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ARTIGOS

Furo n’água

Adolescente ainda, quando voltava do colégio, nas tardes de meados da primavera, levava meus livros e ia estudar nas dunas de areia que separavam a bucólica aldeia de meus antepassados, do azul do mar Mediterrâneo. Lá pelo meio da tarde passavam os Spitfires da Royal Air Force e um deles em particular passava rasante e, na volta, eu acenava com um galho de tamareira e o piloto fazia um tonneau a caminho de volta para sua base. Éramos amigos e aliados. As forças da França livre e seus aliados acabavam de libertar o Líbano e a Síria do domínio da França de Pétain, o que valia dizer, da Alemanha nazista. Lá na aldeia eu havia montado numa das paredes de um açougue um mural de informações dando conta das vitórias aliadas, o que não agradava a ninguém a minha volta, todos germanófilos –não por amor à Alemanha e a Hitler, mas por serem inimigos dos impérios britânico e francês. A guerra acabou, os aliados venceram e Grã Bretanha e França voltaram a trair os árabes, tal como me avisavam lá na aldeia. Eles tinham razão, eu estava enganado. Israel está aí para confirmar, os Estados Unidos também; Reino Unido e França servindo de montarias.

A aldeia de meus antepassados é hoje uma grande favela e as dunas não existem mais, pois sobre elas sobrevivem, a míngua, refugiados de levas de palestinos, sírios e libaneses do sul e do Bekaa. Lá no mar, no entanto, vê-se o perfil de um destróier que não passaria de um contra-torpedeiro comum, não fora o armamento de alta sofisticação e alcance de seus mísseis.

É o USS Cole, navio de guerra que conhecemos de outras visitas indesejáveis. Fora ele dono de seu nariz e poderíamos dizer que sua atração por águas árabes já se tornou famosa. Já andou em águas do Golfo Arábico e do Mar Vermelho (onde foi atingido por um barco de pescadores que protestavam contra a presença da marinha dos Estados Unidos em águas territoriais iemenitas) e, agora, está à vista dos libaneses que não cessam de lutar contra a tentativa ianque de influenciar o destino do país, como querem e quer Israel, e não como convém aos libaneses.

Cansados de bater as botas nos cupinzeiros afegãos, sem chegar à conclusão; dar braçadas nos pantanais iraquianos, sem resultado que sirva, Tio Sam vem, de repente, fazer banzeiro melancólico de império que se desfaz nas águas cristalinas do Mediterrâneo. “Mediterrâneo mar nosso” já gritava Benito Mussolini, no início da II Guerra Mundial, e deu no que deu. Se lá estão os ianques para intimidar os libaneses em geral, a oposição em particular, a resistência patriótica à ocupação de todas as terras árabes, mas também atemorizar a Síria e também assustar o Irã estão fazendo furo n’água.

George W. Bush e o conjunto das indústrias – do petróleo, bélica, química e outras – que o elegeram duas vezes e mandam nele está pretendendo manifestar sua preocupação com a situação de estabilidade da região, em vez de fazer passear seus navios de guerra ao longo da costa libanesa, para intimidar o Líbano e principalmente a Síria, toda essa fanfarronice não terá qualquer efeito. Estas operações navais não intimidam a quem querem intimidar e nem conforta a quem desejam confortar.

Israel, com todas as suas armas sofisticadas, de longuíssimo alcance, que testou no último verão, no Líbano, convenceu-se que elas não intimidaram os libaneses e nem ajudaram suas forças terrestres a ocupar um centímetro de solo libanês. O curioso é que o estado maior israelense troca informações on line com seus pares norte-americanos e nem assim estes de convenceram da ineficácia de tais ações.

Falta de troca de informações e aprender com experiências anteriores não parece o forte de Pentágono e Casa Branca. Os britânicos amargaram mais de duas décadas com a resistência iraquiana à ocupação e, apesar disto, eles se juntaram aos estadunidenses para invadir o Iraque e, logo mais, chegarão ao primeiro decênio, sem qualquer resultado prático.

Pior, os ianques não aprenderam até mesmo com seus próprios erros, precisamente no próprio Líbano.

Em 1983, durante a guerra civil no Líbano, foi formada a Força Multinacional (um nome atrás do qual se escondia Tio Sam) formada majoritariamente por estadunidenses, importante contingente francês e outros poucos, enviados à região “para restaurar a ordem”. As forças norte-americanas eram formadas por elementos da United States Marine Corps, em terra, e pela United States Sixth Fleet, atuando desde o mar.

A Sexta Frota atacou posições dos combatentes libaneses com 338 tiros de canhão de 127 mm, vindos dos USS Virginia, USS John Rodgers, USS Bowen e USS Radford, até o dia 25 de setembro, quando foi declarado um cessar-fogo, coincidindo a data com a chegada à cena do USS New Jersey que se juntou à frota.

A resistência libanesa, no dia 23 de outubro, atacou os quartéis das forças norte-americanas e francesas e pôs um fim nos ares de mandões dos ocupantes estrangeiros e quem sobreviveu seguiu para seus destinos.

De fracasso em fracasso em terra, o USS New Jersey na pretensão de salvar a sua e a face de seus asseclas externos e internos, atirou 11 projéteis de 406 mm nas posições da resistência em Beirute, em 14 de dezembro, mais 300 projéteis sobre as posições da resistência libanesa e das forças sírias, no Bekaa.

Com estes bombardeios, os norte-americanos sofreriam um revés inesperado: os sunitas, até então de certa forma neutros, se convenceram de que os Estados Unidos haviam tomado parte a favor dos cristãos e contra os muçulmanos. Quanto aos xiitas, e quem diz é o general Collin Powell (àquela altura apenas assistente de Caspar Weinberg, Secretário da Defesa), ao escrever em suas memórias: “Quando as bombas começaram a cair, os xiitas assumiram que o juiz havia tomado partido”.
Hoje em dia, o USS New Jersey é defunto.
E agora, com o USS Cole, o governo Bush trouxe novamente à memória o feito da armada de seu país, como conseguiu a unanimidade dos libaneses: até Fouad Siniora, ficou embaraçado e declarou que o governo libanês só aceita em suas águas territoriais barcos libaneses ou aqueles das forças das Nações Unidas (Unifil) e ele chegou até a pedir explicações à Encarregada de Negócios dos Estados Unidos em Beirute.

E Nicolas Sarkozy, Presidente da França, avisado com antecedência, não apoiou explicitamente a atitude belicista de seu parceiro, mas não deixou de se associar às motivações ianques.

É assim que Bush dá de presente à oposição libanesa e à gloriosa resistência, tendo à frente o Hizbullah, assim como à Síria e ao Irã, já que eles colocam todos no mesmo rol, uma oportunidade de apontar o dedo para os Estados Unidos. Desta vez, não somente por apoiar Israel no holocausto que está impingindo aos árabes da Palestina, do Líbano e do Iraque, mas também pelo apoio à ocupação israelense de terras árabes da Palestina, do Líbano e da Síria. Igualmente porque pratica o que ensina a seu pupilo.

Nosso consolo é que o USS Cole fracassará como o USS New Jersey fracassou e nossa mágoa são as nossas vítimas.

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