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Literatura

Adonis em Português

Texto de Isabel Coutinho publicado no Ípsilon, o caderno de cultura do jornal português Público, no dia 17 de Agosto de 2012

A primeira antologia de Adonis em língua portuguesa acaba de ser publicada no Brasil aproveitando a presença do poeta sírio na FLIP, em Paraty. Michel Sleiman organizou “Poemas”, que traduziu directamente do árabe

“É em árabe que penso, falo e escrevo”, costuma dizer o poeta o sírio-libanês Adonis (pseudónimo de Ali Ahmad Said Esber), que se tornou conhecido com o lançamento do seu terceiro livro de poesia, Cantos de Mihyâr, o Damasceno, publicado em 1961. Por isso, na última Festa Literária Internacional de Paraty, Brasil, leu um dos seus poemas em árabe apesar de ter conversado em francês, no palco da Tenda dos Autores, com o libanês Amin Maalouf, conversa moderada por Alexandra Lucas Coelho, escritora e correspondente do PÚBLICO no Rio de Janeiro.

O vencedor do Prémio Goethe 2011, que lhe foi atribuído por “ter transposto as conquistas do modernismo europeu para os círculos culturais árabes”, nasceu na Síria de onde saiu aos 26 anos para viver em Beirute, Líbano. Recebeu uma bolsa de estudos para estudar em Paris, entre 1960 e 1961. Vive em Paris desde 1985, onde se exilou para escapar à Guerra Civil Libanesa, e foi professor de língua árabe na Sorbonne. A sua poesia está publicada em 22 países e, no final de Junho, saiu na brasileira Companhia das Letras Poemas, antologia organizada e traduzida por Michel Sleiman, poeta e professor de Literatura Árabe na Universidade de São Paulo.

Michel Sleiman contou ao Ípsilon que descobriu a poesia de Adonis – considerado o poeta vivo mais importante da lírica árabe moderna – numa antologia em língua inglesa. Em viagens por França, Espanha e Egipto encontrou livros originais e traduzidos de Adonis que comprou e, mais tarde, publicou traduções de poemas em revistas de poesia e arte brasileiras.

Em 2010, por motivos de saúde, Adonis, 82 anos, não pôde participar na festa literária Fliporto, em Olinda, mas conseguiu ir este ano à FLIP. Foi a oportunidade para a Companhia das Letras publicar este “trabalho pioneiro na língua portuguesa”, na opinião de Alexandra Lucas Coelho, várias vezes enviada do PÚBLICO ao Médio Oriente.

Foi em Setembro passado, após a repercussão mais uma vez do nome de Adonis nas listas de apostas britânicas para o Nobel de Literatura, que Michel Sleiman foi contactado pelo editor brasileiro para este projecto. “Propuseram-me a tradução de um livro de minha escolha ou uma antologia. Optámos pela última”, diz o organizador, que seleccionou poemas de três períodos da obra de Adonis: 1957-1968 (época que reúne a produção em torno da revista Chiir e concentra algumas das suas obras mais traduzidas), 1971-1988 (anos que marcam mudança importante na escrita de Adonis e reflectem a desestabilização do cenário político do Líbano) e 1994-2003 (época da produção parisiense, com poemas “densos e representativos” do “tempo de maioridade do poeta”, como escreve o tradutor no prefácio da antologia).

O árabe e o português

Canções para a morte é o título de um dos poemas do primeiro período da obra de Adonis. Na tradução de Sleiman ficou assim: “1. A morte quando passa por mim é como se/ o silêncio a abafasse/ é como se dormisse quando eu dormisse. // 2. Ó mãos da morte, alonguem meu caminho/meu coração é presa do desconhecido, / alonguem meu caminho/ quem sabe descubro a essência do impossível/ e vejo o mundo ao meu redor. //”

O professor de Literatura árabe tentou que a tradução fosse o “mais enxuta e literal possível”. Não se preocupou em explicar as metáforas, deixou-as “na sua estranheza original, que é a quase mesma para os leitores de árabe e os de português”, explicou ao Ípsilon. “É espantoso o quanto o árabe e o português podem estar próximos no poema. Em poucas ocasiões a nossa língua não encontra correspondência directa do árabe explorado por Adonis.” Para isto Sleiman tem também explicação: o poeta vale-se de um registo de árabe “dos tempos actuais” que “aproveita a sintaxe e o ‘clima’ do francês, do inglês, do alemão, do italiano e, em menor grau, também do espanhol e do português.” O árabe actual, afirma, “é uma língua aberta às demais, como o foi em outro grande momento de sua história, o século VIII, em Damasco e Bagdad.”

A poesia de Adonis concentra-se “na instauração da imagem”, continua. “O som e a ideia em geral são suporte. Por isso, no poema em português o ritmo e o andamento de ideias concorrem para a boa formação da imagem. Há um tempo certo para a imagem ser composta. Tal tempo, a frase poética tem de respeitar. Por isso às vezes precisei de encurtar a frase e outras vezes de retardá-la. As correspondências sonoras ou as dissonâncias do verso em português operam para a obtenção desse propósito”. O tradutor gosta da concepção clássica em árabe da rima, que é dada como parte da métrica. “Dizem os preceptores da métrica árabe que, no poema, o som e o ritmo fazem parte do sentido implícito e buscado. Tal definição está infundida na mão de Adonis quando ele medita o verso de seus poemas”, conclui Sleiman.

O escritor brasileiro Milton Hatoum, no texto de apresentação que abre esta antologia refere que ao escolher este pseudónimo o sírio Ali Ahmad Said Esber “introduziu na região do Islão uma dimensão mítica e pagã que reúne a literatura e o saber de duas culturas do mediterrâneo”. Para o autor de Relato de um certo oriente (ed. Cotovia), esse elo cultural tem “uma forte repercussão” na obra poética e crítica de Adonis que cresceu num povoado da Síria, longe da capital e, contou na Festa Literária Internacional de Paraty, se aproximou da literatura através do pai – camponês. “Quando era criança não tive a sorte de ir para a escola antes dos 13 anos. O meu pai conhecia bem a poesia árabe, o Corão e a literatura árabe em geral. Em casa iniciou-me na poesia e na língua árabes lendo todos os dias o Corão. Mas a partir do momento em que tive oportunidade de entrar numa escola latina tudo mudou.”

Aos treze anos conseguiu uma bolsa de estudo para o liceu francês de Tartus ao declamar poemas da sua autoria para o presidente da Síria da época, Shukri al-Kuwatli. Formou-se em Filosofia em Damasco e doutorou-se no Líbano. “Do ponto de vista poético, talvez tenha nascido com a poesia árabe e a leitura do Corão. Mas tinha uma espécie de revolta interior contra tudo o que fosse o Passado. Ao escutar o meu pai sentia qualquer coisa contra ele e contra a sua cultura. O que me abriu o caminho para essa revolução [que se deu em mim] foi a leitura da cultura marginalizada pela tradição árabe: os poetas revolucionários, sobretudo aqueles contra a religião”, afirmou na FLIP.

Recordou que os dois pilares de base da cultura árabe – a poesia e a religião – estiveram sempre em conflito. “Por isso em toda a nossa tradição não há nenhum grande poeta que se possa dizer que fosse crente. A poesia foi sempre e continua a ser anti-religiosa”, afirmou. Ao mesmo tempo que lia esta “poesia marginalizada”, leu também os grandes místicos. “Eles mudaram a noção de Deus e de identidade. Pela primeira vez dei conta que a identidade não era uma coisa pré-fabricada mas uma criação. Os seres humanos criam a sua identidade. Através dos místicos conheci também a importância do outro. Isso deu-me a possibilidade de olhar para o Ocidente numa nova perspectiva: percebi que as noções de Oriente e Ocidente são noções políticas.”

Beirute, como lembrou Alexandra Lucas Coelho durante a conversa entre Adonis e Amin Malouff, cidade de que ambos partilham memórias, “talvez ainda seja esse lugar no Oriente Médio onde essas heranças – do Oriente e do Ocidente – se cruzam.” Para Adonis, Beirute é “um projecto, uma cidade aberta para o futuro”. Nunca a considerou cidade fechada ou acabada. É um projecto aberto ao infinito, cidade de transgressão e de sonho. “É o símbolo de uma cidade muito moderna mas o Ocidente político tenta apagar Beirute, transformá-la numa cidade monótona, sem diversidade. Politicamente falando não sei como explicar esta posição ocidental. Os americanos que fazem esta política não entendem nada do que é Beirute nem do que é o mundo árabe. O nosso problema não é religião, o nosso problema é o imperialismo americano e a política Ocidental”, disse. Quando os amigos lhe dizem que está “ser duro” para o Presidente dos EUA, Barack Obama, responde: “Obama infelizmente é uma máscara negra numa cara branca.”

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