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Você está em:Home»ARTIGOS»As viagens dos europeus na modernidade: conhecendo o Levante?
ARTIGOS

As viagens dos europeus na modernidade: conhecendo o Levante?

Com o aumento do afluxo de europeus às terras árabes ou islâmicas, especialmente no século XVII, uma produção também vasta de relatos de viagem passou a ser, sistematicamente, publicada

Se, durante o período medieval, as viagens ocorriam, sobretudo, por inspiração religiosa, no início da modernidade, as motivações para um europeu se deslocar ao Levante – como normalmente se referiam a tais regiões – tornavam-se múltiplas. O desejo por conhecer povos diferentes dos europeus, assim como a necessidade de acordos diplomáticos ou a busca por alianças comerciais compunham as ambições desses viajantes.

Uma vez estabelecidos no Império Turco ou na Pérsia, e, em menor medida, na região norte da África – chamada pelos viajantes de Barbárie –, o texto se construía ao modo de um relato, amparado pelas experiências que eles haviam vivido. Essa forma de conhecimento prático, obtido a partir da viagem, era o instrumento usado por tais autores para justificar a veracidade das informações registradas nas suas narrativas. Muitos viajantes buscavam aprender as línguas árabe, persa ou turca, ou procuravam se instruir sobre a história e a geografia do lugar visitado; processo que pode ser situado no conceito de “orientalismo acadêmico”, discutido por Edward Said em sua obra “Orientalismo” (1978).

Além de descreverem a arquitetura local, assim como a alimentação, a economia, as características da sociedade observada, é possível encontrar nessas narrativas indicações, mais ou menos demoradas, sobre o palácio imperial e sobre os apartamentos femininos ou harém. A maior parte desses autores usava o termo serralho para se referir ao palácio dos governantes islâmicos e, em algumas ocasiões, para conceituar a própria área de convivência feminina dentro do palácio. Como o acesso a tal espaço era proibido aos viajantes – exceto aos médicos –, muitos autores não o descreveram com riqueza de detalhes. Isso não os impediu, contudo, de formularem observações gerais sobre esses povos no tocante às suas características sexuais.

Uma das imagens circulantes nesses textos dizia respeito ao hammām, um lugar destinado ao banho, que era visto como propício ao convívio íntimo entre as mulheres que o frequentavam. Embora os viajantes não pudessem entrar no banho feminino, os seus autores asseguravam que, nesse espaço, fomentavam-se relações homossexuais entre as mulheres. Essa não era, contudo, a descrição que se encontrava nas Cartas de Mary Montagu (1689-1762), que acompanhou seu marido na função de embaixador inglês em Istambul, entre 1716 e 1718. Montagu pôde ver de perto o funcionamento do banho, e concluiu que o hammām era a “casa de café das mulheres”, onde elas podiam conversar, tomar café e discutir sobre as notícias e os escândalos da cidade.

Outra imagem, mais insistente nesses relatos, relacionava-se ao comportamento sexual dos homens muçulmanos, especialmente, daqueles atrelados à administração do império turco-otomano. Tratava-se da prática perniciosa, aos olhos dos europeus, da homossexualidade. Já no século XV é possível encontrar a desaprovação das relações homoeróticas masculinas, feita pelo viajante genovês Jacopo de Promontorio de Campis (1410?-1487?). Mesmo um autor acusado de não ter viajado ao Império Turco, como Michel Baudier (c.1589-1645), não se esqueceu de mencionar a presença das relações eróticas entre grandes nomes desse Império e jovens rapazes tomados em “países estrangeiros”. O que levava o autor a comparar tal prática a um vício, ou, ainda, a uma doença.

Não há dúvida de que as experiências de viagem abriram espaço para um melhor entendimento dos europeus sobre as sociedades do Levante. Nesse processo de idas e vindas entre a Europa e as várias regiões árabes-islâmicas, muitos viajantes alimentavam o desejo de conhecer o “outro”, e realçavam o quão positiva havia sido essa convivência. Houve, de outro modo, quem salientasse os seus vários juízos de valor em detrimento da riqueza da viagem, o que contribuía para a criação ou perpetuação de modelos de representação pouco ou nada próximos da experiência real.

Como afirmava Jean de la Roque (1661-1745), as pessoas no Iêmen eram capazes de inspirar paixões. Mas, para se inspirar, é preciso deixar-se conhecer. E isso nem todos os europeus se permitiam.        


Marina Soares é graduada em História (2004) e mestre pelo Programa de “Língua, Literatura e Cultura Árabe” (2009) pela FFLCH-USP. É doutoranda em “História Social”, na USP. Seus estudos têm se concentrado nas representações europeias sobre o harém, a partir de narrativas de viagem escritas nos séculos XVII e XVIII. Publicou o livro “Erótica sem véu”, em 2011.

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🇵🇸 Debate "Lutas pelo território e polític 🇵🇸 Debate "Lutas pelo território e políticas de extermínio: O caso da Palestina" - O encontro ocorrerá hoje, 22 de julho, terça-feira, às 19h, na Associação Católica Bom Pastor - Aracaju.

@ufsoficial 
@ufs_itabaiana
🕌✨️O novo site do ICArabe está no ar! 

🔗Acesse para se manter informado sobre a cultura árabe no Brasil e no mundo: https://icarabe.org/

📲 Link disponível na bio e nos stories
CONVITE - 📚Série Encontros Acadêmicos

🇱🇧A Academia Líbano-Brasileira de Letras, Artes e Ciências e o Centro Cultural Justiça Federal promoverão o Encontro com o jornalista Guga Chacra (Membro Titular da Academia – Cadeira 27), que abordará o tema "Líbano: Panorama Atual e Perspectivas", no dia 24 de julho, quinta-feira, às 17h, no Centro Cultural Justiça Federal – Sala das Sessões, localizado na Av. Rio Branco, 241 – Centro, Rio de Janeiro – RJ. 

🔗A inscrição é gratuita e pode ser feita pelo site: 
https://abre.ai/encontroacademia

Link disponível nos stories.

👥 Realização:
Academia Líbano-Brasileira de Letras, Artes e Ciências

🤝 Apoio Institucional:
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@academialibanobrasil
🌏 Participe do 1º Seminário Internacional do 🌏 Participe do 1º Seminário Internacional do Conselho Mundial das Comunidades Muçulmanas e da FAMBRAS: Diálogos Islâmicos entre Culturas: Brasil, América Latina e Mundo Árabe”, nos dias 06, 12 e 19 de agosto, das 9h às 10h30. O evento será online e gratuito, com tradução em 4 idiomas e certificado.

🔗 Inscreva-se pelo QR Code na imagem ou pelo link disponível nos stories.

@fambras 
@academy_halal
🌏📚 Aigo Livros promoverá o curso Literatura 🌏📚 Aigo Livros promoverá o curso Literatura Árabe da Ásia 

A Aigo Livros promoverá o curso online Literatura Árabe da Ásia, que abordará a introdução à história dos países de língua árabe do continente, os da região do Oriente Médio e da Península Arábica, a partir dos livros, nos dias 5, 12, 19 e 26 de agosto, terças-feiras, das 19h às 20h30. 

Os encontros tratarão sobre o colonialismo europeu no mundo árabe, da questão da Palestina, os sectarismos no Oriente Médio e as imigrações e diásporas árabes. O curso será ministrado por Jemima de Souza Alves, pós-doutoranda em Letras na FFLCH-USP, com mestrado e doutorado na mesma universidade, tradutora do árabe e do inglês de livros como “Narinja”, de Jokha al-Harthi, “Ave Maria”, de Sinan Antoon, entre outros; integra o grupo de pesquisa “Tarjama - Escola de tradutores de literatura árabe moderna”, sob a supervisão da Profa. Dra. Safa A-C Jubran; e Paula Carvalho, historiadora, jornalista. Pós-doutoranda em História pela Unifesp. Mestre em história pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF), estuda viajantes, principalmente os disfarçados. Lançou o livro “Direito à vagabundagem: as viagens de Isabelle Eberhardt” em 2022 pela editora Fósforo. É uma das criadoras do movimento Um Grande Dia para as Escritoras.

Confira a programação do curso:

05.08 (19h às 20h30): Quando o colonialismo europeu chega ao mundo árabe
Sugestão de leitura: Narinja, Jokha Alharthi (@editoramoinhos)

12.08 (19h às 20h30): Vamos falar sobre a Palestina
Sugestão de leitura: Detalhe menor, Adania Shibli (@todavialivros)

19.08 (19h às 20h30): Os sectarismos no Iraque e no Oriente Médio
Sugestão de leitura: Ave Maria, Sinan Antoon (@editoratabla)

26.08 (19h às 20h30): Imigrações e diásporas árabes
Sugestão de leitura: Correio Noturno, de Hoda Barakat (@editoratabla)

Para participar é necessário fazer uma contribuição de R$220,00, faça a sua inscrição no link da bio da @aigolivros. As aulas serão gravadas e ficarão disponíveis por 30 dias.
🇵🇸“Gaza no coração” é semifinalista n 🇵🇸“Gaza no coração” é semifinalista no Prêmio Jabuti Acadêmico

O livro “Gaza no coração: história, resistência e solidariedade na Palestina” está entre os semifinalistas do Prêmio Jabuti Acadêmico. A indicação reconhece a relevância coletiva do trabalho que resultou na obra, organizada com o objetivo de reunir reflexões críticas sobre a Palestina e sua luta por autodeterminação.

Entre os autores e autoras que assinam os textos, estão os associados do Instituto da Cultura Árabe (ICArabe)Milton Hatoum (benemérito), José Arbex e Salem Nasser. Também participam da publicação Reginaldo Nasser,  Soraya Misleh, Safra Jubram e outros pesquisadores, jornalistas e ativistas comprometidos com o tema. O conjunto de artigos busca contribuir para o debate público sobre a realidade palestina, reforçando a urgência de interromper o genocídio em curso e a necessidade de fortalecer a solidariedade internacional com o povo palestino.

A obra foi publicada pela Editora Elefante, com edição de Tadeu Breda.

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