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ENTREVISTAS

Promovendo a cultura de paz pela dança

Em sua agenda na Companhia de Dança Árabe Contemporânea que leva seu nome, Lamia conta com o espetáculo “Líbano no coração”, na abertura da Semana da Cultura Árabe na Unesco (em português, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), a se realizar em Paris, de 19 a 26 de março. Projeção de filmes, exposição de trajes e apetrechos típicos, uma mesa-redonda sobre as mulheres na literatura apresentarão a rica e complexa cultura árabe aos franceses. Além, é claro, da dança de Lamia. Nesta entrevista exclusiva ao ICArabe, ela fala de sua participação no evento e do orgulho de representar o Líbano, de sua arte como promotora da cultura de paz e da paixão pelo Brasil.

ICArabe: Sua dança é árabe? De que forma você trabalha com o folclore na dança contemporânea? Quais as influências trazidas para sua arte?
Lamia Saffiedine: Eu sou árabe, libanesa. A tradição cultural e musical árabe vive em mim. Mas, ao mesmo tempo, sou uma mulher do século XX. Eu viajei muito, falo várias línguas, vivi em diferentes lugares do globo – em diferentes continentes, escuto a música do mundo inteiro e dancei e danço pelo mundo.
Assim, não sou o folclore árabe, o folclore libanês. Minha dança é um reflexo direto de todas essas minhas experiências e de tudo o que sou. Mas, é claro, minha origem e a música que utilizo são árabes e, em especial, libanesas. E o folclore, o tradicional, está lá – impresso, como referência fundamental. Minha dança é um reflexo de mim e da minha história. Ela congrega todas as minhas experiências e visão do mundo. Minha dança não é típica oriental e também não é de animação de restaurantes. É uma dança na qual uso o gestual, o corpo e seus movimentos para expressar sentimentos universais, que podem ser lidos e apreendidos por diferentes pessoas no globo. Eu danço a poesia de autores contemporâneos, danço a música do Magreb, danço a música libanesa contemporânea, danço em alguns espetáculos a música espanhola influenciada pelo mundo oriental (pelos mouros). Além disso, eu trabalho com dançarinos de diferentes partes do globo que também trazem suas influências, suas histórias e repertórios. Minha dança é muito feminina. Tudo o que faço na dança é muito particular, muito único. Sem precedentes e sem igual. Posso afirmar da maneira mais humilde possível que nossos espetáculos são únicos.

ICArabe: Fale sobre sua vivência e impressões do Brasil.
Saffiedine: Eu vivi no Brasil de 1996 a 2000. Minha formação é em pedadogia e inicialmente fui para o Brasil porque minha pesquisa acadêmica era sobre educação intercultural. Na Bélgica ainda, eu tomei conhecimento dos textos do Paulo Freire (educador) e me apaixonei pela pedagogia que ele propunha. Eu me apaixonei pela pedagogia do oprimido e a forma revolucionária que ela tem de se olhar para a educação. Minha dança é uma dança intercultural como reflexo da minha pesquisa em educação intercultural, na qual pessoas de diferentes cenários convivem e trocam experiências, se comunicam – cada um na sua cultura, com o seu contexto – em um novo contexto, um contexto universal. Quando cheguei no Brasil, eu juro, eu me encontrei. Achei minha origem, encontrei minha identidade. A África onde nasci, o Oriente Médio onde vivi e a Europa da minha fase adulta, tudo estava no Brasil; tudo existia simultaneamente no Brasil. Eu me sinto brasileira. Sou expansiva, falo com as mãos. Mesmo no Líbano, as pessoas são fechadas, marcadas pelo histórico de guerra. No Brasil, eu encontrei pessoas como eu e como todas as pessoas de todo o mundo. O Brasil é um caldeirão cultural impressionante, único. Não existe outro lugar no mundo que congregue pessoas de origens tão diferentes. Ninguém é estrangeiro no Brasil. Todos podem fazer parte. No Brasil não há a necessidade de se reclamar uma identidade – todas as identidades são bem-vindas como parte de uma identidade brasileira. E isso se dava inclusive na dança. Descobri que a própria dança árabe era super fácil para os brasileiros. Eles têm seus corpos livres, sabem se comunicar com seus corpos. Em uma ocasião levei um grupo de crianças com quem trabalhei no Brasil no programa da Mara Maravilha (apresentadora de TV). E o que apresentamos não era uma dança da moda, conhecida. Mas todos amaram o programa, que fez muito sucesso. Essa capacidade do brasileiro de apreciar o desconhecido me fascina. Agora na França, eu recriei um Brasil meu. Fiz um espetáculo underground, em que recrio um programa brasileiro e há a dança, a música e minha paixão por esse país. Mesmo longe, o Brasil ainda é minha casa e quero muito voltar, mas é preciso financiamento para trazer o espetáculo. É, infelizmente, muito longe de onde está a companhia. Mas, se houvesse incentivo, eu não pensaria duas vezes. Acredito que o brasileiro adoraria os espetáculos que fazemos. O “Líbano no Coração”, por exemplo, seria genial. Acredito que os brasileiros se identificariam e se reconheceriam muito nessa coreografia. Mesmo sendo um contexto da guerra no Oriente, o sentimento nele expresso é universal.

ICArabe: Por que participar do evento da Unesco?
Saffiedine: É a quarta vez que participo de um evento organizado pela Unesco. Mas, desta vez, é mais especial. É um evento que congrega todas as etnias do mundo árabe. Os egípcios estão representados, a Jordânia, a Síria etc. Todos estamos juntos. Todos, com as suas particularidades culturais, estão juntos construindo um único evento sobre o mundo árabe. É uma única cultura que agrega diferentes culturas. E eu estou muito orgulhosa de representar o Líbano, trazendo minha leitura sobre esse país – contemporânea e feminina, influenciada por outras tantas culturas.

ICArabe: Quem é a mulher da sua dança? Há uma tentativa de descontruir os estereótipos sobre a mulher árabe? De que forma?
Saffiedine: Eu pesquiso muito essa mulher, essa figura feminina na dança. Mas ela não é uma mulher mítica. É do século XX, é uma mulher que pega metrô, que lê, que cuida dos filhos, que é feminina, que sofre com as guerras. É uma mulher viva, não artificial. Eu sou também essa mulher. Eu, assim como ela, não venho e não vivo em um vilarejo distante, fora do contexto contemporâneo. Eu busco essa mulher real, que faz uso do seu corpo, da sua feminilidade, para existir de forma livre. Eu busco e investigo essa liberdade. (No caso das islâmicas), não acredito que o véu seja uma barreira ou um instrumento que tolha essa mulher árabe. Ela, muitas vezes, é mais livre que uma mulher européia. Falo em liberdade porque essa mulher que a princípio está coberta chega em casa, retira seu véu e movimenta seu corpo, dança da forma mais livre possível. Sua sensualidade e sua feminilidade estão lá, latentes e fortes. Elas pulsam quando ela dança e ela se torna livre – seu corpo constrói essa liberdade. Como paralelo, lembro do Brasil e da África. No mundo árabe, no Brasil e na África, a mulher sempre dançou. A dança nesses lugares é uma celebração de alegria, de liberdade. É essa dança que eu busco e que eu enceno. Aqui na Europa, mesmo com todo o discurso de liberdade e independência, as mulheres não têm seus corpos livres. Elas são muito fechadas, proibidas de exercer a liberdade do dançar, de se movimentar e reconhecer os movimentos de seus corpos. Novamente, minha dança não é acadêmica, uma dança de museu. Não me interessa reproduzir as escolas tradicionais. Para mim, dançar é buscar essa expressão de liberdade, dessa mulher consciente do seu corpo e que age com seu corpo. Para mim, dançar com uma estrutura fechada, forçada não é dançar.

ICArabe: A dança pode contribuir para uma cultura de paz?
Saffiedine: Eu acredito firmemente que a dança é a linguagem universal e não precisa de tradução. A dança, assim como a música e a pintura, pode ser compreendida por pessoas em contextos absolutamente diferentes do do artista que a produziu. A dança intercultural – que proponho – é promotora de uma cultura de paz. Ela traz o espectador para perto do tema, humaniza e faz as pessoas se identificarem com o tema apresentado, independentemente de suas origens, nacionalidades e credo. Ela trata de temas como “guerra” e “morte” de uma forma lírica. Na guerra, nós só vemos imagens de destruição e dor, mas minha dança não é sobre destruição. É uma leitura lírica da guerra, da dor. Há dor, mas ela é humana, universal. É uma dor que humaniza a guerra, que particulariza o sentimento. Vejo essa guerra a partir de um poema do Khalil Gibran, que diz mon peuple est mort. Esse poema, de 1916, permanece incrivelmente atual. Ele narra uma situação que já durou tempo demais, que magoa, que aflige e que nos faz sofrer. Simplesmente, durou tempo demais. Eu sofro com o que se passa e a dança me permite conhecer meu sofrimento e fazer com que as pessoas se identifiquem com ele e assim, também, conheçam e entendam seu sofrimento. Leiam a si mesmos a partir da contemplação da dança, da música e da poesia.


*(colaborou Soraya Misleh)

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