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Você está em:Home»ARTIGOS»CONTADORES DE HISTÓRIA*
ARTIGOS

CONTADORES DE HISTÓRIA*

CONTAM QUE…

“Conta-se, ó rei venturoso e de correto parecer, que, quando o gênio ergueu a mão com a espada, o mercador lhe disse: Ó criatura sobre-humana, é mesmo imperioso me matar?” (O Livro das Mil e Uma Noites). Um tecido novo e ao mesmo tempo antigo se recompõe e traz luz ao presente. Quantas razões teríamos para contar e ouvir histórias? Tão eterna quanto atual, uma boa história nos reencanta porque o tempo suspenso, o jogo de palavras, a trama, nos remete a um universo mágico de possibilidades, quem sabe aquele da morada dos gênios. Afinal, as histórias salvaram Sharazade, e mais, salvaram o próprio rei que reviveu ao ouvi-las. Histórias de alcova, lendas, histórias diante do fogo sagrado dos índios, os contos das avós, histórias de sabedoria à sombra de um Baobá.

Em culturas primitivas, como entre os povos nativos americanos, havia o “contador de histórias”, responsável por conservar vivo o conhecimento da tribo, através de histórias. Os índios das planícies norte-americanas costumavam chamar seus contadores de história de “Cabelos Trançados”, porque usavam uma pequena mecha, com tranças e nós, que caía no meio da testa. Circulavam de um acampamento a outro, entre tribos e nações, e pela trança, eram identificados de longe. As crianças festejavam sua chegada, antes que desmontasse do cavalo no centro do acampamento, onde era saudado pelo chefe. “Há muitos invernos, no tempo em que ainda havia muitos búfalos e os únicos inimigos dos Sioux eram os Crow, eu ainda mamava no peito de minha mãe. Eu era muito pequeno mas observava o acampamento e ouvia os tambores dos meus Ancestrais falando com o povo” (“Mão Erguida”, um Cabelo Trançado Sioux). Depois do jantar, diante da fogueira comunitária, o Cabelo Trançado contava notícias de outras tribos, os golpes contra um inimigo, um sonho de cura, histórias de sabedoria. Respeitado como indivíduo que constrói a ponte entre as tradições e o momento presente, ele também integrava o Conselho dos Anciões.

Nas sociedades pré-islâmicas, a lembrança é cultivada como arte. Figura eminente, o poeta interpretaria as mensagens dos gênios e os belos poemas deste tempo evocavam as lutas, caçadas, um amor perdido, histórias poéticas do cotidiano das tribos. Os poemas eram interpretados pelo rawi, o declamador (quando não pelo próprio poeta); ele também contava as histórias que inspiraram o poema. Cada apresentação era única, uma diferente da outra, fosse improvisos em reuniões tribais ou em feiras de aldeias. “As moradas estão desertas, os lugares onde paramos e acampamos, em Mina; Ghawl e Rijan acham-se ambos abandonados. Nas inundações de Rayyan, os leitos dos rios mostram-se nus e lisos, como a escrita preservada em pedra. O esterco enegrecido jaz imperturbado desde que partiram os que lá estiveram: longos anos se passaram sobre ele, anos de meses santos e comuns…” (F.A. al-Bustani e outros). Nessa época teria nascido a expressão diwan dos árabes: os encontros para ouvir poemas, os poemas como um registro dos acontecimentos, a expressão da memória coletiva posta num louvor à tribo, no enfrentamento dos próprios limites, no reconhecimento do possível frente às forças dos destino.

A expressão poética é, também, manifestação das esferas divinas e impregnada de sementes. Para o povo Dogon, habitante das falésias de Bandiagara (Mali), a palavra é sagrada, nascida do corpo e composta dos quatro elementos integrantes do universo: a vida (água), o sentido (terra), o calor (fogo) e o sopro (ar). A palavra do conto é a palavra boa: cativa e alimenta os homens. Para essa cultura rica e complexa da África negra, a palavra tem um indiscutível poder transformador: carregada de intenção, é semente impregnada de força. Tem o poder de criar, transformar, destruir.

A memória é atributo singular nas culturas primitivas, e a cada vez que uma história era repetida, crescia o nível de compreensão conforme o amadurecimento e sensibilidade. Não havia a preocupação direta de transmitir “lição de moral”; cada um deveria elaborar o conteúdo de acordo com sua intuição e observações, dentro do seu ritmo, da sua forma de ser, e tomar para si as mensagens reveladas. Nesses tempos de culto à eficácia e internet, inseridos numa experiência caótica do mundo, tudo isso nos parece distante, a espontaneidade, momentos de silêncio qualitativo, estar com quem vale a pena, dizer e ouvir o essencial. Como creio termos um anticorpo anímico para transpor a modernidade corrosiva, cometo este convite: vamos contar e ouvir, ler e viver histórias, do Al Andaluz, de um amor, de uma viagem, histórias do cotidiano, de um sonho, das mil e uma noites. Histórias. Avance a fronteira, viva uma história, vamos cultivar nossa capacidade de deslumbramento.

*conto originalmente publicado no dia 16 de setembro de 2005, na edição nº 16 da newsletter do Icarabe

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🇵🇸 Debate "Lutas pelo território e polític 🇵🇸 Debate "Lutas pelo território e políticas de extermínio: O caso da Palestina" - O encontro ocorrerá hoje, 22 de julho, terça-feira, às 19h, na Associação Católica Bom Pastor - Aracaju.
🕌✨️O novo site do ICArabe está no ar! 

🔗Acesse para se manter informado sobre a cultura árabe no Brasil e no mundo: https://icarabe.org/

📲 Link disponível na bio e nos stories
CONVITE - 📚Série Encontros Acadêmicos

🇱🇧A Academia Líbano-Brasileira de Letras, Artes e Ciências e o Centro Cultural Justiça Federal promoverão o Encontro com o jornalista Guga Chacra (Membro Titular da Academia – Cadeira 27), que abordará o tema "Líbano: Panorama Atual e Perspectivas", no dia 24 de julho, quinta-feira, às 17h, no Centro Cultural Justiça Federal – Sala das Sessões, localizado na Av. Rio Branco, 241 – Centro, Rio de Janeiro – RJ. 

🔗A inscrição é gratuita e pode ser feita pelo site: 
https://abre.ai/encontroacademia

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👥 Realização:
Academia Líbano-Brasileira de Letras, Artes e Ciências

🤝 Apoio Institucional:
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@academialibanobrasil
🌏 Participe do 1º Seminário Internacional do 🌏 Participe do 1º Seminário Internacional do Conselho Mundial das Comunidades Muçulmanas e da FAMBRAS: Diálogos Islâmicos entre Culturas: Brasil, América Latina e Mundo Árabe”, nos dias 06, 12 e 19 de agosto, das 9h às 10h30. O evento será online e gratuito, com tradução em 4 idiomas e certificado.

🔗 Inscreva-se pelo QR Code na imagem ou pelo link disponível nos stories.

@fambras 
@academy_halal
🌏📚 Aigo Livros promoverá o curso Literatura 🌏📚 Aigo Livros promoverá o curso Literatura Árabe da Ásia 

A Aigo Livros promoverá o curso online Literatura Árabe da Ásia, que abordará a introdução à história dos países de língua árabe do continente, os da região do Oriente Médio e da Península Arábica, a partir dos livros, nos dias 5, 12, 19 e 26 de agosto, terças-feiras, das 19h às 20h30. 

Os encontros tratarão sobre o colonialismo europeu no mundo árabe, da questão da Palestina, os sectarismos no Oriente Médio e as imigrações e diásporas árabes. O curso será ministrado por Jemima de Souza Alves, pós-doutoranda em Letras na FFLCH-USP, com mestrado e doutorado na mesma universidade, tradutora do árabe e do inglês de livros como “Narinja”, de Jokha al-Harthi, “Ave Maria”, de Sinan Antoon, entre outros; integra o grupo de pesquisa “Tarjama - Escola de tradutores de literatura árabe moderna”, sob a supervisão da Profa. Dra. Safa A-C Jubran; e Paula Carvalho, historiadora, jornalista. Pós-doutoranda em História pela Unifesp. Mestre em história pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), estuda viajantes, principalmente os disfarçados. Lançou o livro “Direito à vagabundagem: as viagens de Isabelle Eberhardt” em 2022 pela editora Fósforo. É uma das criadoras do movimento Um Grande Dia para as Escritoras.

Confira a programação do curso:

05.08 (19h às 20h30): Quando o colonialismo europeu chega ao mundo árabe
Sugestão de leitura: Narinja, Jokha Alharthi (@editoramoinhos)

12.08 (19h às 20h30): Vamos falar sobre a Palestina
Sugestão de leitura: Detalhe menor, Adania Shibli (@todavialivros)

19.08 (19h às 20h30): Os sectarismos no Iraque e no Oriente Médio
Sugestão de leitura: Ave Maria, Sinan Antoon (@editoratabla)

26.08 (19h às 20h30): Imigrações e diásporas árabes
Sugestão de leitura: Correio Noturno, de Hoda Barakat (@editoratabla)

Para participar é necessário fazer uma contribuição de R$220,00, faça a sua inscrição no link da bio da @aigolivros. As aulas serão gravadas e ficarão disponíveis por 30 dias.
🇵🇸“Gaza no coração” é semifinalista n 🇵🇸“Gaza no coração” é semifinalista no Prêmio Jabuti Acadêmico

O livro “Gaza no coração: história, resistência e solidariedade na Palestina” está entre os semifinalistas do Prêmio Jabuti Acadêmico. A indicação reconhece a relevância coletiva do trabalho que resultou na obra, organizada com o objetivo de reunir reflexões críticas sobre a Palestina e sua luta por autodeterminação.

Entre os autores e autoras que assinam os textos, estão os associados do Instituto da Cultura Árabe (ICArabe)Milton Hatoum (benemérito), José Arbex e Salem Nasser. Também participam da publicação Reginaldo Nasser,  Soraya Misleh, Safra Jubram e outros pesquisadores, jornalistas e ativistas comprometidos com o tema. O conjunto de artigos busca contribuir para o debate público sobre a realidade palestina, reforçando a urgência de interromper o genocídio em curso e a necessidade de fortalecer a solidariedade internacional com o povo palestino.

A obra foi publicada pela Editora Elefante, com edição de Tadeu Breda.

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