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Você está em:Home»ARTIGOS»Bosque de Palmeiras
ARTIGOS

Bosque de Palmeiras

Aos 16 anos fui visitar a terra dos avós e sem nada saber sobre islamismo ou califado, conhecer a Grande Mesquita me deixou muda pelo resto dia. Certo é que o calor de Córdoba em julho não dá mesmo vontade de falar mas a mudez subseqüente à visita não estava na temperatura. O verão andaluz é acentuado em calor por receber os ventos quentes do Magreb, terra dos bérberes que destruíram “Madinat-al-Zahra'” . Averrois recomendaria água de cevada no calor mas nada me agradaria mais que um copo de “horchata de chufa”.

A Porta do Perdão, portal em estilo “mudéjar”, dá acesso ao “Pátio de los Naranjos”. O cheiro das árvores no pátio e o frescor dos desenhos de arcos sem fim me levaram pra longe. Os arcos e colunas pareciam se multiplicar e revelavam um labirinto no qual sabemos onde estamos. Perder é encontrar. E no meio do bosque de colunas, estancados, meus passos avistam uma sombra inacreditável: uma igreja católica erguida dentro da mesquita; a visão dos arcos em movimento desdobrado em harmonias foi bloqueada por um vulto escuro e dissonante. Em 1523, durante o reinado de Carlos V, levantou-se dentro da mesquita uma catedral. O susto é obvio para o visitante porque depois do mar de arcos, a visão da igreja é aberrante. O peso da catedral intrusa me emudeceu. O labirinto ficou sem norte. Encontrar é perder.

Obreiros da arte cristã foram chamados para a construção e decoração do novo templo, que se prolongou por mais de 250 anos com o ouro e prata dos subterrâneos americanos. Trabalho artístico a considerar: a pintura de Palomino e o entalhe em madeira no coro, do sevilhano Pedro Duque Cornejo (século XVIII). Porém, o primor e a riqueza da igreja pesam menos que o interesse intrínseco de sua posição deslocada. Lembra-nos T.Burckhardt que “sem esse corpo estranho, a sala de pilares pareceria a um amplo bosque sagrado de palmeiras”. Um oásis para abrigar o recolhimento. Seria a idéia original na concepção do magnífico edifício? Sendo ou não, a Grande Mesquita nos remete a um símbolo importante das culturas árabes: a tamareira, palmeira cujo fruto alimenta a gente do deserto, alusão à terra distante. Contam que a mesquita mais antiga de Medina tinha por pilares os troncos de palmeira.

Ao visitar a Grande Mesquita, o Vaticano ou o “zócolo” na cidade do México, nos tornamos testemunhas das artes e deformações humanas. O governo da reconquista ainda construiu o palácio de Carlos V em Alhambra, queimou bibliotecas, expulsou árabes e judeus, perseguiu ciganos, índios e artistas, instalou a Inquisição para matar oficialmente. A união de forças dos novos estados lançou os ibéricos a conquistas de além-oceano: no século XVI foi fundada em Lima a primeira universidade latino-americana. E cá estamos nós, herdeiros de Montesuma e Peri, descendentes dos desbravadores do novo mundo, jesuítas, desterrados, aventureiros e cristãos novos da América Latina, contando histórias e quebrando a mudez para encontrar as perdas.

O al Andaluz cruzou o Gibraltar e o Atlântico, e de alguma forma sobreviveu como Ab al Rahman I, que cultivou palmeiras para se sentir mais perto de Damasco. Contam que o árabe não vive sem uma palmeira. Trazendo o germe da mistura nos navios que acreditaram tê-la destruído, a cultura al andaluza portuguesa e espanhola aportou ao sul do Equador e se juntou às palmeiras brasileiras. Por isso os imigrantes sírios e libaneses se sentem em casa, poucos voltaram à terra de origem porque aqui plantaram um lar: “minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá” (Gonçalves Dias).

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O Instituto da Cultura Árabe, baseado em São Paulo, Brasil, é uma entidade civil, autônoma, laica, de caráter científico e cultural. Visa a integrar, estudar e promover as várias formas de expressão da cultura árabe, antigas e contemporâneas, e encorajar o reconhecimento de sua presença na sociedade brasileira. Está aberto à participação de todos os que acreditam ser premente assegurar o respeito às diferenças.

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Curso “Dança do Ventre Essencial”, com Cristina Antoniadis – online

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Curso “Arte, cultura e contexto no mundo árabe – de Casablanca a Bagdá, uma introdução à região árabe” – 11 de julho e 1 de agosto – São Paulo -SP

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O Instituto da Cultura Árabe, baseado em São Paulo, Brasil, é uma entidade civil, autônoma, laica, de caráter científico e cultural. Visa a integrar, estudar e promover as várias formas de expressão da cultura árabe, antigas e contemporâneas, e encorajar o reconhecimento de sua presença na sociedade brasileira. Está aberto à participação de todos os que acreditam ser premente assegurar o respeito às diferenças.

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O Instituto da Cultura Árabe, baseado em São Paulo, Brasil, é uma entidade civil, autônoma, laica, de caráter científico e cultural.

🇵🇸 Debate "Lutas pelo território e polític 🇵🇸 Debate "Lutas pelo território e políticas de extermínio: O caso da Palestina" - O encontro ocorrerá hoje, 22 de julho, terça-feira, às 19h, na Associação Católica Bom Pastor - Aracaju.

@ufsoficial 
@ufs_itabaiana
🕌✨️O novo site do ICArabe está no ar! 

🔗Acesse para se manter informado sobre a cultura árabe no Brasil e no mundo: https://icarabe.org/

📲 Link disponível na bio e nos stories
CONVITE - 📚Série Encontros Acadêmicos

🇱🇧A Academia Líbano-Brasileira de Letras, Artes e Ciências e o Centro Cultural Justiça Federal promoverão o Encontro com o jornalista Guga Chacra (Membro Titular da Academia – Cadeira 27), que abordará o tema "Líbano: Panorama Atual e Perspectivas", no dia 24 de julho, quinta-feira, às 17h, no Centro Cultural Justiça Federal – Sala das Sessões, localizado na Av. Rio Branco, 241 – Centro, Rio de Janeiro – RJ. 

🔗A inscrição é gratuita e pode ser feita pelo site: 
https://abre.ai/encontroacademia

Link disponível nos stories.

👥 Realização:
Academia Líbano-Brasileira de Letras, Artes e Ciências

🤝 Apoio Institucional:
Centro Cultural Justiça Federal

@academialibanobrasil
🌏 Participe do 1º Seminário Internacional do 🌏 Participe do 1º Seminário Internacional do Conselho Mundial das Comunidades Muçulmanas e da FAMBRAS: Diálogos Islâmicos entre Culturas: Brasil, América Latina e Mundo Árabe”, nos dias 06, 12 e 19 de agosto, das 9h às 10h30. O evento será online e gratuito, com tradução em 4 idiomas e certificado.

🔗 Inscreva-se pelo QR Code na imagem ou pelo link disponível nos stories.

@fambras 
@academy_halal
🌏📚 Aigo Livros promoverá o curso Literatura 🌏📚 Aigo Livros promoverá o curso Literatura Árabe da Ásia 

A Aigo Livros promoverá o curso online Literatura Árabe da Ásia, que abordará a introdução à história dos países de língua árabe do continente, os da região do Oriente Médio e da Península Arábica, a partir dos livros, nos dias 5, 12, 19 e 26 de agosto, terças-feiras, das 19h às 20h30. 

Os encontros tratarão sobre o colonialismo europeu no mundo árabe, da questão da Palestina, os sectarismos no Oriente Médio e as imigrações e diásporas árabes. O curso será ministrado por Jemima de Souza Alves, pós-doutoranda em Letras na FFLCH-USP, com mestrado e doutorado na mesma universidade, tradutora do árabe e do inglês de livros como “Narinja”, de Jokha al-Harthi, “Ave Maria”, de Sinan Antoon, entre outros; integra o grupo de pesquisa “Tarjama - Escola de tradutores de literatura árabe moderna”, sob a supervisão da Profa. Dra. Safa A-C Jubran; e Paula Carvalho, historiadora, jornalista. Pós-doutoranda em História pela Unifesp. Mestre em história pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), estuda viajantes, principalmente os disfarçados. Lançou o livro “Direito à vagabundagem: as viagens de Isabelle Eberhardt” em 2022 pela editora Fósforo. É uma das criadoras do movimento Um Grande Dia para as Escritoras.

Confira a programação do curso:

05.08 (19h às 20h30): Quando o colonialismo europeu chega ao mundo árabe
Sugestão de leitura: Narinja, Jokha Alharthi (@editoramoinhos)

12.08 (19h às 20h30): Vamos falar sobre a Palestina
Sugestão de leitura: Detalhe menor, Adania Shibli (@todavialivros)

19.08 (19h às 20h30): Os sectarismos no Iraque e no Oriente Médio
Sugestão de leitura: Ave Maria, Sinan Antoon (@editoratabla)

26.08 (19h às 20h30): Imigrações e diásporas árabes
Sugestão de leitura: Correio Noturno, de Hoda Barakat (@editoratabla)

Para participar é necessário fazer uma contribuição de R$220,00, faça a sua inscrição no link da bio da @aigolivros. As aulas serão gravadas e ficarão disponíveis por 30 dias.
🇵🇸“Gaza no coração” é semifinalista n 🇵🇸“Gaza no coração” é semifinalista no Prêmio Jabuti Acadêmico

O livro “Gaza no coração: história, resistência e solidariedade na Palestina” está entre os semifinalistas do Prêmio Jabuti Acadêmico. A indicação reconhece a relevância coletiva do trabalho que resultou na obra, organizada com o objetivo de reunir reflexões críticas sobre a Palestina e sua luta por autodeterminação.

Entre os autores e autoras que assinam os textos, estão os associados do Instituto da Cultura Árabe (ICArabe)Milton Hatoum (benemérito), José Arbex e Salem Nasser. Também participam da publicação Reginaldo Nasser,  Soraya Misleh, Safra Jubram e outros pesquisadores, jornalistas e ativistas comprometidos com o tema. O conjunto de artigos busca contribuir para o debate público sobre a realidade palestina, reforçando a urgência de interromper o genocídio em curso e a necessidade de fortalecer a solidariedade internacional com o povo palestino.

A obra foi publicada pela Editora Elefante, com edição de Tadeu Breda.

@sorayamisleh 
@salemhnasser 
@reginaldonasser 
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