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Você está em:Home»ENTREVISTAS»“Fatwa de Amã foi um dos fatos mais importantes para o mundo muçulmano”
ENTREVISTAS

“Fatwa de Amã foi um dos fatos mais importantes para o mundo muçulmano”

Na conversa a seguir, Cattani fala dos problemas que vê na cobertura de Oriente Médio no Brasil e sobre as dificuldades da região em vencer seus problemas.

Icarabe: Quais são os principais problemas da cobertura sobre a região, no Brasil e em outros lugares, como Europa e Estados Unidos?
Roberto Cattani: Vou te dar um exemplo. Aconteceu um fato extremamente importante para o mundo árabe e muçulmano que não teve o menor destaque, nem aqui, nem na Europa, nem nos Estados Unidos. Só fiquei sabendo por causa dos meus contatos. Tem coisas que acontecem lá, que quando batem com o que interessa, ganham destaque. Outras coisas você tem que ter o mínimo conhecimento para dar um destaque. No caso, é uma reunião que teve em Amã, onde se reuniram as maiores autoridades, tanto xiitas e sunitas, acadêmicos e autoridades espirituais do mundo islâmico inteiro, e acabaram fazendo pela primeira vez uma condenação do terrorismo. Decidiram também que ninguém pode emitir uma fatwa sem ser autoridade espiritual, o caso do Bin Laden, por exemplo. Proibiram também declarar outro muçulmano apóstata. E essa á a grande justificativa que os terroristas usam para matar os outros. Matam um policial iraquiano, que colabora com os Estados Unidos, usando essa justificativa. Agora essas autoridades tomaram uma posição contra isso. Mas a coisa melhorou muito nos últimos anos. Antes o desconhecimento e a falta de atenção para o mundo muçulmano era total. Na imprensa européia, a cobertura do Oriente Médio é grande. Por um lado, é sempre uma coisa importante, e por outro, tem bastante leitor de origem árabe. Na França, na Inglaterra e na Itália os grandes jornais no mínimo dão duas páginas sobre Oriente Médio, ou o Islã, ou a cultura árabe.

Icarabe: Você enxerga uma distorção sobre as notícias do mundo árabe, ou do mundo muçulmano na imprensa brasileira? Existe uma tendência a se fazer aquilo que o Edward Said definia como a construção do Oriente pelo Ocidente?
Cattani: Eu acho que esse preconceito já passou. Vamos dizer que há cinco anos eu até concordaria com você. Eu acho que a coisa mudou, justamente porque teve uma penetração de pensadores como o Said e jornalistas que são mais conscientes. As notícias das agências são mais detalhadas e não fazem mais esse tipo de simplificação. Em todos esses últimos atentados, eu não vi esse tipo de generalização besta. Claro que, como por outro lado, o mundo muçulmano não se declarava contra tudo isso, acaba sendo esta a mensagem. Mas isso está mudando, com essa fatwa de Amã.

Icarabe: Então você percebe que há uma contextualização do que acontece no mundo árabe? Mesmo quando ocorre um atentado, a cobertura contempla o fato de que as sociedades do mundo muçulmano vivem uma situação de desestabilidade, muito causada por potências estrangeiras?
Cattani: Acho muito difícil contextualizar. Quando você vê as pessoas que tentam contextualizar, é complicado. Por exemplo, no Iraque. Quem são os insurgentes? Sabemos que a metade não são iraquianos, são membros do movimento “takfiri” que rodam o mundo inteiro, desde a Chechênia ao Afeganistão, para atacar interesses ocidentais. Então, ali existem três componentes: um, essa Internacional “takfiri”, outro é que parte da insurgência são realmente os iraquianos anti-invasão estrangeira, e outra parte são influenciados por um ou outro lado. São massa de manobra de tudo isso (…) É difícil colocar a coisa certa numa página de jornal. Só agora que se sabe as posições certinhas.

Icarabe: Como ocorreu a mudança dos imperialismos, do britânico e francês, para o estadunidense?
Cattani: Comecei a viajar por minha conta em 1976. Diria que de alguma forma a mudança foi nessa época, entre 70 e 80. Eu acho que durante o século XX, até os anos 70, independentemente do imperialismo que definiu as fronteiras dos países, o mundo árabe tinha algum tipo de continuidade em relação ao passado. O Egito dos anos 70 tinha mais a ver com o Egito do passado do que o que aconteceu no Egito entre 1970 e 2000. A grande mudança ocorreu com o fundamentalismo, que reduz a cultura, não só a religião, aos mínimos denominadores possíveis. Os regimes árabes acabam endurecendo por causa deles. Então vira Estado de polícia, mais do que era, todo mundo obrigado às obrigações dos fundamentalistas. Conheço melhor o caso do Egito.

Icarabe: Como isso se deu no Egito?
Cattani: Acho o Egito o caso mais trágico de deturpação. O Egito, mesmo depois do golpe do Nasser, era um país maravilhoso, aberto, agradável, e até os anos 60, um terço da população adulta fazia parte das confrarias místicas. Então tinha uma riqueza espiritual fantástica. Tinha uma cultura. Depois, com o acirramento fundamentalismo, o Egito vira uma coisa horrível, que não tem nada a ver com o que foi durante toda a história dele. Quando visitei o Egito vi isso pela atmosfera de medo, as mulheres cobertas com tecidos artificiais de Taiwan, as casas feitas de bloco de concreto, não tinha mais casa tradicional. Isso é o horror para mim. Uma deturpação tão grande. E isso ocorre dentro de todo o mundo muçulmano.

Icarabe: Mas os Estados Unidos tem parte, pois apoiaram muito desses movimentos para acabar com os regimes nacionalistas?
Cattani: Sim. Mas não vamos dar tanta culpa para eles. É claro que eles contribuíram, assim como os sauditas contribuíram, mas não foram eles que inventaram o “wahrabismo”, o “tafkirismo”. Isso nasceu e foi espontâneo. Os Estados Unidos como são burros em política exterior, são assustadoramente burros, acabaram apoiando porque acharam que era o cavalo da vez, contra os russos, contra os regimes. ‘Depois a gente controla’, pensaram. Mas a culpa não é deles.

Icarabe: Você visitou a Palestina?
Cattani: Fui duas vezes para a Palestina, em 1977 e 1979, e em 1982 para o Líbano.

Icarabe: E quais os problemas da cobertura nesse caso? Aí os erros acontecem mais por causa dos interesse do que por ignorância? A cobertura tem uma visão sionista?
Cattani: Sim. Sem dúvida. Isso é complicado. É um mosaico de interesses, de posições políticas e religiosas. (…) Posso te dizer que em 77 e 79 não tinha, que eu lembre, um palestino que se declarava muçulmano, todos eram marxistas, em vários graus. Passaram dez anos, todos eram muçulmanos e não tinha mais nenhum marxista lá. De repente muda tudo, todo mundo do Hamas ou do Hizbollah. Quando eu estive lá, eles eram realmente um povo extremamente culto, preparado. Tanto é que eles foram a ponta de lança no mundo árabe, como intelectuais, como homens de negócios. Com a diáspora, eles foram se integrando e fazem parte de outros países. Isso mudou. Não é mais assim. Isso tanto pela infinita repressão que tem lá, mas também porque eles abandonaram esse tipo de posição. Hoje em dia, os palestinos não são mais a elite intelectual do mundo árabe. Tudo bem, é claro que vivendo nas condições que eles vivem, isso é uma responsabilidade dos israelenses, que detonaram isso. Mas eles não dão a menor bola pra isso.

Icarabe: Isso pode ser atribuído a uma culpa dos próprios líderes árabes?
Cattani: Claro. Aqui voltamos sempre à responsabilidade da liderança. Pelo amor de Deus. A gente fala do Egito, do Mubarak, um desastre, do Arafat, uma coisa vergonhosa. E a gente faz um panorama todo, Assad na Síria, o Saddam Hussein durante tantos anos, e agora os iraquianos que estão aí também não estão resolvendo nada. Tudo bem, tem muitos interesses de potências estrangeiras no Oriente Médio, mas eles próprios são uma coisa espantosa. Tive acesso a uma pesquisa da Unesco, feita por acadêmicos árabes, que calcularam que com o petróleo dos anos 50 até aqui, todos eles poderiam ser uma Suíça. Com o que eles ganham com o petróleo, principalmente a Arábia Saudita, daria para todo mundo ter “master” na universidade, com um nível de vida ótimo, não só dentro da Arábia Saudita. Com o dinheiro que se ganha nesse país, nos Emirados Árabes, daria para todo o mundo muçulmano estar bem. Mas não está nem de longe, nem na própria Arábia Saudita, onde só a família real e poucos aproveitam os ganhos. Eles (as lideranças) são seus próprios inimigos.

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