A edição 2017 do Mercado Persa – Congresso Internacional de Dança, Arte e Cultura Árabe aconteceu em São Paulo entre sexta (21) e domingo (23). O ICArabe levou dois sorteados entre associados, leitores do site e seguidores da página no Facebook para participar do evento, que promoveu mais de 700 apresentações de danças árabes ininterruptas e simultâneas, além de atividades como feira, palestras de saúde e beleza e workshops.
Jesse Ribeiro (foto abaixo) e Giulia Sabbag (na foto acima) visitaram o Mercado persa com seus acompanhantes. “Fiquei muito feliz por ganhar os ingressos, porque a cultura árabe é uma coisa que faz parte da minha vida. O evento é maravilhoso, com pessoas de diversos de estados”, afirmou Jesse, 29, que estava acompanhado de sua esposa e professora de inglês Mai Mahmoud, 32, natural do Egito. “Estou gostando muito, pois estou lembrando do meu país e da minha cultura. Estou orgulhosa de estar aqui hoje”, afirmou ela, por sua vez.
Para a estudante Giulia Sabbag, 15, a segunda ganhadora da promoção, o festival é uma ótima forma de divulgar a cultura árabe. “O evento está muito lindo e trouxeram uma grande variedade de coisas. Muita gente não conhece (a cultura árabe), fica no básico do que se vê por aí”, afirmou ela, que é descendente de sírios e libaneses.
O evento
O Mercado Persa surgiu em 1995 para divulgar a dança árabe se tornou ponto de encontro de mulheres dentro do universo da cultura oriental. Uma das atrações foi o lançamento do livro “Círculo Mulher” da bailarina, coreógrafa e diretora do Mercado Persa Shalimar Matar. “O livro surgiu da experiência do meu trabalho com o feminino há muitos alunos e na sala de aula, ao sentir a alegria das mulheres de dançar”, conta a coreógrafa, que ministrou workshop sobre o livro e também deu autógrafos.
De acordo com a bailarina, a obra mostra a necessidade que a mulher tem de encontrar o seu equilíbrio após passar por uma sociedade que tende a ter a dominação dos homens. “É uma forma de voltar à sua essência e encarar a sua feminilidade com um dom, um presente e uma alegria sem receio de esconder”, declarou.
O livro usa a feminilidade da dança do ventre para abordar em cada um dos seus sete capítulos um aspecto da vida da mulher, com análise e depoimentos. “As mulheres tem de libertar o que existe dentro delas. É isso que traz felicidade”, afirma.
