Nabil Bonduki foi empossado nesta terça-feira, 03, como Secretário Municipal de Cultura de São Paulo. Nomeado pelo prefeito Fernando Haddad, Bonduki substituiu Juca Ferreira, que assumiu o Ministério da Cultura. O ex-vereador foi relator do Plano Diretor, conjunto de diretrizes que planeja o crescimento de São Paulo nos próximos 16 anos e idealizador do VAI, programa de editais direcionados a iniciativas culturais na periferia.
Bonduki lista como perspectivas para os próximos dois anos em que ocupará o cargo a continuidade aos vários projetos da pasta que já estão sendo feitos pela secretaria, entre eles a consolidação da SPCINE e as diversas intervenções que ocorrem na cidade. “Um exemplo é a reabilitação da Vila Itororó (na Bela Vista), um projeto importante a ser concretizado”, disse ele, que também é professor titular do Departamento de Planejamento da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP).
Dar mais visibilidade ao Circuito Cultural de São Paulo que é, de acordo com ele, pouco conhecido, mas que tem um valor equivalente ao da Virada Cultural, também faz parte dos planos do novo secretário. Bonduki pretende também colocar na pauta “algumas questões que podem ser ainda bastante incrementadas, como a atuação nas bibliotecas, por exemplo. Há todo um debate em torno de uma nova forma de pensar a relação entre a cultura e o espaço urbano”, ressaltou.
Dentro deste cenário, o principal desafio, afirma, é enfrentar os problemas de gestão da Secretaria, que andou perdendo muitos funcionários e agora trabalha com uma capacidade administrativa inferior às enormes responsabilidades que tem. “Hoje temos a lei de fomento ao teatro, à dança, temos o VAI, que é um enorme programa cultural, além das áreas patrimoniais. A capacidade da secretaria de gerir isso tudo ainda é insuficiente”, destacou e ponderou: “Sempre vamos ter problemas de gestão porque é inevitável que isto aconteça, mas eu acredito que nós vamos ter condições de enfrentar”.
Bonduki ressaltou ainda a proteção de áreas culturais da cidade, um instrumento novo que foi criado no âmbito do Plano Diretor de São Paulo, que tem como objetivo proteger espaços significativos de cultura e que precisam ser regulamentados pela Secretaria. “Este é outro desafio importante que temos pela frente: colocar em prática aquilo que foi estabelecido no Plano Diretor. Mas acredito que temos toda condição de realizá-lo”.
