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Você está em:Home»Poliítica e sociedade»É tempo de Eid Al-Adhha – Festa do Sacríficio – tempo de renovar a devoção a Deus
Poliítica e sociedade

É tempo de Eid Al-Adhha – Festa do Sacríficio – tempo de renovar a devoção a Deus

Em antropologia as categorias de entendimento Tempo e Espaço estão presentes nos rituais, quando se aproximam as festas islâmicas passo a apreciar ainda mais essas categorias e ver como o simbólico está presente e é capaz de unir os muçulmanos do mundo inteiro. No mesmo momento que homens e mulheres estão no Hajj e fazem sua peregrinação aqui no Brasil e em outros lugares do mundo muçulmanos também comemoram a entrada do ano 1438. Certeza que a vida se renova em cada Eid, e os muçulmanos são chamados a renovar sua fé e sua devoção a Deus.

É tempo de Eid Al-Adhha a segunda maior festa do Islã que relembra o sacríficio de Abraão. Deus solicita a Abraão que sacrifique seu filho primogênito, em prova de amor e obediência. No momento em que sacrificaria o próprio filho, Deus intercede e diz a Abraão para sacrificar no lugar dois carneiros. Este ritual é relembrado todos os anos durante o Hajj – peregrinação a Meca, quinto pilar do Islã[1]. Pilar este que todo muçulmano deve realizar se tiver condição física e financeira para isto. A matança dos carneiros compreende o último dia do Hajj.

Este ano a Festa do Sacríficio cai dia 12 de Setembro e novamente se relembra que o “Paraíso não vem de graça”, pois é preciso que o muçulmano reitere constantemente a sua devoção a Deus. A festa retoma o sacríficio do animal que simboliza o sacríficio que todo muçulmano deve ser capaz de realizar em nome de Deus. Revendo minha tese de doutorado[2] encontrei o sermão (Khutba) do Eid de 2005. Interessante perceber a simbologia do sacrifício do muçulmano com o sacrifício dos animais. É preciso se sacrificar em nome de Allah!

Oh! aqueles que ouvem, que dia é este?

Deus e seus mensageiros[3] sabem mais que nós.

Hoje não é o dia do Sacrifício? Que mês é este? Que cidade é esta?Aqui não é a cidade sagrada, eles disseram. Os seus bens e de sua família são sagrados para vocês. Não voltem à idolatria depois disso, não façam intrigas. É da confiança de vocês para que vocês discursem. Todos falam: Allahu Akbar. Você sabe o que isto significa? Você está dizendo: Deus é maior (Allahu Akbar) e está acima de tudo. Mais do que sua família, filhos… É uma grande palavra de um grande significado. É um dia que eu não desagrado, eu não faço nada em desacordo com Deus. Você fez a preparação, vem para confraternização. Depois de ter adorado a Deus, vem para confraternização. Vocês viram todos os peregrinos vestidos de branco, todos são iguais. Você já entendeu o branco? Porque um dia você vai por a mortalha e ser enterrado. Você será questionado sobre o que fez na sua vida…

– Do que você tem medo? – Que eu não venda! – Que falte mercadoria. – Tenho medo de chegar a hora da morte e ter desobedecido a Deus.

Quantas mulheres morrem e não estão com o lenço. Quantos homens morrem e não estão rezando. Precisamos estar acatando as ordens de Deus. O profeta Davi disse: No prato na balança cabe o céu e a terra. O tamanho que ele é, ele representa. O primeiro céu representa um grão de areia no mar. Na outra vai ser a balança. Oh Davi! Oh David! Se você der uma única tâmara por Deus, se você fizer não porque é para que os outros saibam, mas porque Deus encheu o outro prato da balança. O que você fez para merecer o paraíso? Eu li 100 vezes o Alcorão, fiz 20 peregrinações, rezei 60 anos sem parar. E o que mais? Eu não fiz mais nada. Eu dependo da sua clemência. Deus ouviu as palavras sinceras e o recebeu no paraíso.

Toda vez que passava um funeral ele dizia: “Louvado seja Deus”… Dia do Sacrifício não é só cortar a garganta de um animal. Nós temos que fazer sacrifícios. Nós levantamos de manhã e vamos fazer a oração … O que você deseja Abraão? Perguntou Gabriel (anjo). Não quero nada. Deus sabe da minha situação. Deus disse: “Que o fogo seja brando com meu filho Abraão”. Numa batalha o Profeta disse: “Nem pense que o paraíso vem de graça”…o que agrada mais a Deus é quando uma pessoa vai batalhar pela causa de Deus. Nós temos que nos sacrificar…Então irmãos, temos várias formas de nos sacrificar. Vamos pedir perdão a Deus. (grifos meus)

(Sermão do Sheik Ali Abdouni no Eid Al-Adhha, de 20 de janeiro de 2005 na mesquita de São Bernardo do Campo).

O muçulmano tem que se sacrificar (entregar-se), porque o paraíso não vem de graça. Fazer o que é correto, não implica apenas ter fé em Deus, mas praticar. A prática religiosa é de suma importância para os muçulmanos; quem não pratica não é considerado um muçulmano completo. O que fazem, o que falam, o que comem, faz parte de um ciclo que deve ser vivenciado pelos muçulmanos. Não basta cortar a garganta do animal é preciso fazer sacrifícios, isto é, é preciso entregar-se a Deus; no momento de festa é preciso refletir sobre o verdadeiro sentido de ser muçulmano e dessa forma reavaliar o modo como cada um se entrega, se “sacrifica”.

… ser devoto não é estar praticando algum ato de devoção, mas ser capaz de praticá-lo (GEERTZ, 1989, p.110).

O dia do Sacrifício é marcado pela matança de carneiros e de outros animais – trata-se da execução de alguns animais para a alimentação segundo os preceitos religiosos. Os muçulmanos só comem carne halal, isto é, carne sem sangue, o qual consideram impuro e ilícito. Há regras para o abate do animal, a principal delas é que o animal não deve sofrer ao ser sacrificado. “Em nome de Allah, Allah é Maior (Allahu Akbar), ó Allah, isto é de Ti e para Ti, ó Allah, aceita isso de mim” (Muslim: 3/1557)

Para finalizar é importante ressaltar que o espaço da festa é primordial para a convivência e a sociabilidade de adeptos do Islã, assim como o tempo determinado pelo calendário, sejam esses adeptos brasileiros revertidos, árabes ou de outras nacionalidades. Se para uns, a festa amplia o contato com outros muçulmanos, para outros, a festa reforça os laços já estabelecidos. Espaço e tempo fazem parte de um meio de comunicação e não podem ser compreendidos independentemente da ação social.

Outros elementos da simbólica religiosa como o jejum do mês do Ramadã e o hajj alteram o estado da pessoa, tanto física, quanto espiritualmente, como revelaram vários muçulmanos, e como bem disse Mauss (2005: 58): o sacrifício modifica o estado da pessoa, e esta transformação é que dá sentido à vida. A experiência é constitutiva do ritual, mesmo que simbolicamente, tal qual o espelho mágico de uma experiência liminar, a sociedade muçulmana pode ver-se a si mesma a partir de múltiplos ângulos, experimentando, num estado de subjuntividade, com as formas alteradas do ser, do não-eu[4] dando significados ao sacrifício do carneiro e ao seu próprio.

Desejo a comunidade muçulmana brasileira um Eid de renovação e paz que ano 1438 seja de partilha e devoção plena. Eid Mubarak!

Notas:

[1] São cinco os pilares do Islã: A shahada – professar que não há Deus se não Deus e o profeta Muhammad é seu mensageiro; fazer cinco orações diárias; pagar o Zakat, que equivale a 2,5% da renda anual; Fazer o Jejum do mês do Ramada; Hajj- peregrinação a Meca.

[2] Entre Arabescos, Luas e Tâmaras – Performances Islâmicas em São Paulo. USP, 2007.

[3] No Islã o Profeta Muhammad é considerado o último mensageiro.

[4] Ver Victor Turner (1987a.: 22) e Dawsey (2005:165).

Francirosy Campos Barbosa é antropóloga, docente do Departamento de Psicologia – FFCLRP/USP, pós-doutorada da Universidade de Oxford sob supervisão do Professor Tariq Ramadan, coordenadora do GRACIAS – Grupo de Antropologia em Contextos Islâmicos e árabes.

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