurada para o público no dia 6 de setembro com trabalhos de 120 artistas, entre os quais expoentes de diversas nações árabes. Apenas do Marrocos, haverá sete artistas, além da cocuradora Alya Sebti. Com o tema “Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática”, a Bienal buscou inspiração no poema “Da calma e do silêncio”, de Conceição Evaristo, para explorar temas caros à humanidade: a natureza, os encontros e os deslocamentos.
O conceito da mostra é do camaronês Bonaventure Soh Bejeng Ndikung ao lado dos cocuradores Alya Sebti, Anna Roberta Goetz, Thiago de Paula Souza e Keyna Eleison. A consultoria de comunicação e estratégia é da alemã Henriette Gallus. A equipe foi buscar nos pássaros migratórios a metodologia para escolher os artistas desta Bienal. “Por meio dos sentidos de navegação dos pássaros, de seu impulso de deslocamento por terras e águas, de seu senso de sobrevivência, de sua compreensão expandida de espaços e tempos, assim como de suas urgências e agências, pudemos nos envolver com práticas artísticas em diversas geografias, enquanto refletimos sobre o que significa unir a humanidade, no contexto da 36ª Bienal de São Paulo”, afirmou Ndikung no lançamento da mostra.
Alya Sebti concedeu entrevista à ANBA logo após o anúncio da equipe curatorial, em junho de 2024. Ainda no início do conceito curatorial já indicou o que viria adiante: outros trabalhos com a sua participação exploraram o encontro, o ambiente e a migração. “Fiquei fascinada (e ainda estou!) por esta instituição única, de tamanha escala e que é tão profundamente enraizada em seu território enquanto proporciona conversas com o resto do mundo”, disse Sebti sobre a Bienal de São Paulo.
Artistas e temas relacionados ao mundo árabe estarão representados na mostra em diversas formas de expressão artística. Do Marrocos, poderão ser conferidos os trabalhos de Amina Agueznay, Chaibia Talal (1929-2004), Farid Belkhaia (1934-2014), Laila Hida, Leila Alaoui (1982-2016), Malika Agueznay, Mohamed Melehi (1936-2020) e Meriem Bennani, que explora as artes visuais e a tecnologia em seus projetos. Estarão na Bienal, criações ou apresentações de artistas da Mauritânia, Argélia, Líbano, Iraque, Sudão e Palestina. A Bienal terá apresentações no Pavilhão no Parque do Ibirapuera e na Casa do Povo, no Bom Retiro, também em São Paulo.
A Bienal de São Paulo terá entrada gratuita e ficará em cartaz até 11 de janeiro. Mais informações estão disponíveis aqui.