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Você está em:Home»Cinema»Sobre reconstrução (uma reflexão acerca do filme “Caixa de Memórias”, da Mostra Mundo Árabe de Cinema)
Cinema

Sobre reconstrução (uma reflexão acerca do filme “Caixa de Memórias”, da Mostra Mundo Árabe de Cinema)

 

A psicóloga Cristiane Jatene reflete sobre o filme “Caixa de Memórias”, que abriu a 17ª Mostra Mundo Árabe de Cinema, na quarta-feira, 31 de agosto, no CineSesc. A Mostra fica em cartaz até 7 de setembro (mais informações em https://icarabe.org/node/4212).

 

“Caixa de memórias” é um filme delicado, poético e contundente. Como obra de arte nos leva ao tema principal e a outros, vários, subjacentes. Podemos dizer que é um filme sobre três mulheres, avó, mãe (libanesas) e filha/neta (canadense), uma familia vivendo seu cotidiano, seus segredos, vivendo entre Oriente (Líbano) e Ocidente (Canadá), como mostrou também o lindo filme “Western Arabs”, da Mostra Mundo Árabe de Cinema de 2020, no qual pai e filho se dividiam entre Dinamarca e Palestina. Filme presente no artigo que escrevi para este site, em 2020 (leia aqui: https://icarabe.org/node/3912 ).

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Cristiane Jatene 

Essa “ponte”, tão machucada, entre Oriente e Ocidente, também está presente no livro  “Tornar-Palestina” (Editora Relicário), da professora da Universidade de Nova Iorque, a escritora Lina Meruane, descendente da comunidade palestina cristã, radicada no nosso vizinho Chile.

Quando digo “se dividiam”, “vivendo”, “ponte”, não me refiro ao plano concreto, embora este plano esteja presente, me refiro ao plano dos afetos,  dos sonhos, das origens, da continuidade, das rupturas, das longas esperas, dos recomeços, dos exílios e do desconhecido, mas que está impreganado nas células.

“Caixa de Memorias” fala sobre a existência humana, ou melhor, sobre a co-existencia humana, que tanto no mundo privado, quanto no mundo público, dentro de um país e entre paises, é sempre compartilhada. Sempre nos afetaremos e, por isso, somos responsáveis. Quer queiramos ou não, quer assumamos ou não. E podemos nos afetar com solidariedade e alegria ou com violência e subjugação. Com amor ou com ódio. Com confiança e solidariedade ou com hostilidade e exclusão.

É uma noite fria em São Paulo, dia 31 de agosto de 2022. Cheguei há pouco do meu exílio voluntário em Portugal, não sei por quantos dias. Resistir no Brasil atual, às vezes, clama por exílio. E foi o que fiz no último ano, assim como os personagens de “Caixa de Memórias”, “Western Arabs” e “Tornar-se Palestina”, entre outros.

É dia da inauguração da 17ª Mostra Mundo Árabe de Cinema, no tradicional CineSesc, na antiga Rua Augusta, homônima da rua de Lisboa, um dos últimos cinemas de rua de São Paulo que resiste.

A Mostra, depois de dois anos exclusivamente online, voltou em sua versão presencial, no CineSesc e em: https://sesc.digital/colecao/cinema-em-casa-com-sesc

O filme de estreia é “Caixa de Memórias”. Para quem tem ancestrais libaneses cristãos e nunca pode conhecer o Líbano na infância, porque cresceu durante a Guerra Civil de lá, tão relevante no filme, bem como durante a ditadura militar no Brasil, é contato com o passado desconhecido. Tal como a neta canandense, libanesa, do filme, que sabe pouco sobre seu passado ancestral, mas tem o Líbano presente  (em seu biotipo, na comida que come, no idioma que a avó fala), assim tambem foi minha infância, permeada de Líbano, um lugar distante e próximo, familiar e desconhecido.  Para quem não tem essas ligações o filme é sobre humanidade: amor, morte, vida, culpa, saudade, segredo, descoberta, honra, desistência, resistência e, principalmente, sobre reconstrução.

Antes de começar a projeção, na apresentação, alguém frisa que somos 12 milhões de libaneses e descendentes, no Brasil. Nunca estudei nada sobre essa migração sírio-libanesa na escola ou nos cinco anos de faculdade de História. Algumas pessoas ocidentais nem sabem que há cristãos no Líbano, muito menos que vários sírios-libaneses no Brasil eram chamados de turcos, porque vinham fugidos do Império Turco Otomano, perseguidor de cristãos, e que no passaporte estava carimbado no campo da procedência “Império Turco Otomano”, daí o apelido “turcos”. Por exemplo, em Portugal sírios e líbaneses não foram apelidados de turcos, porque lá não ocorreu o fenômeno que aconteceu no Brasil.

Numa das cenas, a avó diz à neta que ela deveria falar melhor árabe. A neta diz à avó que ela está há muito tempo no Canadá e não fala bem francês, a avó insinua,com doce ironia, que ali tem muitos com os quais falar. O exílio traz uma solidão peculiar, junto com a possibilidade de recomeço. É esse diálogo que falta nos exílios e falta no lugar de origem que reclamou por exílio. E é o diálogo necessário, em bons termos, sem brutalidade, entre Ocidente  e Oriente, que ainda está por se co-construído de modo mais sólido.

A Mostra Mundo Árabe de Cinema, bem como outros filmes que chegaram ao Brasil, nos últimos 20 anos, como “Caramelo”, “Lemmon Tree”, “Insulto”, “As noivas de Golã” e “Os arabes também dançam”, têm sido importantes para que  entremos em contato, através da arte, com o Oriente Médio e, nesse sentido, para quem é descendente de árabes e nasceu no Ocidente, se conecte com parte de sua identidade, tal qual acontece em “Caixa de Memórias”.

“Caixa de Memorias” é um convite para que todos, ocidentais, orientais, descentes de uma ou de outra região, façam sua costura entre lugares e tempos, para que entendamos que ou o mundo decide honrar todos os povos e todas as culturas ou seremos sempre uma humanidade claudicante, competitiva e infeliz.

Um dos documentários da Mostra de 2020, que aborda a visão de trabalho dos libaneses (que prioriza o trabalho autônomo), filme presente no artigo já mencionado, fez, por exemplo, com que eu entendesse minha própria postura diante do trabalho, sob um novo prisma, que não o prisma das teorias acadêmicas, de pensadores ocidentais.

Morar em Portugal me fez conhecer como, até hoje, jovens europeus, professores europeus são moldados para valorizarem a guerra, o imperialismo e colonialismo e como as pessoas europeias mais abertas são as que têm genuíno interesse por outras culturas e povos, com o intuito de uma aproximação dialógica e enriquecedora, dentro e fora do Mundo Acadêmico, uma aproximação não imperialista e colonial. Morar ali me trouxe a experiência prática do que Edward Said nos mostrou com seu classico “Orientalismo”, editado no Brasil pela Cia. das Letras, e que está presente no belo documentário, sobre ele e seu pensamento, também apresentado na Mostra de 2020.

É urgente no Brasil que o Oriente Médio seja também estudado, assim como se estuda a Europa, os Indígenas, os Africanos (agora de forma mais justa).

Sugiro aos bravos organizadores da Mostra Mundo Árabe de Cinema, anual, que criem um banco de dados de filmes online, mesmo que pago, para que esses filmes possam ser vistos sempre, e por pessoas que se encontram distante de São Paulo e que gostariam de conhecer essas obras cinematográficas tão interessantes.

São temas universais, tratados por outro prisma. Histórias da humanidade vistas por outro ângulo e esse diálogo é o que fará com que nos sintamos, e de fato sejamos, completos, como humanidade, assim como a neta canadense que precisava abrir o “Baú Líbano”, como vou chamar sua jornada (concreta e simbóloca), para conhecer sua família e a si mesma.

Das três jornadas entre Ocidente e Oriente, a  jornada da escritora de Lina Meruane, do autor e diretor do documentario de “Wetern Arabs” e a da adolescente canadense, de ascendência libanesa, apenas a última é feita fora de contexto de guerra.

No dia que finalizei essa reflexão, encontrei um vídeo do Professor de Relacões Internacionais, Reginaldo Nasser, no Canal Carta Capital, no Youtube, o vídeo de maio de 2022, ao denunciar o assassinato da jornalista palestina, comenta a “permissão” do mundo com uma tragédia cotidiana no Oriente Médio, sem grande alarde. https://youtu.be/HtyWo6fPYAw

Por que permitimos que alguns tenham direito à sua “Caixa de Memórias”, ao livre trânsito entre sua terra de nascimento e a terra de seus antepassados, direito a reconstruir-se, a ter pontes, e outros não?

———————————————

Cristiane Jatene é psicóloga no Brasil e em Portugal, Terapeuta de Casal, Familia e Comunidade, Historiadora. Criadora da Oficinas Autobiográficas. Atualmente faz os atendimentos e supervisões clínicas online, tanto para Brasil quanto para Portugal.

Email: oficinasautobiograficas@gmail.com

 

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