Atletas árabes nas Olimpíadas: lição de garra e determinação
A palestina Woroud Sawalha, que competiu nos 800m, foi um dos maiores destaques: superando todas as adversidades que seu povo enfrenta com a ocupação israelense, que não permite que existam pistas de atletismo e não autoriza atletas dos territórios palestinos a participar de competições internacionais, Sawalha demonstrou, com sua presença nos jogos, ao lado de outros quatro esportitas palestinos, a determinação de um povo em não ficar à margem do mundo. A atleta bateu seu recorde pessoal com 2m29s16 e tornou-se exemplo de dedicação e superação para seu povo e para todos os que lutam contra a opressão no mundo inteiro. Foi aplaudida de pé pelo público do Estádio Olímpico de Londres.
As mulheres árabes também se destacaram pela afirmação de sua identidade. Assim como Woroud Sawalha, a saudita Sarah Attar não abandonou o véu para correr as eliminatórias dos 800m e, mesmo tendo sido a última colocada, também recebeu os aplausos do Estádio Olímpico de Londres. Ela e a judoca Wojdan Ali Seraj foram as primeiras mulheres a representar o país em Olimpíadas. Os Jogos Olímpicos de Londres tiveram cerca de 140 mulheres árabes competindo por mais de dez países.
Iraque, Afeganistão e Síria, países que vivem conflitos graves, também tiveram representantes nesta edição. Todos esses atletas merecem a medalha de ouro por terem deixado sua marca na História.